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14 Oktober, 2023 Famílias disfuncionais: como se definem e o que fazer

O que há mais por aí são famílias disfuncionais! Mas como as reconhecer?

Muitas vezes, encontram-se famílias funcionais incapazes de dar amor incondicional aos seus. O seu propósito primordial é o caos, o drama. Mas como se definem? E o que fazer?

Famílias disfuncionais: como se definem e o que fazer

Famílias capazes de dar amor e fazer demonstrações de amor, como por exemplo, capazes de abraçar, beijar, dizer uns aos outros que se amam. Pais capazes de concordarem com os projetos de vida dos filhos e dar-lhes força e motivação para eles poderem experimentar novas oportunidades na vida. Pais que se preocupam mais em estar na companhia dos filhos do que propriamente nas redes sociais...

Isto é tudo muito bonito, mas são poucas as famílias que o conseguem!!!

O que há mais por aí são famílias disfuncionais onde o seu propósito primordial é o caos e o drama. Incapazes de abraçar ou beijar os seus, e o tema do dia é sempre a vida dos outros e de como os outros gerem mal a vida deles, sem nunca perceberem como são disfuncionais. Se algum dos familiares diretos adoece emocionalmente, parecem ratos a fugir da água!!!!

O que lhe interessa é a aparência e a quantidade de fotos que tiram durante aniversários para mostrar aos outros que são uma família funcional e, por isso, as redes sociais servem para isso, para mostrar o que não é, pois dentro de portas a realidade é outra!

Como se define uma família disfuncional?

  • Falta de assertividade e amor firme

Por culpa, facilitam o mau comportamento de outros familiares, fazendo com que estes nunca cresçam emocionalmente e espiritualmente. Pactuam com o comportamento durante eventos festivos e depois passam o ano inteiro a dizer mal do comportamento dessas pessoas!

Convidam esses familiares para eventos e, por momentos, livram-se da culpa, mas depois passam o ano a alimentar “o mal dizer e o diz que disse”, pois é sempre mais fácil olhar para os outros do que para eles próprios individualmente!

  • Mentem e são evasivos

Como eu disse agora em cima, não têm assertividade e amor firme, e como são incapazes de demonstrar afeto, quando confrontados tornam-se evasivos a dizer que não sabem e quem sabe é a outra. Passam uns para os outros!

Quem está de fora sente esta loucura toda a acontecer e se é alguém minimamente bem resolvida, isto torna-se um motivo de afastamento do tipo “não quero ter nada a ver com esta gente muito doente". Eu pelo menos sou assim, fujo logo!

  • Fazem com que os outros à sua volta tomem as suas responsabilidades, e pagam-lhes!

Muitos são aqueles que aceitam esse dinheiro porque não têm criatividade, ambição, identidade própria, para criarem o seu próprio dinheiro. Têm tudo facilitado e nem se apercebem que essa compra tem um custo – A ALMA / EMOÇÕES.

Conseguem ver que isto também é um tipo de prostituição? Prostituição das emoções! Consequência= Jovens que agem como adultos (as), mas por dentro são muito inseguros(as).

  • Adultos que agem como pais, mas por dentro gritam de dor a pedir a bênção da mãe tóxica!

Agem como pais, mas verdadeiramente não o são, pois ainda são as crianças a pedir aprovação dos pais numa tentativa desenfreada que, finalmente, eles o (a) venham a amar. Morrem de medo de que os pais os deixem de amar!!!! Devido a isso criam o seu próprio caos dentro do seu seio familiar.

Vê-se por aí muitos filhos pequenos que têm de crescer muito depressa porque o pai ou mãe está sempre com problemas emocionais. Essas crianças pequenas sentem muita impotência, pois não sabem o que fazer!!! É VIOLENTÍSSIMO! Crianças que só querem ser crianças e não conseguem e vão a caminho de se tornarem eles próprios adultos disfuncionais.

Esta disfuncionalidade do que se viveu em criança só vai aparecer na vida adulta, e aí é que o passado encontra o presente, deixando o adulto em depressão sem expectativas de futuro!

Quando isto acontece é preciso agir rápido e pedir ajuda rápido, pois muitos suicídios ocorrem devido a isto – à falta de informação e descoberta dos porquês.

No outro dia, alguém por quem tenho uma estima enorme, disse-me:

“Temos que dar segundas oportunidades às pessoas!”

Eu refleti e pus-me a pensar. De fato, o meu maior problema tem sido a quantidade de oportunidades que eu dou às pessoas, mas depois avalio a situação e procuro entender se o comportamento da outra pessoa é grave e repetido, e quando verifico que é, então saio fora e nem me permito a voltar a ter contato com essa pessoa.

Isto é muito difícil de se fazer, pois cria ressentimentos para comigo – passo logo de grande mulher a egoísta – de bom a besta. Até me têm acontecido perseguições, quando a pessoa tem problemas com a rejeição e que nunca os resolveu, então perseguem-me durante a vida, a ver tudo o que eu faço, a instigar outros, e afins...

A avaliação passa pela quantidade de stress, ansiedade, decepção, mentiras, dor emocional que essas pessoas me têm feito passar no último ano. Após isso, só me resta uma alternativa – colocar-me em primeiro lugar e começar a ter pena de mim mesma, de forma a proteger-me e a respeitar o meu interior.

Se eu continuar no mesmo espaço a dar oportunidades a pessoas que me usam e abusam, então eu vou estar a tratar-me muito, mas muito mal, e como tal, vou ter consequências que já as conheço muito bem – começa por raiva passiva, onde eu fico apática, como imenso, deixo de fazer as coisas que gosto, etc...

Depois passa a raiva ativa, que é aquela em que, à mínima, me torno um tornado e começo a reagir em vez de agir. Isto sou eu, mas há muita gente que recorre a outros tipos de comportamentos autodestrutivos porque não conseguiu ser assertiva o suficiente e retirar-se dos meios de gente tóxica e vampiros emocionais, que até te agradecem por os deixares ser vampiros emocionais!!!! “Ahhh, muito obrigado por cuidares de quem eu não quero cuidar, és uma grande mulher, gosto muito de ti...”

Pois, manipulação faz parte das famílias disfuncionais!

Mas então, o que se pode fazer?

Olhe, enfrentar os fatos, validar o passado para poder aceitá-lo! Eis algumas sugestões de como pode agir...

  1. Verifique quantas vezes, durante a sua vida, a sua mãe e o seu pai a abraçaram e beijaram-na sem ser nos seus aniversários.
  2. Verifique quantos recados até agora teve de fazer pelos seus pais, assumindo um papel de “empregada”.
  3. Verifique quanto tempo passa a sua família a dizer mal dos outros e quanto tempo você passa a alimentar isso para ter aceitação no meio familiar.
  4. Verifique o quanto dependente monetariamente está dessa pessoa.
  5. Verifique quantas vezes reprovou ou atrasou os seus estudos.
  6. Verifique a quantidade de vezes que lhe é tão difícil de arriscar.
  7. Verifique a quantidade de filhos que decide ter para compensar a lacuna de afeto que teve.
  8. Verifique a quantidade de horas que deixa os seus filhos estarem a jogar no computador ou nas redes sociais e aproveite, olhe em volta, e veja se toda a família, incluindo você, está ao telefone horas a fio.
  9. Verifique se quando está doente o vão ver ao hospital ou deixam que alguém assuma essa responsabilidade.
  10.  Verifique se quando a sua saúde mental está afetada e está a passar um mau momento se eles fogem como ratos ou telefonam todos os dias a dar amor e apoio nestas horas tão difíceis.
  11. Verifique se eles compactuam com comportamentos não aceitáveis que irão dar origem que aquele ser humano se perca de vez no mundo, só para poderem tirar fotos de casamento e aniversário e mostrar aos presentes que são uma família e, nas redes sociais, receberem Likes, e comentários xpto.
  12. Verifique a sua dinâmica familiar e de como falam uns para os outros quando estão juntos.
  13. Verifique se é sempre você que tem de resolver os problemas dentro da família.
  14. Por fim, verifique com quem namora ou está casado(a), e veja lá se não são parecidos emocionalmente com os seus pais – repetição do que me é tão doloroso, mas, ao mesmo tempo tão conhecido, então, fico porque tenho medo do desconhecido, fico porque o desconhecido se torna aborrecido porque me ama, mas não me dá o drama e a ansiedade com que cresci dentro do meio seio familiar.
  15. Verifique também porque as suas relações não resultam e porque você insiste em dizer que não quer homem ou mulher nenhum! O porquê dessa autopunição?! O porquê da recusa de viver uma paixão ou um amor, o porquê de se recusar acordar de manhã com alguém, viver sem esse tipo de afeto?!

Concluindo...

Se se identificou com tudo acima ou com algumas coisas, não desespere, pois há solução! A solução está no seu poder para:

  • Aceitar as coisas que não pode modificar, mas a coragem para modificar e poder-se retirar/ mudar.
  • Por fim, a sabedoria para distinguir as coisas umas das outras.

Como é que se chega aqui??? Sozinho é muito difícil, pode até tornar-se violentíssimo, pois acaba por meter os pés pelas mãos e tornar-se um reator explosivo do que alguém funcional. Sozinho pode até ficar mais doente emocionalmente.

Peça ajuda! Um psicólogo pode orientá-lo neste processo de autoconhecimento, resolução, e ajudá-lo a dar os primeiros passos em pequenas coisas que irão fazer toda a diferença na sua vida futura.

Não se esqueça que se passou anos a fio neste processo disfuncional, possivelmente, vai demorar uns meses até conseguir inverter tudo. Por isso, faça sempre com o seu psicólogo uma coisa de cada vez.

Fale, ouça, explore, olhe para isto como uma aventura LINDÍSSIMA - garanto, LINDÍSSIMA, que vai fazer! Você vai criar ferramentas emocionais que nem uma loja as vende porque não têm preço – as mais importantes da sua vida! Arrisque, partilhe e confie!

É tudo por agora...

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