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08 März, 2015 Toda a verdade sobre o clitóris

Todos os mistérios do também chamado "pénis feminino" desvendados...

"Clitóris, o prazer proibido", é o nome de um documentário francês que abre a luz sobre alguns dos mitos associados ao mais misterioso órgão do corpo feminino. Também definido como o "pénis feminino", o clitóris tem de facto poder de erecção e é o único culpado pelo orgasmo das mulheres.

Toda a verdade sobre o clitóris

"Clitóris, o prazer proibido"

"Clitóris, o prazer proibido" é um documentário sobre o mais misterioso órgão do corpo humano, especificamente da anatomia feminina. Muito pouco se sabe sobre este pequeno bocado de carne que é tão essencial na sexualidade das mulheres e no orgasmo feminino.

E, com esse intuito de desmistificar muitas das ideias erradas que existem sobre o clitóris, que foi feito este documentário francês. Datado de 2004, ele encerra ainda muitos aspectos pouco abordados e absolutamente desconhecidos para muitos.

Assim, pode ficar-se a saber que o clitóris é verdadeiramente o pénis feminino, medindo cerca de 8 centímetros, sendo capaz de atingir uma erecção, aquando da excitação. O seu volume cresce de forma visível quando as mulheres estão excitadas, dependendo esse volume de mulher para mulher - algumas chegam a ficar com uma protuberância assinalável.

A sua única função é garantir o prazer sexual da mulher - o que é muito diferente do pénis que tem um papel reprodutor e de garantia de sobrevivência da espécie.

Sendo ainda mais sensívdel do que o pénis, o clitóris é o tecido mais sensível de todo o corpo humano. Tem mais terminações nervosas na sua extremidade do que qualquer outro órgão - cerca de 8 mil terminações na sua cabeça, enquanto o pénis tem entre 4 a 6 mil terminações nervosas. É tão sensível que muitas mulheres não gostam que seja tocado directamente.

Este facto de ser caracterizado por tantos nervos, também determina uma outra diferença essencial relativamente ao pénis - o pénis é como uma espingarda, dá um tiro seco, o Clitoris é como uma metralhadora que pode continuar a disparar.

A excisão do clitóris

O clitóris foi ignorado pelos estudos de anatomia que foram sendo feitos ao longo do tempo, muito por culpa de questões culturais e religiosas, nomeadamente relacionadas com a moralidade cristã e com o facto de a mulher e de o prazer feminino ser associado ao Diabo. Um dado que ajudou a que o clitóris continue, ainda hoje, em parte, a ser um absoluto mistério - até para algumas mulheres que se sentem demasiado culpadas para explorarem o próprio corpo.

Outrora, o clitóris já foi associado a doenças do foro psicológico, como a histeria e até a epilepsia. E chegou a praticar-se a sua excisão como forma de tratar esse tipo de problemas.

Hoje em dia, em vários países do mundo, nomeadamente em África, muitas jovens são ainda forçadas à prática violenta da excisão do clitóris, num processo feito a sangue frio e em condições higiénicas indesejáveis.

A remoção parcial do clitóris também se pratica por razões médicas, em alguns países ditos de Primeiro Mundo, como é o caso de meninas que nascem com este órgão hipertrofiado, ou seja, aumentado. Nestes casos actua-se essencialmente por razões estéticas e de aceitação das suas famílias, à custa do prazer sexual das envolvidas.

O documentário reproduzido relata o caso de uma mulher cujo clitóris foi removido, quando era pequena, e que tem, hoje em dia, dores horrendas durante as relações sexuais - chega a tomar analgésicos para fazer sexo. Ela diz que sente 95 por cento de dor e apenas 5 por cento de prazer.

Orgasmo feminino é sempre por "culpa" do clitóris

As teorias de Freud, que tanto relevo teve na história da psicologia e da psiquiatria mundiais, vieram desvalorizar a importância do clitóris na sexualidade feminina, pois ele considerava que o orgasmo clitoriano era infantil e que as mulheres maduras deveriam ser capazes de transferir o orgasmo do clitóris para a vagina.

Um detalhe que terá ajudado a aumentar a culpa das inúmeras mulheres, em todo o mundo, que não conseguem atingir o orgasmo, sem saberem porquê. Na verdade, o orgasmo vaginal é um mito, não existe. Estudos recentes vêm confirmar aquilo que parece evidente para tantas mulheres que há muito perceberam que o centro do prazer no seu corpo é o clitóris.

O orgasmo pode sentir-se de dentro da vagina, tomar conta de toda a zona vaginal, mas será sempre por "culpa" da estimulação directa ou indirecta do clitóris. A penetração por si só não chega para levar uma mulher ao orgasmo.

A vagina é, na realidade, muito pouco sensível - basta pensarmos que a sua função essencial é ter filhos, pelo que, se fosse tão sensível como o clitóris, por exemplo, um parto seria uma experiência absolutamente impossível de suportar.

 

Gina Maria

Gina Maria

Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.

"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]

+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas) 

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