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06 juin, 2021 Preserva-quê?

Continuamos a resistir em colocar a tripa ao chouriço.

Ainda sou do tempo daquele anúncio do professor que encontra o preservativo no chão da sala de aula e pergunta "de quem é isto?" em que depois vários alunos e alunas se levantam e dizem "é meu" como se tivessem perguntado qual deles era o Spartacus. Nos anos 90 houve uma cultura bastante pro-preservativo motivada - principalmente - pela crise mundial da SIDA. Mas nestes últimos anos, o nosso protector de piça foi relegado para segundo plano nos media e damos connosco quase a ter de vasculhar no fundo das estantes por uma caixa de preservativos. Vamos falar um pouco neste salva-vidas de bolso que tão vilependiado tem sido nos últimos anos.

Preserva-quê?

Estar a falar de preservativos a adultos é como falar de canjas com avós, pois não há muito que vos possa ensinar. Todos sabem o que é um preservativo, todos sabem para que serve, mas grande parte de nós continua a querer embirrar com aquele pedaço de látex como se nos devesse dinheiro e queria começar por aí: preço. Os preservativos - pelo menos aqueles que não rebentem logo à primeira espetadela - são caros. Não são tão caros como levares o carros à revisão, é certo, e até são bem mais baratos do que o resultado de não os usar, seja um bebé não planeado ou uma doença venérea daquelas que nos cai a piça quando mijamos. Mas são caros para o uso que uma pessoa que fode regularmente lhes dá. Abaixo-assinado para baixar o preço, foda-se.

Se o preço é algo que faz torcer o nariz e a carteira a muita gente, a outra birra que se faz - e a principal - é que tira o prazer tanto a um como a outro. Ao elemento masculino porque ao cobrir a lança com um casaco de Inverno, deixamos de sentir os pingos de chuva conal na cabeça da piça e ao elemento feminino que deixa de sentir a textura quente e fofa de um belo e teso nabo enfiado. Ora, todos podemos concordar com isto e não há muito argumento contra. Mas agora pergunto eu: vale a pena esse aumento ligeiro de prazer sob o risco de uma pessoa se meter numa carga de trabalhos não planeados para o resto da vida, hein? Sei que na altura com o menino em riste, tudo nos parece menor face à visão de uma cona a pedir piça, mas tentem - e eu sei que é dificil - que daquela cona que agora vão entrar pode vir a sair algo daqui a 9 meses que não estão à espera, além de que - por muito banho com água de malvas uma gaja tome - nunca se sabe que perigos microbianos esconde uma xoila cor de rosa. Não confiem.

Aqui está um pequeno auxiliar para vos incitar ao uso do preserva: antes de darem início à fodanga, abram alguns 8 preservativos e deixem-nos na mesinha de cabeceira. Para já, a gaja vai julgar que está prestes a ser rebentada por um pelotão de Commandos quew não vê cona desde a recruta e, adicionalmente, vai ser bastante mais prático desta forma, porque muitos de nós desistimos de usar a gabardine de pila por aquilo custar mais abrir que a porta do cofre do Banco de Portugal. Assim está tudo prontinho e pode ser que desta forma nenhum dos envolvidos se esqueça que os preservativos existem por uma razão.

Boas fodas seguras a todos.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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