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03 abril, 2016 As 8 primeiras vezes

A perca da virgindade para um homem é mais que um início de um processo. É uma afirmação que diz: é melhor eu aprender a foder!

Tinha os meus 15 anos quando o meti a primeira vez em outro sítio que não fosse a minha mão. Esta última, já tinha levado noite, tardes e manhãs de tareia. Em casa. No WC. Onde quer que fosse, eu lá arranjava maneira de esbardalhar o tarolo à chapada.

As 8 primeiras vezes

Por isso, a primeira vez que uma gentil rapariga me permitiu a honra de acondicionar o meu nabo dentro dela, todo eu explodi…. em meita. Passado uns bons dois minutos. É verdade, a minha primeira vez foi, na verdade, um conjunto de primeiras vezes. Contei 8 ou pelo menos assim me recordo, todas de seguidinha e todas dignas de eu usar umas orelhas de coelho. Poderá o estimado leitor pensar que a parceira estivesse ficado incomodada mas, também era a sua primeira vez por isso não havia ponto de referência para comparação. Meus senhores e senhoras, houve uma altura em que nós fomos indubitavelmente, a melhor foda de alguém.

Broches mal feitos. Minetes mal executados. Uso dos dedos de forma desengonçada. Dirty talk do mais labrego possível. Duas posições no máximo. Fodas de segundos.

Quase dá vontade de rir, mas encaro hoje em dia com um sorriso. Pensem em que tipo de fodas vocês davam antes e comparem então agora com o que fazem, o que gostam e o que querem fazer. Pensem em toda essa sequência de pessoas que vos permitiu evoluir a esse ponto.

O sexo evolui, assim como a mente. Adquires novos gostos. Descobres aquilo que gostas e não gostas. Descobres novas fantasias que não sabias que tinhas. Novas taras.

Aquele quarto onde em tenra idade perdi a inocência, foi onde também constatei uma coisa: eu não sabia foder e não sabia como dar prazer a uma mulher. Punhetas? Nisso eu era um ás. Sendo a primeira vez de ambos, foi até algo com significado para ambos. Penso que a nossa primeira pessoa nos marca bastante e define cedo um certo rumo que podemos adquirir durante uns tempos. Sei de casos de raparigas que foram usadas e deitadas fora como pensos usados e outras que tiveram propostas de casamento na hora.

Os putos estão a banalizar o sexo.

Demais. Não sou puritano, muita atenção. Apenas acho que se parou de dar importância e é algo expectável e facilitado. Conseguir levar uma gaja para a cama era, no meu tempo, algo trabalhoso. E não digo isto no sentido que era tabu ou algo proibido (muito pelo contrário), mas sexo era um ponto alto de um envolvimento. A banalidade, a meu ver, deve vir mais tarde, quando a maturidade faz o seu trabalho no corpo e na mente e possuímos os mecanismos para lidar com uma sequência de gajas atrás de gajas na cama.

Talvez esteja velho e a não dar crédito a esta geração. Talvez, na minha mente, pense que em vez de 8 fodas mal dadas, uma miúda inocente leve com 8 fodas mal dadas de 8 gajos diferentes no mesmo dia por achar que isso é o normal naquela idade e isso me está a deixar algo descontente com a forma como o pessoal mais novo encara o sexo.

Devemos recordar a nossa primeira vez com um sorriso e não com uma lágrima.

Pensem nisso, senhores de vinte e poucos anos que se acham os maiores por ir comer pitas que ainda usam roupa da Violetta.

Boas fodas e até quarta.

 

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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