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14 August, 2017 O sexo do futuro com robôs (e um sério alerta à população)

Como será o futuro dos robôs sexuais? E para que fins serão usados?

Cientistas da área da robótica divulgaram um relatório sobre um futuro em que os humanos vão fazer sexo com robôs, alertando que é preciso tomar medidas para evitar que a sociedade caia no abismo.

O sexo do futuro com robôs (e um sério alerta à população)

O relatório redigido por cientistas da Fundação para a Robótica Responsável (FRR) avisa que a sociedade tem que estar atenta ao impacto que os diferentes tipos de robôs sexuais podem vir a provocar. E salienta que é preciso proibir a construção de robôs sexuais desenhados para se parecerem com crianças.

Estes cientistas avisam que a sociedade deve pensar, como um todo, o que é que quer do futuro com robôs sexuais, e especialmente, o que deve ser aceitável ou permissível.

No mercado actual, há já vários tipos de robôs à venda e já se anunciou que vêm aí as bonecas sexuais com Inteligência Artificial. Uma empresa conta lançar, até ao fim de 2017, a primeira versão destas robôs que movem a cabeça e os olhos e que falam através de uma app.

Há também previsões de que os robôs vão substituir os homens já em 2050.

Como serão usados os robôs sexuais?

Os investigadores da área da robótica começam a questionar como é que será o futuro desses robôs, de que forma serão usados.

Ora, o relatório da FRR destaca que podem vir a ser usados como uma espécie de acompanhantes, trabalhando em bordéis, ou como companheiros sexuais para pessoas sós ou idosas.

Podem, ainda, vir a ser ferramentas de terapia sexual para trabalhar com violadores e pedófilos. E neste campo, o relatório aponta os dois lados da moeda.

"Por um lado, há os que acreditam que expressar desordens ou desejos sexuais criminosos com um robô sexual saciará [estes criminosos], ao ponto de não terem desejo de fazer mal a conterrâneos humanos. Mas por outro lado, muitos outros acreditam que isto seria uma indulgência que os encorajaria e reforçaria as práticas sexuais ilícitas.

Isto pode funcionar para alguns, mas é um caminho muito perigoso de trilhar. Pode ser que, ao permitir às pessoas viverem as suas fantasias mais negras com robôs sexuais, isso terá um efeito pernicioso na sociedade e nas normas sociais e poderá criar mais perigo para os vulneráveis."

Esse dilema já não é uma discussão do presente, depois de ter sido notícia que uma empresa japonesa está a criar uma boneca sexual desenhada para se assemelhar a uma criança.

Um canadiano que encomendou uma dessas bonecas sexuais infantilizadas levou as autoridades do Canadá a analisarem se a lei deverá permitir a detenção deste tipo de objecto. Para já, o homem foi acusado de posse de pornografia infantil, mas o caso está longe de encerrado.

O relatório da FRR ainda vinca o facto de a interacção com robôs sexuais poder incutir na sociedade uma ideia errada quanto ao consentimento - já que os robôs estão sempre disponíveis quando o seu dono deseja.

Assim, a FRR sublinha que será necessário ensinar as pessoas a procurarem o consentimento dos robôs para o sexo. E explicam porquê.

"Se é importante para a sociedade que ensinemos às pessoas que o sexo requer consentimento, então, não é absurdo construir essas normas na interacção humanos-robôs. Estamos a condicionar socialmente as pessoas para agirem da melhor forma. Por isso, o consentimento aqui não é pelo robô por si, é sobre o que a nossa acção diz à sociedade."

Para entrar mais em detalhe neste tema controverso, espreita o admirável (e assustador!) mundo das bonecas sexuais do futuro.

Gina Maria

Gina Maria

Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.

"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]

+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas) 

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