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09 November, 2023 4x4 - Capítulo 3

Tudo ao molho e fé em Deus...

Há certas portas que, uma vez abertas, nunca mais conseguimos fechar. Foi uma dessas portas que atravessámos, eu, o meu amigo Júlio e as nossas respectivas namoradas, quando elas começaram a tirar a roupa e ficaram todas nuas à nossa frente.

4x4 - Capítulo 3

Se nós, os machos, olhávamos tanto um para o outro, em vez de olharmos o tempo todo para as conas molhadas e mamilos espetados que se nos ofereciam, é porque ainda era difícil acreditar na realidade que os nossos olhos testemunhavam.

Os dois estávamos ainda confusos, em choque, diante daquela solução mágica, isso sem dúvida, que as nossas meninas tinham congeminado para salvar a nossa amizade.

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Não me compreendam mal, em boa hora o fizeram, simplesmente era difícil enquadrar a imagem nos nossos cérebros, tão deslocada e surreal ela parecia.

Mais uma vez, percebendo a nossa hesitação, foram elas a dar o passo à frente. Talvez com medo de nos assustar, ou para não entrarem logo a matar, cada uma delas dedicou-se ao seu respectivo gajo.

No meu caso, a Elsa sentou-se ao meu lado, abriu-me as calças e pôs-mo o pau para fora. Este, respondendo à carícia familiar, pôs-se logo de pé.

Como, ali mesmo à nossa frente, a Júlia começava a fazer o mesmo ao Júlio, transportando-nos para um quadro vivo de porno caseiro e voyeurístico, quando dei por mim tinha engrossado tanto que tive dificuldades em reconhecer o meu próprio caralho. A situação dava-me uma tusa que acho que nunca tinha experimentado!

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Depois de nos baterem uma punheta que tinha tanto de familiar como de inédito, enfim decidiram trocar. Limitaram-se a olhar uma para a outra e sorrir, posto o que se deitaram ambas no sofá e abriram as pernas.

Quando já ia mergulhar de cabeça nas profundezas coníferas da minha namorada, ela afastou-me bruscamente:

– Não, tu não. Tu para ali – disse, afirmativa, apontando para a Júlia, que me sorria toda escancarada.

Lembro-me quando a língua do Júlio tocou pela primeira vez na rata da Elsa e ela fechou os olhos e abriu a boca, toda arrepiada, olhando depois para mim completamente abandonada de prazer...

Logo eu estava a fazer o mesmo à cona da Júlia e não demorou muito que as duas começassem a gemer.

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A cona da Júlia era diferente da da Elsa, desde logo nas texturas, mas sobretudo no cheiro e no sabor, mais intensos do que aquilo a que estava habituado. Os lábios da racha eram mais espessos e mais duros, e também era mais fértil de líquidos. Cheirava a lota de peixe e sabia a frutos do mar, e só de a lamber e chupar pensei que me ia vir...

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Depois disso, as meninas – que, não é preciso dizer, continuavam no comando das operações – quiseram variar, mas mantendo a boa “tradição oral” que se ia desenrolando. Assim, a Júlia abocanhou-me a gaita enquanto a Elsa começou a mamar no caralho do Júlio.

Mais uma vez, pensei que ia ter um orgasmo e tive que fazer um esforço brutal para me manter no jogo. A boca da Júlia parecia uma enguia eléctrica, que ora me sugava a glande como se ma quisesse arrancar, ora me chupava de cima a baixo e de baixo para cima, pressionando-me a pila como se em vez de uma língua tivesse uma mão com 20 dedos lá dentro.

Por muito que um gajo queira resistir a comparações, principalmente quando lhe é oferecido o melhor de dois mundos, aqui tenho que dizer que, ao pé da Elsa, a Júlia era uma maestrina do broche celestial! Nunca tinha sido chupado assim e foi um ver se te avias para não lhe encher a boca de natas logo ali...

Ao meu lado, a mamada mais humilde da minha namorada não deixava de produzir efeitos colaterais óbvios no meu amigo Júlio, que se contorcia de gozo e só se ria, como um parvo acabado de descobrir a felicidade...

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É preciso perceber que não se tratava só de mero minete ou simples broche, actividades essenciais mas corriqueiras no jogo de cama de qualquer casal saudável e com eles no sítio. O que inflacionava, e de que maneira, a tesão que os quatro sentíamos, era toda a transgressão implicada, o fruto proibido que a todos e cada um açucarava as bocas e fazia alagar os sexos.

Acho que as nossas meninas perceberam que, a continuar assim, nós, os rapazes, corríamos sérios riscos de atravessar a casa de partida sem elas receberem os dois mil... Por isso, em uníssono, desembocanharam-nos os respectivos caralhos, que mantiveram em riste nas suas mãos firmes, e começaram a mamar-se uma à outra.

Nesse momento, eu e o Júlio éramos meros espectadores da paixão das nossas companheiras, que pareciam ter uma aptidão natural para a bissexualidade que ambos, e talvez elas também, desconhecíamos.

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O show lésbico, naturalmente, produziu em nós certas “ansiedades”, altura em que os machos tomaram enfim as rédeas da situação. Nem um minuto depois, estávamos os dois a comer as namoradas um do outro à canzana, enquanto ríamos como dois malucos...

Parecia uma dança, um baile demente de luxúria! Ouvia-se o estalo das nádegas delas em contratempo, num ritmo que às vezes íamos variando, com o outro sempre a responder. Às tantas, estávamos tão acelerados que já não havia harmonia nenhuma e por sobre o som das nossas investidas metálicas no rabo delas, os seus gemidos tomaram conta do concerto.

Debaixo de mim, a Júlia veio-se em gritos espasmódicos. A Elsa, de olhos fechados, sorria com aquele ar que eu bem lhe conhecia, de quem desejava que aquilo durasse para sempre...

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Fodemos a noite toda, quase até de manhã. Ainda pensámos, a dada altura, ir para a cama, mas tivemos medo de adormecer e perder o momento.

A sala tresandava a sexo, a humidade no ar formava nuvens orgásticas, as paredes escorriam de loucura e deboche.

Fodemos por cima, por baixo, pela frente, por trás, lambemo-nos, chupámo-nos, viemo-nos, rimo-nos...

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Só não lhes fomos ao cu, e não foi por falta de tentativas. As duas usaram o mesmo argumento para rejeitar as nossas preces: não tinham “preparado” a tripa de antemão e não queriam que o idílio se transformasse num circo escatológico que nos poderia tirar da mood...

Compreendemos e depois disso não insistimos mais, podia realmente ser chocante, mas ficou a promessa de voltarmos ao assunto com os devidos preparativos.

Esta conversa, mais do que a excitante expectativa de as enrabarmos, deu a todos a alegria de sabermos que aquela noite não iria ser um acto isolado, que voltaríamos ao local do crime sempre que quiséssemos.

De certa forma, tratava-se da fundação de um novo império, uma vida 4x4 onde poderíamos dar vazão a toda a nova luxúria que tínhamos descoberto.

De todas as felicidades da noite, essa foi a que apreciámos todos mais. E não era uma felicidadezinha qualquer, era a puta da felicidade suprema!

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Como se tudo isto ainda fosse pouco, antes de darmos a noite por terminada, as meninas quiseram mamar-nos mais uma vez. De novo trocados, sempre trocados, eu e a Júlia, o Júlio e a Elsa. Mais uma vez, senti a língua cheia de dedos da namorada do meu amigo. Se houvesse um Nobel do broche, não era preciso procurar mais. Era tão poderoso que até a Elsa, a dado momento, parou de chupar o caralho do Júlio e ficou a olhar para nós.

Mas elas sabiam o que estavam a fazer. Bastou a minha namorada voltar a chupar o meu amigo e segundos depois, quase ao mesmo tempo, os dois enchemos-lhes as bocas de esporra!

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Era o plano delas, nós não sabíamos. E gostaria de ter podido tirar uma fotografia para mais tarde recordar... É que aquela imagem resumia perfeitamente a nova realidade das nossas novas vidas: com as bocas cheias de esporra, elas deixaram-se escorrer uma para dentro da outra, no maior de todos os deboches que alguma vez tinha presenciado na vida!

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Postas as coisas nestes termos, sabíamos que não iria haver muitos mais limites nas nossas futuras perversões...

Inclusivamente, mais do que isso, mais do que as nossas sessões a quatro, sentimos a necessidade de negociar novas liberdades entre nós. Novas liberdades que desafiassem os derradeiros limites.

Por exemplo, decretámos que não era preciso que os quatro tivéssemos que estar sempre envolvidos... Podia ser a dois, a três, o que nos apetecesse, com quem nos apetecesse, quando nos apetecesse, conquanto fosse dentro da esfera de amigos, sem contactos com o exterior...

A partir daí, desde que acordávamos até que nos deitávamos – fosse com quem fosse –, andávamos sempre inflamados de tesão, 24 sobre 24. Era como se houvesse uma electricidade no ar e nos sexos de cada um, uma corrente alternada e contínua que cada um podia consumir como, quando e com quem quisesse.

Ou, como já disse atrás, a puta da felicidade suprema!

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4x4 - Capítulo 4

4x4 - Capítulo 2

4x4 - Capítulo 1

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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