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05 November, 2017 Guia para um minete-gourmet

O prazer está na ponta da língua.

Camaradas da língua e dedo, nada temam. Deitem fora todas as revistas masculinas, pois este é o único que guiar precisam para ministrarem uma trombada épica.

Guia para um minete-gourmet

Nem todas as mulheres são e iguais e, por consequência, nem as suas distintas e fantásticas chaboitas. Quando o Criados as fez, na sua infinita sabedoria, decidiu ser um humanista da cona com o lema “todas diferentes, todas iguais”. De facto, nem toda a técnica de minete funciona da mesma forma em diferentes mulheres e isto é um erro em que todos caímos: “se a X se veio toda assim, porque é que esta tem a xoila mais seca que um bacalhau?”.

Um mineteiro-gourmet (ou gourmineteiro), deve primeiro analisar a coisa tal e qual um enólogo da rata (ou ratólogo). Mas nada de afundar o nariz na senaita da senhora e dizer em voz alta que se sente perfeitamente os taninos, ok? Primeiro, porque ninguém sabe o que são taninos. Segundo, porque é de muito mau gosto mencionar o odor das partes baixas a uma senhora (mesmo que seja um elogio).

Um gourmineteiro tem ao seu dispor duas ferramentas de alta precisão: a língua e os dedos.

A primeira aproximação ao fruto desejado será com o intuito de apalpar terreno e sentir em primeira mão (ou língua) com quem estamos a lidar. A primeira lambidela deverá ser algo genérica e servirá apenas para degustar a rata em questão e observar a linguagem corporal da dona. Gemeu à primeira lambidela? Não se mexeu? Esta lambidela é superficial, não é precisa. É como se fosse um tiro de aviso para um assaltante, apenas para testar a sua reacção. De seguida, a análise dedal ao sítio irá dar uma ideia dos níveis de humidade e do quanto a senhora gosta de levar as coisas a “fundo”. Tal e qual a vareta do óleo do motor, o dedo e a reação provocada deverão ser analisados com cuidado. Se o primeiro contacto com a língua e o gentil toque de dedo provocaram gemidos e bufos dignos de um puro Lusitano, metade do trabalho está feito. A dona pode ser exigente, mas a cona aparenta ser de trato fácil. Bom proveito.

“Noé, ela nem se mexeu quando passei com a língua e o dedo!” - dizem vocês.

Meus senhores, são este tipo de situações que nos atormentam e nos fazem duvidar da nossa capacidade mineteira. É normal isso acontecer, ok? O que não é normal, é isto acontecer e insistirmos no movimento anterior como se a pobre rata tivesse culpa de alguma coisa. Imaginem que estão a ligar um motor de um barco. Se à terceira puxadela aquilo não pega, vamos lá abrir o motor para ver o que é que se passa.

Entramos na fase do arqueólogo da cona: a sua missão é descobrir os pontos chave de entrada no templo de Coné. Varia o ângulo, suavidade do toque e sítio. A língua é um autêntico explorador de prazeres escondidos e quando o toque provoca alguma alteração ao corpo da pessoa em questão, é hora de registar na memória o local (não anotem num papel) para referência futura. O Sagrado Clítoris. A Santo Graal que todos almejam encontrar para poderem beber do mesmo, está ao alcance de todo o bom e intrépido explorador. Caso o encontrem, respeitem-no! Não desatem a morder aquilo como se fosse uma bifana de Vendas Novas ou a dar-lhe socos de língua como se fossem o Rocky. Sintam-no. Provem-no. Devagar com a ponta da língua. Vejam como ela reage aos vários tipos de toque com a língua e boca.

Bom, depois de todo este trabalho de recolha de informação, hora de passarmos à acção: como é que se faz? Se estás a fazer esta pergunta, não leste nada do que acabei de escrever. Ler o corpo da mulher e aplicar os ensinamentos que a língua nos deu, é o melhor conselho que vos posso dar.

Se calhar este guia não faz sentido nenhum, mas devem ter-se rido a uma altura ou outra.

Bons minetes e até quarta.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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