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27 Mayo, 2023 Cábulas e o Efeito Espetador

Quem nunca?

Sempre houve e sempre haverá quem use cábulas em provas, pois este método já é muito antigo. No Ensino secundário, é quando o ser humano começa a ter perceção de que existem e aprende a usá-las ao ver os outros a fazer o mesmo. Depressa se torna um hábito, uma heurística, o que limita a aprendizagem da informação essencial ao conhecimento.

Cábulas e o Efeito Espetador

Havendo esta possibilidade, as aulas começam a ir parar à memória a curto prazo, não sendo armazenada de forma correta para mais tarde poder ser recuperada.

Muitas pessoas já ouviram, ou até já disseram:

"Eu lembro-me que dei isto na escola, mas não consigo lembrar como era mesmo... Olha, esqueci-me..."

Não é esquecimento amnésico, é mesmo de não ter passado para a memória a longo prazo.

O processo de aprendizagem é importante para o processo de desenvolvimento e diferença individual que irá originar o comportamento social, e não a ansiedade moral. A aprendizagem é um esquema de reforço do qual não se deve prescindir.

Mas isto acontece no Ensino Secundário, onde há vagas escolares para todos, mas e quando acontece na vida adulta? Quando acontece quando estás a concorrer para algo com 100 pessoas, mas só há 15 vagas e passam apenas os que tiverem melhores notas? O que farias?

O que farias se visses alguém concorrente teu a copiar? O que farias se soubesses que alguém ao teu lado iria copiar?

Possivelmente nada, pois entra-se em modo de Síndrome Genovese, ou Efeito Espetador, esperando que alguém de direito veja a pessoa a copiar e lhe anule o teste.

Apesar de se dizer que este fenómeno é exclusivamente grupal, arrisco-me a dizer que também se aplica aqui.

Foi o que aconteceu a uma conhecida minha que estava a concorrer para um lugar. Foi informada pela colega/concorrente do lado dela que tinha cábulas e que estava muito preocupada porque a sentaram à frente.

A minha conhecida bloqueou e nem conseguia responder ao exame dela em paz, pois estava muito incomodada com aquela situação. Sentiu desamparo emocional, pois tinha estudado tanto para conseguir e agora estava ao lado de uma pessoa que estava a copiar.

O que posso sugerir numa situação destas?

Levantas-te, paras tudo, informas o que está acontecer (que há pessoas com cábulas) e que queres veres a situação resolvida de imediato, e fazes um remate final:

“Ninguém brinca com a minha vida!” 

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