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30 novembro, 2015 Sexo a preço de sandes

Os saldos chegaram ao negócio do sexo.

A crise económica está a chegar de forma dramática ao negócio do sexo. E há algumas trabalhadoras do sexo que já vendem os seus serviços pelo preço de uma simples sandes! Uma tendência em toda a Europa com a Grécia à cabeça...

Sexo a preço de sandes

Preços caem de 50 euros para apenas 2 euros

As trabalhadoras do sexo da Grécia estão a ser obrigadas a venderem os seus serviços sexuais pelo preço de uma mera sandes.

Culpa da crise económica que mantém o país em grandes dificuldades, com os preços a caírem em quase todos os domínios, até no negócio do sexo.

Um recente estudo reporta a queda nos preços do trabalho sexual de uma média de 50 euros por cada serviço sexual para apenas 2 euros em alguns casos mais dramáticos.

O autor desta pesquisa, o professor de sociologia Gregory Lazos da Universidade Panteão em Atenas, explica que há trabalhadoras do sexo que exercem a actividade apenas para poderem alimentar-se.

"Algumas mulhetes fazem-no simplesmente por uma tarte de queijo ou uma sandes que precisam de comer porque têm fome. Outras fazem-no para pagar impostos, contas ou despesas urgentes ou uma dose de droga."

Dado preocupante exposto no estudo é que estes casos de jovens mulheres desesperadas que trabalham a preço de saldos estão em crescendo, sendo uma tendência que é fruto da crise económica.

A pesquisa também nota que o preço pago pelo trabalho sexual está em queda em toda a Europa, como consequência da crise financeira, mas também devido ao aumento da oferta de conteúdos sexuais na Internet.

O preço médio de 180 euros por um serviço sexual de uma hora que se praticava antes da crise na Europa caiu dramaticamente, nota a investigação que decorreu durante três anos.

O país com o trabalho sexual mais barato da Europa

O estudo analisou as situações de 18,500 trabalhadoras do sexo na Grécia e concluiu que o país é o mais barato da Europa em termos do negócio do sexo.

Em consequência do decréscimo nos ordenados e do aumento do desemprego, o mercado das trabalhadoras do sexo no país helénico será agora dominado pelas mulheres gregas que representarão 80% das profissionais desta área, tendo substituído as da Europa do Leste que predominavam antes dos anos de austeridade.

A maioria das novas profissionais que se aventura por esta actividade terá entre 17 e 20 anos, constata o mesmo estudo.

O trabalho sexual é legal na Grécia, mas apenas 10 dos mais de 500 bordéis do país possuem a devida licença.

Esta situação e a crise obrigam muitas destas trabalhadoras do sexo a exercerem a sua actividade na rua - vale a pena ler e ver Posto de trabalho: a prostituição à beira da estrada para perceber melhor os contornos da actividade sexual praticada deste modo.

Em 2003, o governo grego tentou fechar alguns bordéis que estavam localizados perto de Igrejas e de Escolas, mas desistiu da ideia, após os acesos protestos por parte das trabalhadoras do sexo, nas vésperas os Jogos Olímpicos de 2004.

Gina Maria

Gina Maria

Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.

"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]

+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas) 

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