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29 janeiro, 2016 Música para um orgasmo de pele

Há canções que causam sensações tão fortes como o sexo...

Há músicas que afectam o corpo como um verdadeiro trovão, criando sensações tão fortes como o sexo. São os "orgasmos de pele"! E "Someone Like You" de Adele entra na categoria das canções com este poder. Fecha os olhos, ouve e deixa-te vir...

Sentiste um arrepio na espinha, tremores pelo corpo, borbulhas na barriga, o coração aos saltos?

É bem possível porque, de acordo com uma investigação científica, esta música de Adele tem todas as características necessárias para despoletar sensações físicas tão intensas que se pode falar em "orgasmos de pele".

Depois dos orgasmos cantados, estes tais "orgasmos de pele" estão ao nível da adrenalina provocada pela cocaína ou do prazer que se obtém com a masturbação com pornografia, de acordo com esta pesquisa.

Melhor só a música que sai mesmo do rabo! Ou não... É uma questão de gostos...

A investigação publicada pela BBC apurou que há determinadas "medidas" na música que são factor de excitação para as pessoas e assim, conseguiu traçar o tipo de características que podem fazer disparar o "frisson" nas pessoas.

Essas notas musicais mágicas são as súbitas mudanças na harmonia, os saltos dinâmicos de suave para forte e os sons dissonantes que chocam com a melodia principal.

Estes detalhes são todos bem audíveis neste "Someone Like You" de Adele que integra a playlist com as músicas que mais "orgasmos de pele" despoletaram nas experiências em laboratório.

Os participantes ouviram músicas enquanto estavam ligados a máquinas de ressonância magnética, o que permitiu a neuro-cientistas registar e desenhar o mapa das regiões do cérebro que responderam às músicas.

Deste modo, concluíram que as músicas que vão ao encontro das nossas expectativas, daquilo que é normal ou o habitual, portanto, muito próximas das convenções, não despertam muito a atenção.

Mas se quebrarem demasiado esse padrão soam a ruído, o que também não cria boas sensações físicas.

É quando os compositores puxam os cordelinhos certos e conseguem o equilíbrio entre o familiar e o novo, utilizando floreados imprevisíveis, que se alcança o ponto de rebuçado no cérebro que nos leva às nuvens, mesmo sem sexo pelo meio.

Neste processo liberta-se dopamina um pouco antes e depois de se ouvir a música, tal como acontece no sexo e quando se tomam drogas.

A dimensão erótica da música é um dado bem assinalado nas culturas indianas e paquistanesas, particularmente no caso das peças mais introspectivas.

Gina Maria

Gina Maria

Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.

"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]

+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas) 

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