15 Enero, 2021 Novo confinamento: sexo virtual é uma opção
Ninguém fala nas profissionais do sexo, nos riscos e apoios. O que se pode ou deve fazer?
Iniciamos um novo confinamento, as medidas não são tão apertadas como as que tivemos em Março/Abril mas andam lá próximo. Nunca tivemos tantos infetados e tantos mortos e se em Março sentimos medo, agora o perigo está bem real.
Na minha opinião, o facto de todos nós conhecermos alguém que teve apenas sintomas ligeiros minimizou a gravidade da doença, mas devemos ter presente aqueles que não tiveram a mesma sorte e nenhum de nós sabe de que forma o vírus nos poderá afetar.
Estamos a jogar a roleta russa!
Uma bala no carregador e todos os dias, um de nós dispara a quem vai calhar a morte, nenhum de nós sabe!
Ninguém fala nas profissionais do sexo, nos seus riscos e em apoios para quem não os quer correr!
Perante isso, o que se pode ou deve fazer?
Podem continuar a trabalhar e a disparar a arma a cada atendimento e rezar para que a bala não esteja lá ou podem procurar uma alternativa.
Quais são as outras opções?
- Para quem faz descontos, ativar os apoios do Estado.
- Aproveitar para mudar de vida, definitivamente, temporariamente... No fundo, garantir algum dinheiro fixo mensal através de um trabalho normal e existem muitas empresas a contratar nestas alturas: hospitais, lares, supermercados, entregas ao domicílio, call centers, etc.. Alguns até em teletrabalho.
- Fazerem sexo virtual a tempo inteiro ou a meio tempo para equilibrar os rendimentos.
Acredito que para a maioria, o sexo virtual seja uma opção mais viável.
Como fazer para começar de uma forma básica?
- Telemóvel com WhatsApp
- Ativar meios de pagamento, MbWay (instala a app no telemóvel, podes ter de ativar num ATM), entidade e referência (pede um cartão pré-pago ao Banco com o qual trabalhas ou ativa conta na empresa Eupago)
- Tira algumas fotos para criar um anúncio (têm de ser fotos reais), envia um email para o Classificado X com uma foto e um papel na mão com a data e o nome do site para ativar a conta anunciante na categoria Sexo Virtual, após a aprovação, coloca o teu anúncio.
Quais os preços, os serviços que deves vender, isso fica ao critério de cada uma. Faz apenas aquilo com que te sentes confortável, vende vídeos, shows webcam com strip e masturbação ou só com strip, vende cuecas usadas, fotos, sexfone, troca de mensagens... Cada uma escolhe o que for melhor para si.
No primeiro confinamento, tivemos profissionais a ganhar mais, outras menos, o que se pode verificar é que os horários de procura do serviço mudaram. Por estar a família toda em casa, a maioria de shows acontecia à noite, depois das 23 horas, e de manhã, entre as 6 e as 9 horas. Basicamente, horas em que a família estava a dormir.
Este novo confinamento não será total, as escolas mantêm-se abertas, por isso os melhores horários de trabalho voltam a ser uma incógnita.
No sexo virtual, para se tornar rentável, são necessárias paciência, persistência e muitas horas disponíveis. Não é fácil, mas não é inalcançável.
No anterior confinamento, li em vários sítios que não seria possível viver do sexo virtual. Se leram ou acham isso, esqueçam!
Eu vivi apenas do sexo virtual durante uma década e sustentei uma casa, uma família, sem passar necessidades. Dias bons, dias maus, meses bons, meses maus, mas sempre deu e vai continuar a dar, com vírus, sem vírus, com crise, sem crise, e não importa se és nova ou mais velha, gorda ou magra, é uma área onde todas ganham.
A diferença de valores varia exclusivamente pela quantidade de horas e pela dedicação que cada uma deposita no seu trabalho - como é óbvio, quem trabalha 8 horas por dia não ganha o mesmo de quem trabalha 16 horas. Quem trabalha 5 dias, não ganha o mesmo de quem trabalha 7 dias, como em todos os trabalhos.
Se eu consigo, toda a gente consegue!
Vai ficar tudo bem!