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07 setembro, 2022 A gaja que julga que sabe mamar, mas não sabe!

Não sei como lhe posso dizer a verdade.

A verdade é que podia ter arranjado um título com mais classe para esta crónica, mas não consegui pensar numa forma melhor de expor a minha frustração numa frase. E o pior disto tudo é que já se passaram meses de chavascal e ainda continuo à procura de uma solução viável e educada para esta situação. Reparem que usei a palavra "situação" em vez de "problema", porque isto é apenas uma situação longe de ser problemática. É um pouco como ter um smartphone topo de gama com o ecrã partido: faz tudo o que tem a fazer mas é fodido olhar para aquele vidro rachado e não sentir algum amargo de boca.

A gaja que julga que sabe mamar, mas não sabe!

Por falar em amargo de boca, a situação é a seguinte: vocês já apanharam uma tipa com um corpo capaz de figurar numa qualquer capa de revista de fitness, mas com o talento para chupar um narso de uma cerca de arame farpado? E se já vos passou pela picha uma boca destas, o que é que fizeram ou disseram? Provavelmente, o mesmo que eu: nada. Porque vocês - tal como eu - são pessoas educadas e de fino trato e sabem perfeitamente do quão desrespeitoso é apontar defeitos a um broche.

Além disso, que caralho é que eu percebo de chupar pichas? 100% dos broches em que estive envolvido fiz uso da picha e não da boca, portanto, a minha experiência em mamar chicha é nula. Contudo, tenho alguma experiência no que toca a receber bicos e sei bem do que gosto. Dentes que arranham, demasiada força com a mão, secura no mamanço, poderia ficar aqui a apontar os mil e um defeitos que um broche pode ter, mas esta pessoa em questão consegue fazer "check" em todos. O pior disto tudo é que eu estou convencido que ela acha que é a maior abafa-palhaços que há memória. A forma como se lança ao menino com a fome de mil lobos da Alsácia é impressionante e seria de esperar que quem tanto almeja ter a boca cheia que demonstrasse o mesmo jeito para o ordenhar.

Juro que chega a ser constrangedor e o meu cérebro fica altamente confuso sobre os mixed signals: por um lado, tenho aqui uma gaja boa todos os dias com o meu caralho na boca, por outro, parece que enfiei a picha na carcaça flutuante de um bacalhau dilacerado por cinco tubarões. Nada naquele broche é apelativo. Quando me dá mais tusa olhar para o cabelo dela do que o broche em si, então há algo que não está bem.

Devo dizer alguma coisa ou não? Eis a questão de um milhão de bicos. Quem sou eu para chamar a atenção uma mulher que me deu o privilégio de acolher o meu bacamarte vadio nas suas entranhas? Tenho medo de lhe magoar os sentimentos e magoar-me a mim também, porque nunca devemos fazer criticas a alguém que tem o nosso caralho na boca (pode morder ou isso!). 

Por agora tenho usado alguns subterfúgios para me escapulir a estes broches mal feitos. Coisas como "vá, deixa-me já meter-te que estou no ponto" ou "pára, pára, pára que assim venho-me" e depois rebento-a de quatro como forma de manifestar o meu desagrado. 

Problemas de quem fode!

Até à próxima.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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