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23 décembre, 2018 Um Conto de Natal

Era uma vez um senhor muito rabugento que não gostava nada que os outros fodessem.

Vamos chamá-lo de José Carlos porque é complicado traduzir Ebenezer Scrooge, muito mais que Charles Dickens (ou seja, Carlos Pilinhas).

José Carlos era um homem amargurado cujo caralho já não conhecia o suave mosto conal há bastantes anos, daí, ter-se transformado num coninhas do caralho. Trabalhava num escritório ali como quem vai para os Olivais com duas pessoas: Manuel Fernandes, conhecido bom vivant e amante de 4 mulheres diferentes e o Pequeno Tim que tinha um problema de erecção na sua gigantesca piça.

Um Conto de Natal

Na noite de 24, José Carlos recebe a visita do espírito da última gaja que fodeu. Uma velha caquética chamada Sónia Andreia com mais teias de aranha na cona que o canto da sala menos visitada do museu menos visitado do país menos visitado do mundo.

Disse assim a velha:

- Zé Carlos, sou eu. Não te assustes, foda-se. Zé Carlos, deixa as pessoas foder à vontade, caralho. Não sejas um conas invejoso, mal com a vida e totalmente amargurado. Precisas de relaxar, Zé Carlos. Precisas de foder, foda-se. Enquanto não espalhares langonha quente na boca de uma gaja, o meu espírito não irá descansar, Zé Carlos. Irás a receber a visita dos Três Espiritos das Fodas. Ouve o que eles dizem, Zé Carlos.

Óbvio que Zé Carlos se borrou todo, porque tinha o caralho de um fantasma a falar de fodas e mais não sei o quê. Ignora, julga que aquilo foi o bacalhau que lhe caiu mal e vai dormir.

O primeiro espírito aparece a emanar uma luz a partir da piça.

“Sou eu, o espírito das fodas passadas. Deixa-me guiar-te e iluminar-te o caminho com a minha piça que dá luz”

José Carlos tem um flashback de todas as fodas já dadas no seu tempo de jovem vivaço. De como sorria após um orgasmo ou de como fazia sorrir com apenas dois dedos enfiados numa lingerie alheia.

O segundo espírito é um gigante caralhão com olhos e uma cona a fazer de boca.

“Sou eu, o espírito das fodas presentes. Deixa-me guiar-te e falar-te de quem és agora. Se me cuspir, é normal porque a minha boca é uma cona. Não me fodas a boca, se faz favor."

José Carlos ouve então com atenção o relato do espírito das fodas presentes, mas a conversa dura 20 segundos, pois Zé Carlos não fode e é complicado querer falar de fodas do presente quando não se fode.

“Zé Carlos, esses tomates parecem do Entroncamento de tão inchados que estão. Precisas de os vazar para ser feliz. Deixa a meita sair para que a felicidade ocupe o seu lugar.”

Zé Carlos por esta altura já ia na terceira muda de roupa interior dado ser o terceiro fantasma que vê.

O terceiro espírito é uma figura alta de traje negro que podia muito pertencer a uma tuna, mas é apenas um vibrador futurista com um gosto estranho de vestir.

“Sou eu, o espírito das fodas futuras. Deixa-me guiar-te e falar-te de quem irás ser se não mandas uma foda em breve!”

E foi aqui que Zé Carlos viu o seu futuro: negro, sem vida e com os tomates em cima de um carrinho de mão. Ele iria tornar-se num autêntico ogre do sexo, uma figura abjecta e repudiada por todos.

“Dorme e pensa nisto, Zé Carlos…”

Fácil de dizer, mas o homem acabou de experienciar uma experiência traumática.

Dia 25 de manhã, Zé Carlos acorda, abre a janela, enche o peito de ar e grita:

“BOM NATAL, CARALHO. HOJE É DIA DE FODER. HOJE VAMOS TODOS FODER!”

Zé Carlos sai à rua, fode uma velha que ia a passar, fode o carteiro e fode um polícia que foi chamado por haver um maluco no meio da rua a foder pessoas no Dia de Natal.

“Pequeno Tim, vamos tratar desse caralho!” e vai de mamar no caralho do Pequeno Tim, porque Zé Carlos era um homem muito seguro da sua sexualidade e não é por se beber uma média que nos tornamos alcoólicos.

 

Esta é a história de Zé Carlos. Este é o Conto de Natal que precisas nesta quadra.

 

Em nome de toda a equipa do Classificados X, Boas Festas a todos e um Próspero Ano Novo.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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