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23 Junio, 2015 Carla com malaguetas na boca

Recordava a língua em busca de pele e via-o de piça em riste e só isso a humedecia toda...

As malaguetas vermelhas estavam na chávena em cima da mesa da cozinha. Acabadas de lavar, brilhavam com pequenas gotas de água salientando-lhes a cor. Carla gostava de lhes tocar, sentindo a suavidade de pimento fresco, antes de trincar uma.

Carla com malaguetas na boca

O ardor que se espalhava pelos lábios e por dentro da boca despertava-a e aquecia-lhe o peito. Inclinava a cabeça para trás esfregando a malagueta aberta pela pele até onde o roupão acetinado não a escondia. Fechava os olhos e sentia ainda o peso sobre as virilhas.

Era uma boa manhã e enquanto se olhava ao espelho, distribuindo creme pelo rosto, o sinal saliente que tinha entre o nariz e a boca e que tomava a cara de sequestro assumia-se como simples protuberância. Não lhe dava importância na ausência da ideia de que os outros o viam como o elemento definidor do que ela era. Nos dias maus era só aquela coisa com pêlos castanha-escura que lambia numa carícia à fealdade que não aceitava mas que queria ver aceite.

Mas aquele era um dia bom depois de uma noite em que se tinha sentido mulher de rosto limpo. Não sabia que fora o sinal que causava repulsa a atraí-lo até ela.

Quem os visse juntos notaria a incongruência do casal. Ela era aquele sinal repelente e ele um homem vistoso de 1,90 metros. Era preto e tinha um corpo atlético a que não se ficava indiferente. Vira-a na discoteca e não fora aquela verruga tristonha nem sequer teria fixado o olhar nela.

Despia o roupão em frente ao espelho e lembrava a mão dele, enorme, friccionando o pénis grosso. De olhos fechados acariciava os seios com a ponta dos dedos e sentia os músculos rijos do braço forte em tensão. enquanto a segurava e fodia contra a parede.

Na mata púbica densa recordava a língua em busca de pele e só isso a humedecia toda. Ajoelhava-se na cama com as nádegas ao alto e via-o de piça em riste como na noite anterior.

Sentia a penetração profunda, com cada estocada a soltar um arquejo intenso por todo o interior uterino. Recriava a alternância entre o cu e a cona com os dedos e logo preenchia os buracos em simultâneo, tacteando-se por dentro.

Apertava os mamilos como ele lhe tinha feito e lambia os lábios e a verruga acima deles na imitação imperfeita dos movimentos da véspera.

Fechava os olhos para ver o entra e sai da piça preta e cuspia o ar como o cuspira a ele, gritando os insultos que lhe ouvira - puta de merda! És uma porca. uma cabra fodilhona. Gostas que to enterre no cu, não gostas?

Vinha-se aos berros como se numa dor muito grande e repetia tudo mais uma vez, prolongando a ideia do corpo preto nu e da piça inchando na sua boca.

Só as malaguetas, que trincava vorazmente no início e no fim dos dias, lhe causavam a mesma inflamação no palato que invadia toda a carne e estremecia no caroço inchado entre as pernas.

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