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04 abril, 2019 Feliciano Lambaça, lambe-conas, ao seu dispor

Entrevista com um mineteiro profissional: uma vida ao serviço da crica, suas carências e seus louvores.

Se tenho um cartão? Sim. Aqui tem. Lambaça, Feliciano Lambaça, ao serviço de sua majestade. Bem, majestade não, porque não temos cá realeza. É uma maneira de dizer. Ao serviço de vossa excelência, talvez fique melhor. Já pensei alterar, mas a letra já está tão miudinha… Sim, os ingleses é que têm lá disso. Esses é que a sabem toda. Se eu fosse inglês era cunnilinger. Nome de código: “Zero Zero Lambaça - licença para chupar”. As profissões em inglês estão mais na moda. Mas eu sou português, por isso sou lambe-conas.

Feliciano Lambaça, lambe-conas, ao seu dispor

Sim, lambe-conas. Diz no cartão. Deseja marcar uma consulta? Não? Veja já… Se não tiver tempo agora ou depois estiver muito apertada, posso-lhe dar o número do SOS Lambaça. Sim, minetes num minuto. Ou em francês, minet à la minute. Mais coisa menos coisa, porque já se sabe, as profissões em França estão mais na moda, mas eu sou português, e o português atrasa-se sempre um bocadinho, não é? Não quer? Uma entrevista?! Ah… Muito bem, com todo o prazer. Desculpe, não tinha percebido que era jornalista. Não tenho muito jeito para caras, porque eu é mais cona. Pois, é como diz no cartão:

Atende senhoras e meninas em apartamento discreto e bem cuidado na zona dos Prazeres.

Sim, Prazeres, onde mais?

Atendimento personalizado, música ambiente, visionamento de filmezinho evocativo, incensos vários, refrescos aquosos e alcalinos, alcova reclinável revestida de edredão e lençol higiénico para relaxamento total da pélvis, ventre e regiões periféricas. Desconto para casais, grupos e famílias. Especializado em línguas de sogra. O mais prolífico lambe-conas de Lisboa! Se ouvir dizer mal de nós, ignore: são as más línguas! Peça o nosso catálogo e faça já a sua marcação em: lambecrica69@gmail.com

Não diz aí porque não cabia, as letras já estão tão miudinhas, mas também fazemos bondage e usamos brinquedos eróticos, porque não há que ter medo da tecnologia, não acha? Sim, para quê reduzirmo-nos ao analógico quando podemos excitar o vaginológico ou o mamalhológico com uma boa descarga de electrões, neutrões e glutões? Inclusivamente, é uma questão de modernidade. Nós, na Lambaça, Lda, orgulhamo-nos de estar à frente do nosso tempo. É assim que ganhamos à concorrência, chegando primeiro, tanto ao local como ao orgasmo. Por isso somos os mais procurados na praça: oferecemos um serviço de excelência a vossa excelência. Já pensei alterar, mas a letra…

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Sim, no resto é exactamente como está no cartão. Lambo conas, cricas e senaitas, rachas, gretas e pachachas, ratas, fendas e pássaras… e outras. Sim, “outras”, porque só atendo meninas e senhoras que façam prova do respectivo orifício comprovativo. Caso contrário diria “outros”, mas não estendo os meus préstimos a cavalheiros, seja a chupar gaitas seja a lamber regos. Como alguém dizia, não tenho nada contra mas a mim não me dá jeito.

Sim, só meninas e senhoras com carências de crica. Que tipo de carências? Pensei que me ia perguntar que tipos de crica. Ai isso também…? Está bem. Até faz mais sentido assim. Não é como o ovo e a galinha, que não se sabe qual apareceu primeiro. Primeiro a crica, depois as carências, não é verdade? Sim, vamos a elas. Bem, para começar, maiores de 18, porque não quero problemas com o tribunal. Sim, já tive problemas, mas o erro foi meu, não pedi bilhete de identidade. Em termos anatómicos, não há grande distinção entre cona com carta de condução ou cona que anda de bicicleta.

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… A não ser os lábios mais assados, mas isso pode ser de muita coisa. Esse foi o equívoco, porque a senaita é um órgão que se desenvolve muitas vezes primeiro que a dona, e não há instrumentos que meçam com precisão a sua cronologia. Sim, ela esporrou, mas eu não voltei a cair na esparrela. Tenho uma reputação a defender, não é? Agora, antes de desviar a cuequinha para o lado, para fazer a primeira avaliação, peço logo a documentação, de preferência com fotografia.

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… Não, não voltam a apanhar-me com as calças na mão. Sim, salvo seja, até porque as calças eram dela. Bastava ver como ela as enchia para não desconfiar que já tinha idade para ter juízo. Mas enfim, como se costuma dizer, “são coisas que a cona tece”. Eu nem gosto especialmente destes provérbios enviesados, gosto de um ditado como deve ser, mas este por acaso vem a propósito. Precisamente, só maiores de 18, sem abébias nem excepções. A partir daí, é mato. Ou não, não tenho preferência. Peludas ou rapadas, salientes ou acanhadas, lassas ou apertadas, lisas ou greladas, riscadinhas ou com asas, com cueca ou desnudadas, de frente, às arrecuas, ladeadas, de pé, de joelhos ou deitadas, o ilustríssimo Lambaça come tudo e não deixa nada!

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… Não desdenho forma, feitio ou consistência, assim como não discrimino etnia, estado civil, ideologia política, cor clubística, credo, religião ou ciclo menstrual. Sim, com o período também. Para nós não há “aqueles dias do mês”, porque o nosso lema é “um dia de cada vez”. E, em boa verdade, quem nunca provou não sabe o que perde. É uma iguaria como poucas, praticamente gourmet… E, bem ou mal passada, cona é cona, não fazemos distinções. Sabe porquê? Porque temos brio, temos ética, temos deontologia, que são tudo coisas que fazem bem à crica. Porque é para comer é para comer, um profissional não pode estar cá com esquisitices.

Sim, sou um profissional. Profissional liberal, com anúncio no jornal. Quer ver? Aqui tem. Sim, é esse aí que parece um bigodinho à Eça de Queiroz, ou aquele jovem que trabalhava nos armazéns da Vila Faia.

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Viu o slogan? Catita, não é? Sim, desde 1969. Já ouviu com certeza dizer que cada um é para o que nasce, não já? Pois bem, no meu caso não podia ser mais literal. É um dos mitos urbanos que ainda hoje anima as páscoas e natais dos ilustríssimos Lambaças. Reza a história que, no dia 6 de Setembro de 1969, portanto, a 6/9/69, nasço robusto e bem pesado, com os dedinhos todos em escala, de olhos fechados mas com o narizinho logo a farejar, porque a sala está cheia de parteiras, todas muito rosadas do suor, não é? Não choro nem nada, porque na sala de parto há alegria, alívio e agitação. O pessoal médico ainda se dedica a procedimentos, cortam-me o cordãozinho umbilical, enxaguam-me as épicas miudezas de recém-Lambaça, e depositam-me nos braços de uma enfermeira, que tem agora a função de me conduzir à esplanada fofa dos seios de minha mãe, onde me espera o primeiro pequeno-almoço da vida. Mas, naquela roda-viva de logísticas, a enfermeira é encomendada para outros entretantos e decide pousar-me, por uns segundos, na zona circundada e segura entre as pernas da senhora que me pariu. Tarefa para aqui, afazer para acolá, esquece-se do bebé… E quando dão por mim, já estou abocanhado à minha mãe, sorvendo-lhe o grelo com a mesma desenvoltura com que qualquer recém-nascido chuparia no bico da mama leiteira! Como continuo com os olhinhos colados, foi certamente o cheiro que me fez rastejar para aquele biberãozinho carnudo e pulsante…

«Este vai ser fresco, vai!», vaticina imediatamente o médico, ao que o meu pai, que na altura distribuía charutos pelo staff, acrescenta: «Tem a quem sair!». E toda a gente ri às gargalhadas, impressionada com as minhas inclinações precoces.

Há aqueles bebés que nascem aos pontapés e os pais sabem automaticamente que vão ser futebolistas. Eu nasci logo a dar à língua, portanto… Diga-me lá se isto não é destino.

A primeira de muitas, sem dúvida. Desde então já me passaram quilómetros de cona pela papila. Sim, pela papila. É muito mel pingado, muita isca fendida, muito pintelho entalado nos dentes. Quando vou à lota já não distingo os cheiros, pois aquele chulézinho da greta, por muito guloso que seja, trabalha muito o trato respiratório. Repare que são quase 50 anos de carreira, não é brincadeira! Ou seja, é muita brincadeira, se me faço entender. Inclusivamente, estou a pensar em organizar uma gala, ou um sarau, ou ambos. Sim, no Cuzinho do Estoril. Nunca ouviu falar? É natural, é um clube privado de que sou membro porque, compreende, passo os dias a ver cona e à noite prefiro cu. Em todo o caso, não a deixariam entrar, é só para cavalheiros. A não ser entrando como modelo, porque lá é cu mas só do grelado, do piloso não queremos. Isto é, até pode ser piloso, não desdenhamos uma penugenzinha, mas desde que traga em anexo a respectiva rachinha periférica, que para mangueiras basta a nossa, compreende, não é verdade?

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Sim, uma festa de arromba, daquelas que deixam toda a gente de cona aberta, sobretudo as senhoras. A minha primeira cona? Claro, tirando a da minha mãe. Foi em 1981. A Mariazinha, pois. A minha e a primeira da miudagem toda lá da rua. Era minha tia, apesar ser muito nova, talvez com os seus 19 anos. Sim, as tias às vezes enganam, a gente imagina uma Duquesa de Alba e depois sai uma Brigitte Bardot. Era o caso da Mariazinha. Como é que aconteceu? É curioso que pergunte, porque até foi mais ou menos sem querer. Isto é, querer eu queria, mas ainda não sabia. Eu era muito inocente e não tinha irmãs. Mas tinha quatro tias, irmãs da minha mãe, que viviam lá em casa. Entre elas a Mariazinha. Nós éramos cinco irmãos e quando tomávamos banho, duas vezes por semana, íamos todos juntos para a banheira. Para além disso tínhamos o hábito de andar nus pela casa, era uma coisa natural. A mãe e as tias também tomavam banho juntas, mas esse evento estava-nos vedado. E nunca as víamos nuas a pôr a mesa ou a despejar o lixo. De maneiras que cresci com a ilusão de que a principal diferença entre rapazes e raparigas era que nós tínhamos nascido nus e elas vestidas! Pode rir, mas não estou a brincar. Já lhe disse que era muito inocente. Qual não foi, portanto, o meu espanto, quando, um dia em que só estávamos os dois em casa, entrei no quarto da minha tia e a fui descobrir toda nua em cima da mobília, a esfregar um monte de pelos que tinha no meio das pernas!

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Mesmo sem saber do que tratava, aquilo cativou-me imediatamente. Ela tinha bossas, como os camelos do deserto, com umas protuberâncias estranhas mas apetitosas no topo. Eram iguais aos meus próprios mamilos, só que muito melhores. No entanto, o que mais animava a minha curiosidade era aquele tufo escuro, que nada tinha a ver, nem em termos de cor nem de desenvoltura, com os seus cabelos. Ela era loura de cabeços lisos, e aqueles pêlos eram negros e encaracolados. Ao ver-me entrar de rompante no quarto, começou por protestar. Mas depois pareceu ter uma ideia, um daqueles momentos “eureca”, sabe?, com lampadinha em cima da cabeça e tudo, e arrastou-me para a cama. Disse-me que íamos brincar os dois e que seria muito divertido, conquanto eu mantivesse segredo da brincadeira. Ora eu, que era o mais novo e herdava tudo o que vinha dos meus irmãos, vi a oportunidade de, por uma vez na vida, ter acesso, em primeira mão, a um brinquedo que os meus irmãos, tanto quanto sabia, ainda não tinham estreado! Jurei segredos e silêncios, «a minha boca é um túmulo», prometi. «Espero que não», disse-me ela e, assim entendidos, puxou-me para si e enterrou-me a cabeça na pintelheira, instruindo-me como proceder: lamber primeiro as virilhas, depois, abrindo-lhe bem as nádegas, o rego e o perineu, e por fim o monte de vénus, tudo isto sem nunca tocar na boca rachada e húmida que eu via a latejar à minha frente. Ainda hoje me lembro do cheiro maravilhoso que ela exalava, um odor de carne, iogurte e cereais ao mesmo tempo, que me inebriava duma maneira tão total que sentia o sangue abandonar-me o cérebro e condensar-se, como um formigueiro, na minha pilinha de fazer xixi. Enquanto lambia e chupava e mordiscava, ela instava-me a massajar-lhe em simultâneo as maminhas, a espremer-lhe os mamilos entre os dedos e a acariciá-la ao longo das laterais do corpo.

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Deixe-me só fazer aqui um aparte: lá em casa todos tocávamos um instrumento e à noite fazíamos grandes concertos familiares. Era uma coisa do meu pai, que era maestro da filarmónica. Nesse ensemble, eu era o baterista, o que significa que tinha uma boa coordenação dos membros superiores e inferiores. Penso que essa destreza me ajudou, porque, mal comecei a estimular a Mariazinha seguindo a pauta das suas indicações, ela olhou para mim com um profundo olhar de surpresa e aprovação:

– Mas tu és… um talento natural!

É verdade que, quando a encontrei, ela já ia a meio caminho, mas foram os meus dedos linguísticos e a minha língua manual que a conduziram ao derradeiro apeadeiro dos seus prazeres!

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Depois de muito andar ali às voltas sem entrar, finalmente recebi autorização para atacar as fressurinhas carnudas, aquela clave de sol que tanto impressionava a minha imaginação. Então caí de língua sobre ela, primeiro à volta dos lábios, depois dentro dos lábios e, por fim, conforme a sua orientação, no botãozinho vermelhusco e pestanudo que se encontrava no topo de toda aquela maravilha repleta de lábios.

É o outro pormenor que nunca mais esquecerei: o som cadente dos seus gemidos e o urro animal que libertou, enquanto as suas ancas volteavam sacudidas em redor da minha boca, quando se esvaiu em líquidos bolsados e espirrados na minha cara!

Ficou a gemer e a arfar durante muito tempo, sem me permitir sair do sítio mas também sem me deixar tocar-lhe no ponto sensível por onde irradiavam as suas ondas de luxúria. Até que, refeita do choque, me fez começar tudo de novo.

– Vá, anda lamber, tu lambes bem! Lambaça-me a cona toda!

Da segunda vez só demorou metade do tempo e o orgasmo teve o dobro do tamanho. E assim ficámos o resto da tarde, nesse ardor de exponencialidades misteriosas em que, quanto menos eu lhe fazia, mais ela reagia.

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Por fim, deve ter achado que já tinha a sua dose, pois veio-se pela última vez e, num insólito efeito secundário do orgasmo, pegou no meu frágil corpinho e arremessou-o literalmente da cama abaixo!

– Vai-te daqui embora! És um tarado, um porco! Vou contar tudo à tua mãe! Odeio-te!!

Era só a minha primeira vez e já era confrontado com uma das verdades mais incontestáveis do mistério feminino:

– Mais depressa se percebe a cona do que a dona!

E ao longo dos anos, tive amplas oportunidades de confirmar esse adágio.

Nessa noite tive muitas dificuldades em adormecer, fosse pela ameaça da minha tia em contar tudo aos meus pais, fosse pela estranha firmeza que me atacava as partes baixas e que não sabia aliviar. Acabei por acordar com as cuecas todas molhadas, fogo de artifício a rematar voluptuoso sonho com os ainda mais voluptuosos atributos da tia Mariazinha. Foi o meu primeiro orgasmo e mal o vi, pois estava a dormir quando tudo aconteceu.

Para meu alívio, no entanto, não só a minha tia não disse o que quer que fosse à minha família, como passou a fazer os possíveis e os impossíveis para ficarmos sozinhos em casa. Então, abria-se em todo o seu esplendor às minhas explorações linguísticas.

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Acredite ou não, o pincel do ilustríssimo Lambaça nunca mergulhou mais fundo que a sua língua no colo quente da tia Mariazinha, que inclusivamente chegou virgem ao casamento. Mas, no processo, ajudou-me e ensinou-me o que fazer para libertar as minhas cada vez mais frequentes ânsias diluviais. Em boa hora o fez, apesar de tal originar a decadência dos meus dotes de baterista, que começaram a mirrar numa escalada vertiginosa. Fácil de entender, uma vez que eu cessara quase na totalidade os ensaios daquele instrumento, trocando-o por outro, mais recatado e prazeroso: passava horas a tocar ao bicho!

Infelizmente, não era arte que pudesse exibir nas soirées nocturnas, por muito orgulhoso que estivesse dos meus progressos…

Apesar disso, uma coisa é inegável: se hoje sou um lambe-conas encartado, à minha jovem tia devo a primeira escola do pensamento e da acção mineteira. Foi como uma Tágide para mim, pois foi ela quem me iniciou no bê-á-bá das delícias da língua portuguesa. Entrei com meias sílabas e estrofes acanhadas, saí mestre de vocabulários e cânones, não mais o menino desbocado e linguarudo, mas homem feito dos saberes da língua nobre.

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Por esse motivo, ainda e sempre se celebra nos quarteis da Lambaça, Lda o dia de Santa Mariazinha. Os meus funcionários crêem que se trata da santa padroeira do minete. E de certa forma é. Quer dizer, santa ela nunca foi, mas sem ela eu talvez tivesse sido.

Quando a Mariazinha eventualmente casou e foi embora, não sem antes correr a rua numa catártica aprendizagem de novos idiomas, deixou-me órfão de crica degustativa, comensal de prato vazio e esfomeado como um prisioneiro de guerra. Felizmente, não demorei a relacionar que, se Mariazinha tinha cona, as outras meninas também deviam ter. Foi ai que percebi, finalmente, as verdadeiras diferenças entre rapazes e raparigas, e decidi consagrar a minha vida ao estudo e arte de lamber aquelas fendas enigmáticas que atraíam mais que abismos. E, desde então, nunca desviei a língua, um milímetro que fosse, desse destino.

A sério, gostou da minha história? Bem, tem muitos condimentos em que as pessoas se revêem. Tem os sonhos e o sacrifício que se faz por eles. Sim, e a superação, pois não foi fácil esquecer a Mariazinha. E, claro, tem cona. De resto, é só uma história como tantas outras, cada um tem a sua. Sim, como a cona. Não há duas iguais, o que torna tão difícil a minha linha de trabalho. Por muito conhecimento empírico que colijamos pelos anos, não há uma fórmula genérica que se possa usar em todas elas. É necessária uma abordagem cona a cona, permanentemente alerta e muita capacidade de adaptação, até mesmo de improviso. Isto sem falar que, já na sua normalidade, é um órgão que requer muita assistência, muita manutenção. Mais do que qualquer bateria.

Boa altura para voltarmos às carências, tem razão. É a origem de tudo. Sem carências eu não trabalhava no que trabalho, nem sei o que seria… Talvez baterista, sim. Tenho muita coordenação motora. É verdade, a cona também é a origem de tudo, tem toda a razão. Sem cona não havia carências, lá está outra vez a história do ovo e da galinha. O que só prova que, dê a gente as voltas que der, acabamos sempre por voltar ao mesmo sítio. Afinal, é o sítio de onde todos saímos… Até há aquele quadro, não é? «A origem do Mundo». Precisamente, o da polémica da censura na internet.

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Não admira que seja um órgão tão sensível, não lhe bastava carregar o peso da criação da humanidade, ainda tem que levar com o malho azul da censura e as tesouras do preconceito e da ignorância. É caso para dizer: “Anda uma mãe a criar um filho para isto…” Porque, quer eles queiram quer não, não há estúpido nem ignorante neste mundo que não tenha vindo da cona da mãe dele! Se calhar é por isso que é tão difícil de satisfazer… Todas aquelas insondáveis nevralgias condensam a memória histórica de séculos de machismo, mal-fodismo e todos os tipos de opressão. Sim, lá estão as carências. Vamos a elas... Em termos muito práticos e mundanos, eu diria que há carências de ordem vária. Desde a debutante curiosa e da sopeira encalhada, que sentem desejo mas não sabem do quê, à dona de casa desprezada e à viúva ensimesmada, que sabem o quê mas já não sentem desejo. E, entre estas, todo um rol de classes necessitadas, rebarbadas e enjeitadas, mais ou menos conscientes, urgentes ou indiferentes. Depois, à margem dessas, temos ainda as religiosas e as viciosas, as insaciáveis e as debochadas, as mal-comidas e as ninfoexcluídas, a que eu costumo chamar as “maratonistas da pívia e da lixívia”. Umas não largam o pipi mas já não conseguem realizar-se em solitário, precisam do cheiro, das vibrações e do toque bruto do eterno masculino.

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As outras nunca lhe tocam, porque é pecado, parece mal ou têm nojo dele, considerando-o uma coisa abjecta, reservada às maçadas procriativas e interdita a demais usos domésticos. Aqui já entramos nas categorias terapêuticas. Sim, porque o meu minete é tanto recreativo como medicinal. A comichão no grelo não discrimina, tanto dá saúde como se torna uma doença, pelo que não há que ter pruridos em consultar um especialista.

Sim, considero-me um especialista. Tenho muito de autodidacta, é verdade, mas também estudei. Fiz workshops e especializações em Universidades dos Estados Unidos e do Bahrein, para além de ter passado seis meses numa escola de cegos, para melhorar a minha percepção dos sentidos. É muito útil nos casos em que, por excesso de uso, a mulher tem os pontos sensíveis já muito devassados, tornando difícil discernir as regiões climaxicas das anticlimaxicas. Decifrar o mapa erógeno destas mulheres é um verdadeiro código Da Vinci do desejo, e requer muita observação e palpação, muita tentativa e erro. É muito intuitivo, mas ao mesmo tempo científico. Uma espécie de acupunctura da tusa. Portanto, sim, por estas e por outras, considero-me um especialista. Já tratei muita cona difícil, casos desesperados até. Já ouviu falar do Labirinto do Minotauro? Pois há mulheres que são o verdadeiro labirinto do mineteiro! Mas o ilustríssimo Lambaça não falha, não treme e não vira a cara. Se me permite uma metáfora marítima, digo-lhe que já esfreguei o convés a muita caravela e nunca deixei nenhuma a ver navios! E olhe que não é uma metáfora assim tão desajustada, porque isto de trabalhar a cona como nós trabalhamos, passa muito pela solidez com que as levamos à liquidez…

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Nunca, essa é a verdade. Como diz o nosso anúncio, “Bisca lambida, satisfação garantida! Não se vem, não paga!” Provavelmente, somos a única empresa com a porta aberta que se pode orgulhar de ter cem por cento de sucesso a abrir portas. Até as mais perras e ferrugentas. Sim, muita clientela. Senhoras casadas, sim, muitas. Algumas vêm com os maridos, esperam na sala ao lado, para poderem ouvir. De tudo, temos de tudo. Até as mais insólitas e insuspeitas: virgens, freiras e advogadas, catequistas, gémeas frígidas e taradas… Etc. Sim, etc, porque onde há uma cona há um grelinho que clama devoção e temos que estar prontos para ajoelhar. Sim. Quer dizer, não. É um bom negócio, mas não estou nisto pelo dinheiro. Ou por outra, uma parte pelo dinheiro, outra parte pelo prazer, como já lhe expliquei. Isto não é apenas a minha profissão, é o meu destino. Porque lamber conas não é para qualquer um, como já percebeu. É um dom, uma arte. Se sou um artista? Gosto mais de pensar em mim como um artesão. Sim, porque dou tesão às mulheres e elas ficam com melhor ar. Daí, “ar-tesão”. Sim, não precisava de explicar, mas achei melhor, pelo sim pelo não.

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Na verdade, vejo-me como um poeta da pachacha, um poliglota da senaita, um linguista da pássara, um diplomata. Sim, diplomado em várias técnicas idiomáticas, fluente em todas as línguas pornográficas, mestre em lambeduras artísticas, específicas ou subliminares. Subliminares, com certeza, porque a verdadeira arte cunnilinguística deve transcender as fronteiras óbvias do papado vaginal. Há mais latitudes que a racha, mais longitudes que o grelo… Há toda uma geometria complexa de pontos cardeais, erógenos e essenciais que é preciso saber manipular e aprender a levar mais longe. Por isso o meu minete não é só da boca para fora, também arregaço as mangas e meto mãos à obra. Não são só os ginecologistas que usam o relógio no antebraço: um bom mineteiro tem obrigatoriamente que ser um grande punheteiro. O que nem dá assim tanto mais trabalho, porque, afinal, quem é que não gosta de fazer o gosto ao dedo?

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E, modéstia à parte, eu sei descodificar aqueles botões. Claro que é fundamental dominar a prospecção labial, a introspecção vaginal, a titilação clitorial... Mas a geografia do minete não se confina aos territórios amazónicos da cona. Há que descentralizar. A virilha, a regueifa e o mamalhal, para falar apenas da erogenia mais comum, não só são igualmente filhos de Deus, como são, principalmente, competentes filhos de puta, capazes de por si só elevarem a paciente aos estados gerais do prazer absoluto. Um lambe-conas que não domine as artes milenares do abrir pernas, descure as cordilheiras arqui-tetónicas (de “tetas”), e olvide as possibilidades rectro-activas (de “rectro” ou “de trás”), está condenado ao insucesso. E isto é tão válido para os preliminares como para a sequência degustativa propriamente dita. O centro do minete pode ser a língua, mas a linguagem do minete vai muito para além dela. Quem não souber isto, corre o risco de ver os seus esforços redundarem numa língua morta. E aí, está tudo fodido menos o que devia estar…

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Claro que tudo depende da matéria-prima, mas mais uma razão para saber como se lhe arrima. Não é estar a puxar dos galões, mas a classe dos lambe-conas está intrinsecamente ligada à felicidade do mundo. Sim, é uma grande responsabilidade. Principalmente agora, que as mulheres vêm ganhando um papel cada vez mais relevante na organização política e social, ascendendo a cargos de chefia e ocupando posições predominantes nos centros de decisão. Bem vê, uma mulher insaciada não funciona da mesma maneira que uma mulher sexualmente realizada. Imagine que uma presidente de uma grande multinacional, ou uma chanceler de um grande país, ou uma chefe de estado-maior das forças armadas, acorda com o grelinho a crepitar e requer do esposo ou amante um “minetinho” do seu tempo. Para efeitos da sua satisfação primária, tão necessária ao bom funcionamento das instituições que superintendem a sua intrincada condição feminina… A menina é menina, percebe do que eu estou a falar. Agora suponhamos que, por falta de tacto, vontade ou pura inépcia, o requerido não consegue produzir o ansiado climax e respectivo desaguamento conífero.

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Compreensiva, como só as mulheres podem ser, a frustrada desculpabiliza o acto falhado e, porque a vida continua, apresenta-se assim ao trabalho. Ninguém nota nada de estranho mas, no final do dia, meio milhão de funcionários acabam compulsivamente despedidos sem indemnização, os impostos e as taxas de juro sobem galopantemente e, pela primeira vez na História desde o Big Bang original, uma chuva de mísseis e sua correspondente catástrofe nuclear abate-se sobre o planeta! E tudo isto porque, ao não conseguir ver mimado o seu botãozinho primordial, a fêmea frustrada não tem pejo em carregar no botãozinho atómico, e eis-nos perante o fim da civilização como a conhecemos!

É por estas e por outras que eu estou sempre a dizer: quando não conseguires satisfazer uma mulher e ela te responder que “não é o fim do mundo”, desconfia. Porque, provavelmente, é!

O que se deve fazer numa situação dessas? Pensei que a esta altura já tivesse percebido… É muito simples: chamar o ilustríssimo Lambaça! Não há que hesitar! A língua do Lambaça é recomendada pelas principais matas de rata! O mesmo é dizer que já chupei muita mulher e nunca deixei nenhuma a chuchar no dedo…

Até lhe digo mais: se Deus fosse uma mulher e o ilustríssimo Lambaça pudesse passar o dia de joelhos com a boca enterrada entre as suas pernas, o mundo seria um lugar paradisíaco! Mesmo que, por hipótese, Ela tivesse um orgasmo tão fulminante que a levasse inadvertidamente a determinar um fim do mundo (porque, na loucura do paroxismo, a perda de discernimento é tal que as mulheres são capazes de tudo) seria sempre um final feliz, se me faço entender...

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Sim, tem razão, estou a filosofar. Peço desculpa, é deformação profissional. É que, sabe, não há nada mais filosófico no universo que a cona duma mulher. É assim desde o princípio dos tempos. Hoje não é segredo nem para os arqueólogos nem para os paleontólogos nem para os historiadores, que as primeiras guerras foram provocadas pela água, pelo fogo e pela crica. Sim, agora é fácil falar, mas imagine como seria naqueles tempos, em que toda a gente andava nua e aquela salsugem de cona, aquele coalho de pouca higiene mas de muito efeito, andava espalhado pelo ar as 24 horas do dia… Nem havia a poluição que há hoje, para disfarçar. Por alguma razão os indígenas eram ali conhecidos como os homo erectus: andavam sempre de pau feito por causa do cheiro a crica! Naturalmente, acabava tudo à laracha, os australopitecos com os neandertais e outros que tais, para ver quem conseguia chegar primeiro aos agachamentos na margem da ribeira, onde a senaita era geralmente avistada a bebericar de cu para o ar. Como, a mais das vezes, não havia para todos, deram em nómadas. Podiam ter dado em paneleiros, mas não. A cona sobrepunha-se a tudo. O vento trazia constantemente novas vagas de odor a pachacha, oriundas de povoações longínquas, e as hordas seguiam essa aragem fétida, tão apelativa, como o cão segue o perfume da pele morta e putrefacta, de olhos encegueirados, no transe da novidade.

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Porque já então se dizia que a crica da vizinha é melhor do que a minha, de maneiras que todos sonhavam com os pastos verdejantes da cona forasteira. É uma coisa muita antiga, mas a verdade é que ainda hoje a catinga agridoce da cona tira qualquer homem do sério…

Sim, agora já não somos nómadas, porque o que não falta aí agora é cona virgem pronta a desmatar. Exactamente por isso é que na Lambaça, Lda não fazemos deslocações. Não precisamos de andar à cata delas, deixamo-las vir ter connosco. Também é uma questão de organização, aqui temos toda a logística que consideramos necessária para garantir o sucesso da nossa empresa, que é, obviamente, o orgasmo ou orgasmos da paciente, porque raramente ficamos só pelo primeiro.

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Sim, temos um horário alargado, para estar disponíveis para todo o tipo de clientes. Sabemos como, nos tempos que correm, as mulheres têm as vidas ocupadas. Temos um catálogo, sim, embora a melhor abordagem geoestratégica do minete nasça, na maioria das vezes, da conversa exploratória com que iniciamos a consulta. Sobretudo em casos mais difíceis, pode demorar um bocado até percebermos qual a melhor metodologia a aplicar, mas uma vez derrubada essa barreira, e isto está estatisticamente comprovado, garantem-se resultados mais satisfatórios. É claro que depois há aquelas clientes que não têm grandes dificuldades em atingir o fim que procuram, e aí pode proceder-se partindo de critérios mais genéricos. Em todo o caso, temos sempre algumas propostas em carteira, que vamos alterando semanalmente, até porque há quem goste de variar. Estes, por exemplo, são os especiais que temos disponíveis esta semana:

Especiais da semana:

  • GRETA GARBO – DÊ À SUA CONA UM TOQUE DE ELEGÂNCIA

Para a cona que sabe o que quer e não dispensa um toque de classe e romantismo.

  • MATA HARI - O APELO DO PÊLO PELO PÊLO

O minete que penetra mais fundo no mato grosso da cona felpuda.

  • VAGINA LOLOFRÍGIDA – ACORDE A FONIX QUE HÁ EM SI

Para a cona frígida ou encalhada que esqueceu o caminho marítimo do orgasmo.

  • FENDA DA PORCA – JUNTE OS PONTOS, BARALHE E VOLTE A DAR (A CONA AO MANIFESTO)

Para aquela cona lassa que já viu quilómetros de piça.

  • PACHACHA SEMINOVA – O ESPANTOSO MINETE DAS ESTEPES

Indicada para conas frias, carentes e maduras.

  • PIPI DAS MEIAS ALTAS

Para aquela cona mais arregaçada.

Especial do dia / minete da casa:

  • LÍNGUA DE CAMÕES – A TUSA LUSA DA MUSA

Palavras para quê, é o minete mais português de Portugal!

Da galinha da vizinha à regueifa da Zézinha, das amantes do Cavém ao pastel da Belém, das selfies do Marcelo ao falo de Barcelos, da mula com tesão ao Amor de Perdição, dos Távoras de ginjeira aos codilhos do Taveira, da lojinha dos horrores à bilha dos amores, dos fados da Amália ao cu que pede algália… Um minete de faca na língua que vai ou racha qualquer cona no esplendor de Portugal! O preferido das sopeiras e afins, orgasmos múltiplos em tusa lusa ou em latim!

 

Como vê, temos uma oferta muito variada. Queria ter metido mais, mas a letra já está tão miudinha… Sim, a partir do catálogo a cliente pode requerer rapidamente qualquer um destes serviços. Ou, então, pode optar pelo “pacote”…

Não, é enganador mas não se trata de um conjunto seleccionado de ofertas aos melhores preços. O “pacote” é quando a narça do ilustríssimo Lambaça faz a sua aparição e se enterra nas nalgas da paciente!

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… Daí o nome “pacote”. Pois, eu sei que se presta a equívocos e até já pensei mudar, mas a verdade é que nunca tive razões de queixa, antes pelo contrário. A narça do Lambaça, assim conhecida em diversos círculos e colectividades, é um acepipe procurado por mui nobre nalga aristocrática. Senhoras de muita educação e recato mas que a gente oferece-lhe uma cadeira para se sentarem e elas recusam logo, procurando antes, para se anafarem até aos fundilhos, o espigão lambácico que tanto conforto lhes proporciona. Esta modalidade não estava prevista em catálogo, mas sabe como é, a gente dá uma mão e pedem logo o braço. Uma coisa leva a outra, as pessoas entusiasmam-se e quando damos por nós estamos fora do cardápio. Por isso é que acrescentámos o “pacote”. Sim, porque nesta profissão temos que estar preparados para tudo, não se pode rejeitar serviço ou dar parte de fraco. Pelo contrário, um bom pacote inspira facilmente a minha “parte forte”. É tudo? Muito bem, passou-se depressa o tempo, não foi? É assim quando falamos do que gostamos. Nada, minha menina, foi um prazer. É para o jornal? Ah, para a internet. Blog X? Sim senhora, conheço muito bem. Já lá tive um anúncio. Sim, na secção “Os homens que mamam as mulheres”. Pois, eu um blog nunca tive. A Mariazinha é que fazia blogues a cavalos. Já tive um site, mas tive que o fechar. Sim, a letra era muito miudinha. Também espero que nos voltemos a encontrar. O prazer foi meu. Isto é, não foi, mas podia ser. Se a menina aceitar o meu cartão e marcar uma consulta agora nos próximos dias, enquanto eu seguro na minha memória este nosso bocadinho à conversa… Não? Vá, não diga isso. Nunca diga nunca. Talvez? Muito bem. Com isso já consigo trabalhar. Então lá a espero, lavadinha mas não demais. Pois, é verdade, quase que nos esquecíamos de falar disso. Claro que damos e pedimos asseio, nada cá de pachacha à lagareiro ou passarinha à gomes de sá. Claro, higiene acima de tudo, mas como eu disse, não demais. Banhinho tomado em casa e depois reservar bem o suorzinho da viagem, porque, também, a vida sem tempero não tem graça nenhuma.

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Sim, tem razão. Até lhe digo mais, ouça que é de alguém com experiência: mesmo de olhos fechados, que às vezes pode acontecer, só há uma maneira de uma cona nos parecer igual a outra: se tiver sido lavada há menos de cinco minutos! Está a ver, fica só o frutado do sabonete, ou a água de rosas, ou agora esses cremes para a racha que dantes não havia. Aquele suminho de cona que tão bem vos identifica, que bem podia substituir as vossas impressões digitais, pois que não há um igual ao outro, isso vai-se tudo e é uma pena, porque nós fazemos o trabalho à mesma, lá isso fique descansada, mas gostamos de o fazer com alegria. Alegria no trabalho, claro está, nada paga isso.

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… A menina sabe do que eu estou a falar. Portanto, diga lá também às suas amigas, porque só a gente falando de uma coisa é que consegue mudar outra… Deixem-se lá de minhoquices e delicadezas aromáticas, que a rata não é o canteiro das tulipas nem a jarra dos jacintos. Como dizia a Simone de Oliveira, mais ou menos, quem come cona fá-lo por gosto, e se o gosto é todo o mesmo, se o polinsaturado das essências e fragâncias já é tão pungente que abafa os bafios salgados da dourada, já nada separa a rata do campo da rata da cidade, e ficamos todos a perder. Nós, porque não tiramos nada do petisco, e vossas excelências porque se irão ressentir do nosso desânimo. Assim como assim, apesar de não ser o ideal, mais vale a porca do que a horta, porque uma cheira a bagaço mas a outra sabe a funeral.

Ora ainda bem que concorda comigo. Olhe, já que chegámos até aqui e este bocadinho foi tão bom para mim como espero que tenha sido para si, diga lá às suas leiteiras, perdão, leitoras, que o Lambaça manda cumprimentos e lhes oferece 20 por cento de desconto em todos os serviços. Sim, 20 por cento, em exclusivo para as leitoras do Blog X. Se por acaso estiverem interessadas no “pacote”, posso ir até aos 90 por cento. Vá, 95 e meio. Diga-lhes para fazerem a marcação pelo meu email, lambecrica69@gmail.com, e que escrevam em “assunto” a frase “Vi o ilustríssimo Lambaça no Blog X”. Podem fazer copy paste. Ora essa, não tem que agradecer, o prazer é meu, ou será, quando as senhoras começarem a aparecer. Sim, espero então lá por si também, até uma próxima oportunidade e que seja breve. Bom dia, menina. Muito bom dia e bons orgasmos. Se não conseguir, já sabe, tem o meu cartão: Feliciano Lambaça, lambe-conas, ao dispor.

 

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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