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14 março, 2021 Hentai para totós

Manga de Mangalho!

Para todos aqueles que não estão familiarizados com o termo e antes que fiquem com a impressão de que estou a fazer um review do último buffet de sushi onde fui antes da pandemia, permitam-me esclarecer o seguinte: hentai é a designação dada a mangas e animes (portanto, comics e desenhos animados japoneses) com forte conteúdo sexual. E pelos vistos há muita malta que gosta da coisa, sendo essa a razão que me levou a explorar um pouco mais a questão.

Hentai para totós

Sabem qual é a parte mais curiosa? A expressão hentai – no Japão – aplica-se a uma série de coisas, pessoas e situações (material de conteúdo sexual bizarro, comportamento perverso, extremo, criminoso e – até mesmo – a abuso sexual). Hentai é apenas pornografia animada? Os entendidos dizem que não, preferem chamar de “arte erótica”. Eu prefiro chamar de “desenhos animados a foder”. Sei que é uma expressão rude e minimalista sobre a questão, mas é como eu vejo. Hentai – digam o que disserem – são bonecos animados a foder uns com os outros. Se retirarmos a parte da foda desta equação, aquilo transforma-se num romance lamechas entre desenhos animados com mamas desproporcionais e toma lá a tua “arte erótica”.

Uma das características engraçadas do hentai (de alguns, pelo menos) é a de ocultação dos genitais dos bonecos. Portanto, já não basta estarmos a ver desenhos animados a foder, ainda temos de levar com a censura nipónica? Estão absolutamente certos. Se acham estranho estarem a bater uma em frente a ver desenhos animados, imaginem a mesma situação mas os bonecos têm um bloco de quadrados pixelizados a fazer de picha. Fantástico.

Dá tesão? Depende de cada um.

Eu estava mais admirado com a desproporção desumana das mamas das bonecas em relação ao resto. Num dos hentai que vi, um ser demoníaco com 3 cabeças e 8 olhos penetrava uma rapariga em tudo o que era buraco usando uns tentáculos em forma de caralho. Isto dá tesão? Se calhar. A mim, nem por isso (mas cada um é como cada qual). Outra vertente muito explorada no hentai é o incesto e todas as suas variantes: irmãos com irmãos, tios com sobrinhas e etc. Há qualquer coisa de estranho e apelativo na forma como os japoneses colocam este assunto tabu como uma espécie de fantasia escondida de todos os géneros. Eu nunca tinha equacionado foder com a minha irmã, mas se a coisa se desenrolasse tal e qual eu a vi num hentai, muito provavelmente eu iria acabar por foder a minha irmã e isso só não vai acontecer porque eu sou filho único. 

Tirando aqueles hentais sobrnaturais com monstros a foderem raparigas da escola - para aquele gajo que gosta de bater uma e apanhar um susto a meio - as narrativas destas histórias baseiam-se na sua maioria em cenários de jogos de poder e sedução que roçam muitas vezes o abuso. Se metermos tudo isto numa balança, ou seja, os monstros, irmãos a foder irmãs, pais que batem punhetas a ver filhas a despirem-se, podemos concluir que os japoneses têm muita coisa depravada na cabeça e que o hentai é uma forma animada de descomprimir. Porque - para efeitos de investigação - fui ver pornografia japonesa (com seres humanos, caralho!) e nenhum destes cenários é reproduzido, aliás, a pornografia japonese é bastante chata e banal daí o hentai ser uma coisa exactamente feita para ser o oposto. Faz sentido? Se quiserem explorar mais este mundo, basta irem ao Pornhub e pesquisarem por hentai. 

Acho que o hentai é daquelas merdas que sabes logo se gostas ao fim de dois ou três minutos. O sushi é uma coisa que se pode aprender a gostar, o hentai não me parece ser a mesma coisa.

Boas fodas animadas e sayonara até domingo.

Noé-san

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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