28 agosto, 2025 A janela em frente - Parte 13
Quando me disse que gostava que a mulher lhe lavasse a pila, não sei explicar o estado em que fiquei!
A coisa mais estranha e inesperada aconteceu dois dias depois de chegarmos do nosso fim-de-semana "romântico". Essa experiência íntima aproximou-nos muito e, de repente, sentíamos-nos como dois adolescentes cheios de entusiasmo.

Talvez por causa disso, desse avanço na intimidade, enquanto nos masturbávamos juntos numa sessão de videochamada, cada um em sua casa, ficámos dados a confidências.
E, numa delas, enquanto nos excitávamos a falar de coisas que nos davam tesão, ele confessou que gostava que a mulher dele lhe lavasse a pila quando tomavam banho.
Não sei explicar o estado em que fiquei... Só posso dizer que me senti explodir de ciúmes e, bastante alterada, desliguei-lhe o telefone na cara!
Passei esse dia inteiro a ignorar as suas chamadas e, masoquisticamente, a imaginar coisas. Ele, nu, no seu duche matinal, e a mulher a aproximar-se de surpresa, a despir o roupão, já a escorrer a sua banha de vaca da cona, a abanar aquele cu de cornuda, a enfiar-se no chuveiro com ele e, como grande puta que era, a começar a ensaboar-lhe a piça tesa!
Argh!! Apetecia-me esganá-la! Aliás, apetecia-me esganar os dois!
Virei a casa de pés para o ar em limpezas inúteis, tentando tirar a cena da minha cabeça (sem grandes resultados, diga-se), até que o meu marido chegou vindo do trabalho e, espantada, percebi que o dia tinha passado.
Era noite de os miúdos ficarem em casa da avó, onde ele já os tinha deixado, e estávamos sozinhos em casa.
É preciso dizer que há várias semanas, praticamente desde que começara o affair com o meu vizinho da frente, que não fazia amor com o meu marido.
Não era a primeira vez que tínhamos fases de seca mais prolongada, pelo que ele não tinha razões para desconfiar de nada. Mas, naquele momento, ao vê-lo dirigir-se para tomar o seu banho de fim do dia, nem pensei duas vezes!
Despi-me, entrei para o chuveiro atrás dele e comecei a esfregar-lhe os tomates com uma boa dose de champô! Ficou imediatamente teso.
Não me perguntem porque o fiz, acho que simplesmente precisava de fazer qualquer coisa... Na minha mente distorcida, aquilo era uma vingança contra o meu amante. Iria contar-lhe tudo e ele ficaria a roer-se de ciúmes, assim como eu fiquei!
A cara do meu marido não conseguia esconder a surpresa. Nunca lhe tinha feito nada parecido... E mais ainda quando, vendo o seu esgar de tesão e ouvindo-o arfar, percebendo que estava muito perto do orgasmo, me ajoelhei à sua frente para receber os jactos da sua esporra na minha cara!
Quando lhe chupei só a cabeça no final, ele dava urros.
Mais uma vez, era algo que nunca tínhamos feito e não me lembrava de o ver disparar uma salva tão abundante.
Fiquei a escorrer a sua meita das bochechas e ele nem quis usar logo o chuveiro para me lavar, para poder apreciar o máximo possível do momento.
Não apenas isso, ficou tão comovido com o meu “mimo” que se quis baixar para me beijar a boca esporrada em agradecimento!
Mas o carinho não fazia parte da minha encenação. Levantei-me e saí do duche sem uma palavra, atarantada e quase com repulsa do seu gesto ternurento, que destoava por completo do meu acto de vingança.
Como disse no início, foi estranho e inesperado. E por causa desse gesto, fiquei a sentir-me ainda pior do que já estava. Porque, duma maneira absurda, senti que já não estava a trair apenas um, mas os dois!
Dez minutos depois, estava fechada no quarto, cheia de nervos a enviar uma mensagem ao meu amante, a convocá-lo para um encontro.
- Preciso de te ver. Só para falar. Amanhã, café. Escolhe o sítio.
Nesse momento, sentia um animal feroz a roer-me as entranhas. Precisava de tirar aquela raiva, aquele ciúme, aquele sentimento de culpa do sistema.
Ele demorou bastante tempo a responder.
À noite, enquanto nos despíamos para nos deitarmos, o meu marido insinuou-se. Ficara tão sensibilizado com a minha punheta que quis reciprocar - era o mínimo que podia fazer.
Tentou beijar-me a boca, o pescoço, apalpar-me as mamas, acariciar-me a racha... Agarrou-se ao meu rabo como uma lapa rebarbada!
Agradeci-lhe e, com um longo suspiro de impaciência, afastei-o, sentindo-me uma degenerada doente com a merda que lhe andava a fazer.
Mas ele não estava pelos ajustes, eu tinha acendido qualquer coisa dentro dele. Percebi que queria matar a fome acumulada e quando dei por isso, estava a arrancar-me as cuecas (curioso como eu vestia as cuecas para dormir com ele e as despia mal ele saía da cama).
Não demorou a cair em cima de mim e a penetrar-me, com uma assertividade que não lhe conhecia. Percebi que eu é que tinha sido a culpada daquela mudança, quando o masturbei.
Fodeu-me a seco e veio-se dentro, rapidamente, sem que eu chegasse a sentir qualquer tipo de prazer. Aliás, enquanto ele bombava sobre mim, de forma muito brusca, sem a ternura que me tentara oferecer anteriormente, eu não conseguia evitar pensar como me era cada vez mais difícil partilhar a cama com ele.
Só com muita imaginação, pensando no caralho viril do meu amante, consegui suportar a provação.
Finalmente, largou-me, deitou-se para o lado e adormeceu. Eu fui lavar a esporra dele que já começava a escorrer da minha cona. Por qualquer motivo, era-me agora insuportável senti-la dentro de mim...
A ideia de nos encontrarmos para um café não deixou o meu amante satisfeito. Pelo menos, inicialmente. Era uma óbvia quebra do nosso contrato. Encontrávamo-nos para foder, não para falar, essa era a regra.
Isso provava definitivamente que, depois do fim-de-semana no hotel, as coisas tinham mudado. Já não era só sexo, embora esse continuasse a ser o fio condutor, a corrente elétrica que nos unia.
Havia mais. Uma intimidade que crescera imparavelmente em cada um de nós, trazendo com ela a curiosidade, a necessidade de sabermos coisas um do outro.
Dei por mim a querer saber quem era ele fora do desejo, fora dos gemidos e dos lençóis amarrotados. Quem era o homem que me fazia sentir tão viva, tão desejada, tão fora de mim mesma? E ele, acho, sentia o mesmo.
Nas mensagens trocadas nessa noite, entre silêncios culpados, ele acabou por ceder:
- Ver-te sem ser para foder... Foda-se! Porque razão, de repente, isso me excita tanto?
Ficámos combinados para a manhã do dia seguinte.
Só um café. Assim mesmo, contra a lógica que nós próprios fabricáramos, correndo o risco de escancarar ainda mais a porta que ambos juráramos manter fechada, mas que aos poucos, nesga a nesga, se tinha começado a abrir.
Era isso que tinha mudado. Antes não era assim. Agora metia medo,,,
(continua...)
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com