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30 março, 2022 "Quero-te chupar enquanto..."

Juro que não percebi à primeira!

Que atire o primeiro preservativo usado à cabeça de veado da minha ex quem nunca ficou sem saber em que colhão se apoiar depois de ouvir uma merda a meio da fodanga. Não estou a falar de clássicos como "quero que me comas o cu e me trates por Leandro" ou "cospe-me na rata e faz sons de hamster". Nada disso, estas ideias são falas do Canal Panda quando comparadas com a última que ouvi. Atenção aos mais sensíveis: o seguinte relato contém expressões que podem induzir em choque os mais sensíveis, a todos os outros que não uns coninhas de trazer por casa, apreciem a viagem.

Tal como eu disse à segunda tipa a quem fodi na vida, isto vai ser rápido, portanto, não estranhem. Não me vou perder em relatos de contos eróticos com laivos de sensualidade, especialmente quando o assunto em questão tem tanta sensualidade como o suor dos meus sovacos. Num destes encontros todos modernos e digitais em que passamos o dedo no telemóvel e vinte minutos depois estamos a passar os dedos numa xoila, lá fiz match com uma princesa que me deixou com ela acesa. Típica quarentona divorciada com fome de pau, sem grandes rodeios, ela sabia o que queria e eu sabia o que lhe queria dar. Portanto, nada de novo neste cenário, certo?

Chegando ao local do crime, não houve tempo para grandes conversas, foi logo língua na boca e dedos na cona. Critiquem o que quiserem, mas eu sou uma pessoa prática sem tempos para grandes rodeios. Se estou ali para foder era estranho ter entrado na casa dela e ter perguntado se queria fazer uma lasanha em conjunto. Nada disso, este menino é um cavalheiro. Tudo estava a correr como deveria correr, ou seja, primeira foda mediana com mais intensidade do que o esperado e ao fim de três minutos já lhe tinha pintado as paredes da cona de branco. Dei a desculpa do costume e disse que o primeiro milho é para os pardais. Passamos ao segundo round e desta vez já consegui trazer a jogo uma performance ligeiramente melhor, sendo que - penso eu - a fiz vir (um gajo nunca sabe ao certo). Portanto, neste momento, o marcador regista 1-1 e está tudo em aberto para o próximo encontro (especialmente o cu da tipa, que estava mesmo a pedir quem o comesse).

Antes de ir a jogo, gosto sempre de ir ao balneário apertar os cordões das chuteiras, não vá um gajo escorregar na linha de penalty. E foi aqui que a coisa ganhou contornos estranhos:

- Tenho de ir ao WC. Dás-me uns minutos...?

- Dou. Mas vais fazer o quê?

Bom ,não estava à espera desta follow up question. Por norma quando vou ao WC não sou chamado a uma comissão parlamentar de inquérito. 

- Ora... o que é que uma pessoa faz no WC? 

- Diz-me...

Comecei a perceber que estava a entrar por caminhos nunca antes navegados, mas decidei deixar levar-me pela maré.

- O que é que tu queres saber? Hein?

- Quero-te chupar enquanto estás lá...

- Queres-me chup... mas isso é impossível. Eu vou mijar...

- E se não fosses mijar? E se te sentasses na sanita a fazer a outra coisa? Não estás com vontade?

- Queres-me fazer um broche enquanto eu cago?

- Quero...

E aqui está simultaneamente o ponto alto deste relato e o final em simultâneo. Sou gajo para alinhar em muita merda (trocadilho não intencional), mas todo o homem tem o seu momento que diz alto e pára o baile. Descobri o meu graças ao Tinder. 

P.S: ainda fodemos, mas depois disso nunca mais lhe disse nada.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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