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14 Agosto, 2016 Esguichadela que me encanta

“Estou-me a vir, abre a boca” - disse eu.

O “money shot” do porno é a manilha de trunfo do jogo da foda.

Esguichadela que me encanta

A tão ansiada esguichadela é a cereja em cima do bolo de uma petiscada a dois de berbigao e nabo na brasa (trocadilho à Teresa Guilherme). Não me lembro de quando nem como, mas desde cedo que sempre me quis vir na cara de alguém. Sei lá, são daqueles sonhos de miúdo tais como ser jogador de futebol ou astronauta. O meu era esporrar a boca de uma gaja sedenta de levar com a seiva do meu tronco de chicha.

Porquê? Porque é que nos agrada tanto encher uma cara cheia de nhanha quente? Seremos todos artesãos de bonecos de cera quente? Não. O acto pueril de uma meitada no focinho, carrega em si um simbolismo muito mais profundo do que parece. O nosso clímax, ao contrário do feminino, tem uma visibilidade fora do comum, pois dentro de nós sai esta descarga de fluídos por acção directa da boca/cu/cona de outrém. O que fazer com aquilo, certo? Milhões de punhetas nos ensinaram a direccionar o jacto na direcção certa: mão, meias, lençóis da cama, gato, cão e por aí adiante (N.A: eu não me venho para cima do meu cão. Isso é rídiculo. Se tivesse um gato, ainda consideraria…).

Estás quase. Estás a dar-lhe que nem um boi da planície. Ela geme que nem uma porca a cada investida nabal. Vai. Estás quase. Avisas: “vou...estou...ai foda-se… vou...vir-me…”.

Tal e qual um mancebo na recruta que obedece às ordens do “meu Sargento Pichota”, a outra pessoa (homem/mulher tanto faz) deve assumir de imediato uma posição de receptor… ou assim nós queremos. É esta a vossa recompensa. O vosso “biscoito de cão”. Trabalharam por ele, não foi? Então toca de abrir essa boquinha gulosa, seus marialvas. O que tem este acto de tão singelo, cada um poderá responder por si. Será a submissão da outra pessoa? Do cenário tão errado e tão certo ao mesmo tempo? Será porque sabemos que a outra pessoa não gosta/adora e isso ainda dá mais tesão em o fazer? Não sei, digam de vossa justiça.

As alternativas viáveis para uma boa esporradela são a cara, cabelo, costas e mamas (caso seja aplicável). Virmo-nos no aconchego de um rego conal ou anal tem a sua beleza e requinte, mas carece do espectáculo visual (vulgo, “espectáculo do caralho”) da esguichadela. A esguichadela tem o dom de transformar uma porca do caralho sedenta de pila, em uma amada mãe de família. Duvidam? Pensem nisto: segundos antes de uma esguichadela, um gajo está a chamar aquela gaja de tudo menos de santa e logo que a meita lhe aitinge as beiçolas e o exorcismo esporral é consumado, nós somos capazes de beatificar aquela mulher e de adoptar um filho de dela como nosso.

Não sou o maior esporrador, confesso. A minha descarga penso que se encontra dentro da média no que concerne a quantidade/velocidade, mas quando comparo com os disparos efectuados por soldados profissionais, até me encolho de vergonha.

Tanta conversa deixou-me com vontade em bater uma, foda-se.

Por hoje é isto, voltem sempre.

Até quarta boas fodas.

Noé

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Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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