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27 Enero, 2016 Bato punhetas. E depois?

Hora de meter a mão a trabalhar e dizer umas verdades.

“O que é que estavas a fazer?”. “Nada!” É assim o curto diálogo de um homem que é apanhado pela mulher a espancar o macaco.

Bato punhetas. E depois?

Não é nada, meu amigo. Chama-se P-U-N-H-E-T-A. Mas por alguma razão que me transcende, temos de ter vergonha disto. Não estou a dizer para sacarmos do nabo numa noite de consoada e desatar a esgalhar uma para cima da mesa, mas não é nada para se ter vergonha ao ponto de reduzir a um mero “nada”. Nada?

A punheta tem sentimentos, caramba!

O problema reside num ponto: o homem acha que irá ser mal interpretado na sua punhetice e acha que pode magoar os sentimentos da companheira. Errado. A punheta não é substituto de nada, nem nenhuma gaja consegue substituir um punhetão à grande.

Caras amigas, metam na cabeça que a punheta é uma entidade por si mesma e tão necessária para nós como respirar.

Se por acaso flagrarem o estúpido do vosso namorado surdo que não vos ouviu a entrar no quarto, ajam naturalmente. Ou melhor: ofereçam-se para terminar o serviço. Que tal? Duvido que qualquer gajo não faria o mesmo por vocês, meus amores. A masturbação feminina (chamar punheta feminina é ridiculo) é bastante mais sensual mas igualmente libertadora e deve ser vivida iguamente de forma saudável. Não estranhem que o vosso companheiro ou companheira o faça nas vossas costas, porque é um momento íntimo e pessoal da própria pessoa.

Vivemos em tempos fantásticos em que material punhetistico está à distância de uma mão (a que não está a agarrar no caralho!) e o seguinte cenário é demasiado familiar para milhares:

Mulher sai de casa. Marido faz uma dançazinha pré-punheta até ao laptop porque sabe que vai ver porno à vontade. Marido navega por 20 sites e abre 40 vídeos em paralelo. Marido começa a ver um, toca no nabo, passa para outro (vídeo, não outro nabo!) e por aí adiante. Mulher esqueceu-se da carteira e volta para trás. Marido está em plena esfrega peniana quando a mulher mete a chave a porta. O punheteiro ouve a chave a rodar a fechadura com os seus ouvidos de tísico punheteiro e prontamente fecha a tampa do portátil com violência e assume uma posição estranha no sofá.

“O que é que estavas a fazer?”
“Nada!”

E é isto. “Nada”. Não recriminem a punheta do vosso namorado ou recriminem o seu apetite por ver pornografia barata. Deixem o homem em paz, foda-se! Sabem o que ele faz no duche? Bate uma. Sabem o que ele já fez no WC do emprego? Bateu uma. Sabem o que ele já fez na casa da sogra? Bateu uma a pensar na cunhada. Homens. Não pensem muito nisto porque quanto mais pensam, mais estranho fica.

Foda-se, vou bater uma.

Até domingo e boas fodas (e punhetas!)

Noé

 

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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