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16 May, 2025 Mentes Conectadas: Medo de procurar uma acompanhante

Existe alguma forma "respeitosa" de procurar este tipo de serviço?

Hoje vou falar-vos das dúvidas de um homem de 39 anos que nunca esteve com uma acompanhante, mas que tem vontade de experimentar. Só receia “fazer asneira”. Como deve agir?

Mentes Conectadas: Medo de procurar uma acompanhante

 

Sou homem, tenho 39 anos e nunca estive com uma acompanhante. Não sou nenhum moralista, só que cresci com aquela ideia de que “isso é errado”.

Ultimamente, sinto-me sozinho, carente, e não tenho tido sucesso em relações. Pensei em procurar uma profissional, mas tenho muito medo de parecer ridículo, de ofender sem querer, ou de ser enganado.

Nunca fiz isto antes. E se eu fizer asneira? Existe alguma forma “respeitosa” de procurar este tipo de serviço?”

Antes de mais, obrigada pela tua honestidade. O que estás a sentir é mais comum do que imaginas.

Há muitos homens — e também mulheres — que sentem um misto de curiosidade, necessidade emocional e medo de errar quando pensam em procurar uma acompanhante pela primeira vez. E sabes uma coisa? Isso mostra que te preocupas. E isso é bom sinal.

Esta conversa não é sobre moralismos nem julgamentos. É sobre humanidade, respeito e consentimento.

Procurar uma profissional do sexo pode ser uma experiência positiva, segura e transformadora — desde que seja feita com dignidade e clareza de intenções.

1. O primeiro passo é desconstruir a culpa

Muitos homens trazem, coladas à pele, ideias antigas sobre o Trabalho Sexual: “coisa de desesperados”, “coisa feia”, “pecado”. Essas ideias não vêm de ti — vêm da sociedade que nunca soube tratar o tema com maturidade.

Mas aqui estás tu, a fazer uma coisa rara: a pensar antes de agir, a querer saber como se faz com respeito. Isso já te coloca num lugar de consciência que, acredita, nem todos os clientes têm.

2. Entender o que queres, antes de procurares alguém

Antes de contactares uma acompanhante, faz estas perguntas a ti mesmo:

  • O que estou à procura? Companhia? Intimidade? Sexo? Conversa?
  • Tenho clareza sobre os meus limites?
  • Sei ouvir um “não” sem insistir?
  • Estou emocionalmente preparado para entender que isto é um serviço, não um romance?

As acompanhantes profissionais são pessoas com vida, histórias, desejos e limites. Elas oferecem um serviço — com dignidade e estrutura —, mas não te pertencem.

Esta consciência é o primeiro sinal de maturidade.

3. Onde procurar? Como não cair em esquemas?

Atualmente, há várias plataformas onde acompanhantes se publicitam. Mas atenção: nem tudo o que está online é seguro.

Segue estas dicas:

  • Evita sites duvidosos com anúncios muito apelativos, preços demasiado baixos ou fotos “de catálogo”.
  • Dá preferência a perfis verificados em sites confiáveis como o Classificados X.
  • Muitas profissionais trabalham também no Instagram, Twitter (X) ou em sites pessoais.
  • Lê os anúncios com atenção. Um bom anúncio indica o que ela oferece e o que não oferece; se está disponível para “first timers” (clientes iniciantes); e condições claras, preços justos e um tom respeitador.

4. Como contactar? O que dizer?

Este momento é crucial. Muitas profissionais avaliam o cliente desde a primeira mensagem. Eis algumas dicas:

  • Usa um tom educado. Começa com algo como:

“Olá, vi o teu anúncio/perfil e gostaria de saber se estás disponível para um encontro. Sou novo nisto e procuro um momento tranquilo e respeitador. Podemos conversar?”

❌ Não envies mensagens como:

“O que fazes por 50?”
 “Manda fotos nuas.”
 “Fazes tudo?”

Evita frases que reduzam a pessoa a um objeto. Lembra-te: estás a contactar alguém que presta um serviço profissional, não a pedir um favor.

5. O que se espera de ti num encontro?

Se o encontro for presencial:

  • Chega com higiene pessoal impecável.
  • Leva o valor combinado em dinheiro certo e entregue com discrição.
  • Respeita os limites que ela definiu no anúncio ou na conversa prévia.
  • Não tires fotos, não faças gravações e não sejas invasivo.

Se for online (videochamada, sexting…):

  • Mantém o respeito.
  • Nunca graves o ecrã sem consentimento.
  • Lembra-te de que o ambiente virtual também exige ética.

6. “E se eu ficar nervoso ou tiver um bloqueio?”

É natural. Não és máquina. Muitas acompanhantes estão habituadas a lidar com homens nervosos ou inexperientes — e muitas gostam de criar um espaço seguro para que te sintas à vontade.

Não tenhas vergonha de dizer:

“É a minha primeira vez. Estou um pouco nervoso.”

Vulnerabilidade, quando bem colocada, não é fraqueza — é maturidade emocional.

7. O medo de te apegares

Outro medo comum em clientes iniciantes é o de desenvolverem sentimentos pelas acompanhantes, de se apaixonarem, de confundirem carinho com amor, ou de sentirem ciúmes. E sim, isso acontece — porque o contacto humano, mesmo pago, pode tocar zonas frágeis do coração.

Por isso é importante saber que:

  • A relação é profissional, não pessoal.
  • O carinho pode ser real, mas não é um compromisso afetivo.
  • Se sentires que estás a confundir os papéis, faz uma pausa, escreve sobre isso, ou procura orientação emocional.

8. A ética é sexy

O melhor cliente não é o mais rico, nem o mais bonito. É o mais consciente. Aquele que respeita, que paga pelo tempo combinado, que não pressiona, que não mente.

A boa experiência para ti começa por seres uma boa experiência para ela.

Uma palavra final

Procurar uma acompanhante não é vergonhoso. Vergonhoso é tratar alguém sem respeito. O que tu queres não é errado. O que importa é como o fazes, com quem e com que intenção.

E só pelo facto de estares a procurar orientação antes de agir, já mostras que estás a caminhar bem.

Vai com calma, com verdade e com empatia. O resto constrói-se — a dois.

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Até à próxima - Mentes Conectadas X

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