11 mars, 2022 Um 4 com cona de 10

Entro de rompante pela oficina do Carlos sem me anunciar...

Respiro fundo, os pensamentos a mil impedem-me de refletir direito. Aproximo-me do Carlos, mas quantos mais passos dou para a frente, mais ele dá para trás...

- Até quando me vais continuar a ignorar?

- Estou cheio de trabalho! Podes-me deixar trabalhar sossegado?

- Não! Não posso! Fartei-me de te ligar, não atendes, não respondes às minhas mensagens, já nem aparecem vistas, bloqueaste o meu número... Não achas que devíamos, pelo menos, falar Explica-me o que se passa nessa cabeça?

Levanta-se do carro, dirige-se à mesa, pousa as ferramentas, acende um cigarro, olha para mim - um silêncio que transforma o queimar do cigarro a cada bafo num terramoto.

- Por favor, fala comigo, diz-me o que vai na tua cabeça! Queres-me mandar para o caralho, ok, manda, mas explica-me primeiro.

Tira uma mini do frigorífico, dá alguns tragos, apaga o cigarro, demonstra algum impaciência.

- Que queres que te diga? Achava que eras sozinha, que não tinhas nada com ninguém, eu e toda a gente aqui na terra, e, afinal, toda a gente pensa isso porque tu tens um caso com um gajo casado às escondidas! E que ainda por cima, pelo que o gajo deu a entender, te sustenta! Queres que eu diga o quê? Que me meta nesse filme? Não quero uma pessoa assim para mim!

Respiro fundo, os pensamentos a mil impedem-me de refletir direito.
Aproximo-me do Carlos, mas quantos mais passos dou para a frente, mais ele dá para trás até ficar completamente encostado à mesa.

- Sim, é verdade! Conheci o "bonzão" há sete anos atrás quando ainda vivia em Lisboa. Ele nunca me escondeu que era casado, mas eu apaixonei-me por ele. Não mandamos no coração! A minha vida tem dado muitas voltas, mas ele continua a fazer parte dela. Quando vim morar para aqui, ele disse que não vinha, era demasiado longe. Tínhamos acabado, mas ele reapareceu antes de eu me envolver contigo. Eu tinha-lhe pedido para não voltar mais, mas pelos vistos, ele faz sempre aquilo que só ele quer. Agora, acusares-me de ser sustentada por ele... Isso é piada, só pode! Tu sabes onde eu trabalho, conheces os meus colegas, conheces o meu carro, a minha casa, da porta da tua oficina vês a porta da minha casa... Achas mesmo que tenho um estilo de vida de quem é sustentada por alguém?

Carlos sorri, confuso.

- Da forma como falaste, parece que tenho um Sugar daddy casado. E não é verdade. Ele tem a tua idade, talvez... Tens quantos, trinta e cinco? Eu tenho quarenta, quanto muito, eu é que tinha de pagar para estar com homens como ele, como tu! Vocês são um dez e eu sou o quê? Um quatro!!

Agarra-me pelo braço e puxa-me para ele, passa-me a mão na cintura, encostando-a à dele, beija-me o pescoço até encontrar a minha boca.

- És um quatro com uma cona de dez!

Desaperta-me os botões da camisa, beijando cada pedaço de pele desnudada, solta os meus seios, apertando-os com força.

Vira-me de costas e coloca-me de bruços sobre a mesa, levanta a minha saia até à cintura, arranca as minhas cuecas com um puxão, enfia dois dedos na minha cona, estremeço. Dá-me os dedos a provar, delicio-me como se estivesse a mamar no seu caralho.

E diz-me ao ouvido:

- Vamos ver se o teu cu também é um dez?

Sinto o volume encostado a mim, baixa as calças soltando, agarra as bordas afastando-as ligeiramente, cospe bem no centro, passa os dedos, aproxima o pau e encosta-o, começa a enfiar devagarinho...

- Ai que cu apertadinho que tens, caralho. Tão bom!

Sussurra-me ao ouvido enquanto o vai enterrando todo em mim...

Coloca a mão sobre a minha, aperto-a cada vez com mais força a cada investida.

- Fode-me, cabrão! Faz-me esporrar toda nesse caralho!

Aperta a minha mão e fode-me o cu com força, intensidade, desejo... A cada gemido meu, nosso, as nossas mãos apertam-se mutuamente até nos esporrarmos em simultâneo.