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10 Septiembre, 2017 Apanhado a bater uma. E agora?

Da vergonha ao aumento do prazer.

Que ponha uma mão no ar quem já foi apanhado a fazer amor consigo próprio, já que a outra está ocupada. Aquela vergonha adolescente de ser flagrado pela entrada súbita de um pai ou uma mãe pelo quarto dentro sem o - esperado - “posso entrar”?

Apanhado a bater uma. E agora?

A lata destes pais que julgam que a casa que estão a pagar ao banco até 2158 é deles. Fora de brincadeiras, se forem pais de adolescentes, batam sempre à porta. Sempre.

Esta situação é - felizmente cómico para terceiros e infelizmente embaraçoso para o próprio . bastante comum nos lares de norte a sul deste país. Milhares de jovens apanhados de mão na gaita sem qualquer tipo de pré-aviso ou carta de recepção no correio. Não quero estar aqui a gabar-me, mas eu tenho um histórico impressionante: zero punhetas flagradas. Devia receber uma medalha no 10 de junho, no entanto, prefiro fazer-me de útil e partilhar algum know how de milhares de segóvias passadas.

Os adolescentes têm uma maior tendência para espancar o macaco na cama do quarto e para um bijagó de hormonas aos saltos, não há hora e lugar escolhido para bater uma belo e salutar punhetão. Seja a meio do almoço de Páscoa ou num velório, nada se mete no meio de um teenager e a palma da sua mão.

Felizmente que tudo evolui, nós crescemos e também a nossa relação com a nossa masturbação amadurece.

  • “Estás a dizer que batemos menos à punheta, Noé?” - pergunta o punheteiro leitor.

Nada disso, meu bravo. Simplesmente a mesma evolui para algo com mais requinte e o nosso autocontrolo permite-nos um maior controlo do binómio tempo/espaço no que à punheta concerne. Adultos por este país espalham a semente do prazer no banho matinal ou de final de tarde. Aproveitam que a esposa se levante mais cedo para a higiene matinal e tratam de manchar os lençóis com mais qualquer coisa do que o habitual. Ou aquela ida às compras da companheira e que é um chamariz para abrir o laptop com aquele site porno de eleição.

Ser apanhado a tocar ao bicho em adulto é uma experiência agridoce. A vergonha deu lugar à risada ou, na melhor das hipóteses, a uma oportunidade de trocar a nossa mão por uma cona babona. Mas não é a mesma coisa, certo? A punheta é uma entidade sexual que não pretende substituir a cona de alguma forma. De certa forma, uma cona súbita aparece para estragar a punheta.

Como reagir?

Na desportiva. A cona dada não se olha o dente. Haverá muitas punhetas para serem batidas mais tarde.

Até quarta e boas fodas.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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