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19 junho, 2019 Doping sexual

Quando tomei o parente pobre do famoso comprimido azul.

Bendito Viagra que veio dar tesão de 16 anos aos de 61 anos e proporcionar umas décadas extra de diversão ao já suposto defunto caralho reformado. Mas não foram só os velhadas sem tusa que beneficiaram da Revolução da Blue Pill. De facto, por este mundo, donos de caralhos perfeitamente saudáveis e funcionais fazem questão de tomar Viagras e similares como se fossem Smarties de tesão. Será algo benéfico ou prejudicial?

Doping sexual

Na minha leiga e pouco científica opinião, tomar o que quer que seja a nível de químicos não pode fazer assim tão bem ao organismo. Ninguém acaba de comer uma saudável refeição e fica indeciso entre uma maçã e um Brufen como sobremesa. No entanto, se a mola já não funciona como deve ser, porque não? Trata-se de pesar o custo/benefício desta situação e o que são uns quantos químicos estranhos a percorrer no corpo quando podemos esfrangalhar uma cona aos 61 anos como se fosse 1910 all over again?

Mas a questão é que o pessoal novo começou a tomar estes aditivos como forma de potenciar o desempenho e sobre isto tenho algo a dizer: eu já o fiz. Uma vez apenas, mas conta. Arranjaram-me uma espécie de genérico do Viagra sob a forma de gel comestível. Ainda pensei por aquilo na piça, mas pareceu-me que a forma certa de tomar aquilo era por via oral. Recordo-me que sabia a morango o que só tornou a coisa ainda mais agradável. Tomei aquilo antes de sair do emprego e avisei logo a minha namorada que ia haver festa quando chegasse a casa. A foda é que aquilo começou a fazer efeito durante a viagem de carro e, caso não saibam, estas merdas são vasodilatadoras. Para quem não sabe que caralho é um vasodilatador, também não vou ser eu a explicar, mas é uma merda que vos mete o sangue a bombar pelas veias em modo turbo. Estava eu tranquilamente a guiar quando sinto uma onda de suor a escorrer pela testa e um calor estranho nas pernas. Olho pelo retrovisor e reparo que tenho as veias do pescoço em modo Hulk. Sinceramente, eu achei que me estava a transformar num caralho gigante.

Chegando a casa, nem bom dia nem boa tarde, dedos na cona, cuspo na cabeça do caralho e vai de foder como se não houvesse amanhã. Sinceramente, a tesão era a mesma tirando o facto de que estava a suar por todo o lado. Lembro-me que a meio da noite acordei com um barrote de fazer os pombos aterrarem para dois dedos de conversa.

Não me convenceu e fiquei com receio de ficar dependente psicológico de um químico para foder.

Pensem nisso, boas fodas e até domingo.

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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