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17 Diciembre, 2022 Hedonismo: entre o prazer e a dor

Tudo se resume a prazer e dor...

O hedonismo é, muitas vezes, debatido como a teoria do valor - o prazer é algo valioso para as pessoas e a dor não.

Hedonismo: entre o prazer e a dor

Os Cirenaicos acreditavam que o prazer físico era a derradeira gratificação. E a gratificação imediata continua a ser a mais desejável pelo ser humano. Mais vale imediatamente do que ter de esperar muito tempo por esse prazer!

Por outro lado, o Epicurismo, que era outra forma de hedonismo bastante diferente, acreditava que o prazer se obtinha através da tranquilidade e da redução do desejo em vez da gratificação imediata.

Homens e mulheres evitam a dor constantemente. A dor emocional nunca é bem-vinda, por isso, o ser humano tapa essa dor com prazer imediato.

Ora vejamos, o prazer imediato é algo que demora de 3 segundos, no máximo, a 10 minutos e, por isso, acontece o padrão de repetição. Conseguimos assim entender o porquê dos vícios com o álcool, drogas, compras, drama, raiva, vingança, jogo, comida, sexo, e etc...

A dor comporta-se de uma outra forma...

A dor tem um tempo mais longo e nada agradável de se experienciar. Na dor encontram-se os 7 estágios do luto. Estes estágios dão-se por fases, pois estão a ser processados pela memória e pelas emoções.

Pode acontecer, no entanto, uma sabotagem com o recurso ao prazer imediato. Como se fosse uma anestesia de curta duração. Quando isto acontece, adia-se a dor que inevitavelmente vai acabar por voltar.

O prazer imediato pode interromper algo muito importante. Mas só irá resultar caso não seja prejudicial - quando não coloca a minha vida ou de outros em risco. Pode até trazer alguma satisfação, como descarregar adrenalina, mas para isso ser gratificante, temos de estar bem connosco mesmos, com os outros e com o mundo à nossa volta. Temos de ter uma boa compreensão e aceitação da nossa realidade.

Costuma-se dizer que a dor é crescimento. Quando não nos permitimos sentir dor, vamos estar a lidar com alguma coisa. Quando lidamos com as nossas emoções, começamos a aprender, ficamos mais sábios, emocionalmente inteligentes, começamos a viver dentro de outros padrões e a dar-nos com pessoas que nos acrescentam.

Quando evitamos a dor, nada aprendemos e temos tendência para nos ligarmos emocionalmente a pessoas com dor emocional.

Fecha-se assim o ciclo e torna-se repetitivo! Tudo o que é repetitivo, é sempre igual e nada se aprende.

Por isso, muita gente se comporta de forma destrutiva – destrutiva com eles(as) mesmos, ou tentando destruir os outros. É tudo uma projeção da dor que essa pessoa carrega.

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