01 maio, 2021 Reencontro: A Leap of Faith

O ser humano reencontra novamente os amigos.

Quase toda a gente tem a mesma opinião - este confinamento foi pior do que o primeiro. Talvez foi porque se esperava que era só aguardar e que tudo se iria resolver. Mas não foi assim...

Desta vez houve um distanciamento maior e com a vinda do sol, as pessoas começaram a ficar mais ansiosas pelo desconfinamento.
Apesar de estar a ser gradual, há coisas que já podemos fazer, o que traz muita alegria.

Uma dessas coisas é voltarmo-nos a reunir com amigos e conhecidos, como um grupo no seu todo.
Finalmente, o Zoom deu lugar a um/vários encontros presenciais.

Finalmente, após este tempo todo de Zoom, as pessoas encontraram-se novamente e outras conheceram-se pela primeira vez.
Verifiquei que as saudades eram tantas que nem houve o toque de mãos como cumprimento, mas sim grandes e demorados abraços.
Um abraço de grande saudade...

Palavras como " gosto tanto de ti", "tinha tantas saudades tuas", fluíam no ar.
As costas voltadas e ressentimentos que tínhamos para com alguém, transformaram-se em cumprimentos e sorrisos, pois já não fazia sentido aquela zanga ou outra.

Estávamos tão gratos de nos vermos novamente, independentemente das nossas diferenças e linhas de pensamento contrárias!
Pois também foi um momento de reflexão este confinamento.

O Zoom também ajudou a isso, pois queiramos quer não, estivemos sempre juntos várias horas por dia.
Antes não íamos àquele ou ao outro sítio porque ia lá estar aquele ou aquela.
Antes levantamos-nos das cadeiras para não ouvir aquele ou aquela a quem tínhamos andado a tirar inventários durante anos.

A necessidade de ter pessoas na nossa vida, neste confinamento, fez-nos sede de amor e tolerância.
O Zoom fez com que o mantivéssemos aberto o dia todo, mesmo com essas pessoas presentes.

Aprendemos a ouvi-las.
Aprendemos a aplicar um princípio básico: "olhar para as semelhanças e não para as diferenças".

Ouvíamos essas pessoas todos os dias, e por isso havia sempre algo com que nos identificávamos.

Foi um estado de euforia quando aquelas pessoas que só ainda conhecíamos pelo Zoom, estavam finalmente à nossa frente, em pessoa, e pudemos ver-nos pela primeira vez, e cumprimentar com muita alegria.

Há uma ansiedade geral para que acabe de uma vez por todas esta pandemia.
Há uma necessidade geral de afectos.

Isto veio provar que o ser humano quando esta sozinho, sem amigos, é muito infeliz.

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