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04 janvier, 2024 A minha sogra e eu - Parte 1

Tudo mudou na minha vida quando a minha sogra, que tinha ficado viúva, veio morar connosco.

Quem diz que o casamento estraga a vida sexual, de certeza não o diz por dizer. A não ser em casos raríssimos, é um daqueles factos da vida que tem tanto de previsível como de irrevogável. Pelo menos, assim se confirmou ser no meu caso...

A minha sogra e eu - Parte 1

Depois de quase 20 anos de união, a chama estava longe de ser o que tinha sido. É o que acontece quase sempre. Não há novidade, não há motivação, muitas das vezes, não há paciência.

Conhecemos tão bem o outro e o outro a nós, que não existe qualquer surpresa, ou se existe redunda quase sempre em algo mais propenso a discussões do que propriamente no reforço dos laços originais.

Por exemplo, na tentativa de apimentar o marasmo em que se haviam tornado as nossas actividades conjugais, a dada altura, propus à minha mulher começar a ir-lhe ao cu... Ficou pior que estragada e ameaçou-me com o divórcio!

Em alternativa, propus que ELA me fosse ao cu a mim...

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Foi ainda pior! Começou a gritar que já não conhecia o homem com quem tinha casado, que sempre desconfiara que eu era homossexual, que a mãe dela é que tinha razão! E, uma vez mais, ameaçou com o divórcio...

Estão a ver o filme.

Depois disto, nem pensar em cativá-la com outras fantasias. Portanto, ficámos condenados à nossa rotina modorrenta, estagnados como dois velhos a ler o jornal na esplanada duma pastelaria.

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Uma vez por semana (regra instituída), a minha mulher despia-se contra-vontade, abria as pernas como se estivesse a fazer um favor ao mundo, e deixava que eu a montasse à missionário.

Nunca me deixava variar a posição, nem tocar-lhe no corpo para além das áreas estritamente necessárias, a saber, cona e as mamas. Os mínimos.

Raramente me autorizava a beijá-la, o que seria natural no calor do momento, e não fazia um único som durante o acto, o que tornava tudo ainda mais estranho, porque sentia que ela tinha prazer. Apesar disso, fazia tudo a despachar e obrigava-me a ejacular fora dela, de preferência num lenço ou numa toalha, para não sujar os lençóis.

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Tudo não durava cinco minutos, e eu sabia que se demorasse mais começaria a ouvir os seus suspiros de impaciência, que inevitavelmente me derrubavam o madeiro. Portanto, ou despachava-me ou corria o risco de nem sequer me vir!

Mal eu terminava, ela levantava-se e vestia-se rapidamente. Às vezes, ia lavar-se por baixo, outras nem valia a pena, pois pouco ou nada a tinha conspurcado. Então, ia sentar-se no sofá a ver novelas enquanto eu fazia o jantar.

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O ritual era sempre o mesmo, foder e cozinhar. Em todos os outros dias da semana era ela que fazia as refeições. Não sei como, nem porque razão se instituiu esta obrigação, mas passou a ser uma regra inviolável. Sempre que me “deixava” fodê-la, tinha que lhe fazer o jantar.

Era como se tivesse que pagar pela sua indulgência, como se aquele fosse o preço que ela cobrava para me permitir macular-lhe o corpo.

Mesmo assim, confesso, fodia-a com gosto!, porque passava a semana à seca e, afinal, era cona e, em tais circunstâncias, um homem não se arma em esquisito...

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Claro que estas fodas semanais nem de perto, nem de longe satisfaziam as minhas necessidades.

Por vezes, recorria ao serviço de profissionais, mas até estas actividades extracurriculares eram delicadas de executar, pois a minha mulher tinha um sexto sentido para as más inclinações, além dum faro apurado que me obrigava a levar o meu próprio gel de banho para o duche na casa das prostitutas.

Estava sempre com medo de ser apanhado e a tensão que o seu escrutínio me provocava, mal compensava o prazer que obtinha das traições...

Até que um dia a minha sogra, que tinha ficado viúva há pouco tempo, veio morar connosco. E é disso que se trata esta história, pois de repente tudo mudou na minha vida!

Devo avisar que os episódios que vou descrever não são recomendados a corações fracos. Quem não gosta de sexo à bruta, de sadomaso, bondage e outras práticas mais radicais, é melhor parar de ler por aqui. Ainda que tudo o que aconteceu se tenha passado, sem excepção, com absoluto consentimento de parte a parte...

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Mas comecemos pelo princípio. Depois da morte do marido, a velha, que andava pelos 60, 65 anos, tentou viver sozinha durante uns meses. Finalmente, a solidão prevaleceu, começou a aparecer para visitas cada vez mais prolongadas e chorava sempre que tinha que se ir embora.

A minha mulher, que era um coração mole em tudo o que dizia respeito à mãe (tal como à filha), acabou por compadecer-se dela e num desses dias, sem sequer me perguntar nada, convidou-a para vir morar connosco.

Desde o início não foi uma convivência fácil. Por qualquer motivo, a velha parecia odiar-me. Estava constantemente a conspirar e a pôr a minha mulher contra mim, assim como a minha filha adolescente. Não sei como, tinha-a posto debaixo da sua tutela e a miúda parecia só obedecer-lhe a ela.

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No resto, passava os dias a passear-se pela casa de roupão, a meter-se em tudo o que não lhe dizia respeito e sem mexer uma palha quando era preciso fazer alguma coisa. Nunca cozinhou um ovo, nunca passou uma esfregona pelo chão, nem sequer levantava o cu do sofá para ir abrir a merda da porta se alguém tocava à campainha...

Portanto, não só não acrescentava o que quer que fosse, como basicamente tinha vindo perturbar a já de si periclitante harmonia do lar...

E o pior era que nada disso a afectava, nem as minhas indirectas acerca do seu parasitismo. Era para o lado que dormia melhor!

Quando olhava para mim era sempre com um ar desafiante, como se tivesse algo contra mim que pudesse usar a qualquer momento. E, na verdade, tinha: a influência sobre a minha mulher, que cada vez me causava mais problemas.

Até que um dia, sem nada me preparar para tal, a apanhei a espiar-me no duche!

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Não apenas a espreitar-me nu, mas, inclusivamente, a cheirar as cuecas sujas que eu tinha deixado no chão! A velha andava entesoada e tinha cometido um erro crasso!

Ou assim pensei...

Que ela me espiasse não era nada de anormal, parecia sempre muito ocupada em vigiar os meus passos, esperando, provavelmente, que eu cometesse alguma inconfidência que ela pudesse ir relatar à filha para me deixar em maus lençóis.

Mas, desta vez, o feitiço virara-se contra ela, pois era dela a inconfidência e era eu que tinha, por fim, algo que podia usar contra ela!

Depois de a apreciar por momentos no seu voyeurismo decadente, corri as cortinas de repente e ela deu um salto. Tinha sido apanhada!

Ri-me interiormente, não perdia por esperar, agora estava nas minhas mãos! Ia fazê-la sofrer...

No entanto, as coisas não correram como eu pensava...

Quando me vesti e saí da casa de banho tinha as três mulheres da casa em sentido à minha espera!

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A velha, antes que eu a denunciasse, foi ter primeiro com a filha e contou-lhe a sua própria versão da história: que tinha sido eu quem a espiara no quarto enquanto se despia, e que era eu que me estava a masturbar no banho com umas cuecas sujas dela!

Imediatamente, a minha mulher entrou na casa de banho, foi ao balde da roupa suja e viu, no topo da pilha das roupas que eu tinha colocado lá dentro, umas cuecas da mãe! Não sei como nem quando, a velha tinha conseguido plantar aquela prova contra mim!

Claro que a minha mulher se passou! Chamou-me tarado, pervertido e coisas piores. Mas o pior foi o ar da minha filha: as lágrimas escorriam-lhe pelas bochechas e nem conseguia olhar para a minha cara. Mas vi no seu rostinho angélico a mais profunda das desilusões...

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Para agravar ainda mais a história, depois desta desgraça, a velha ria-se na minha cara sempre que a filha estava de costas. Passou a andar por casa como se fosse a dona do castelo.

Por tudo e por nada, quando estávamos à mesa ou sentados na sala a ver televisão, pedia-me favores, que lhe trouxesse isto ou fosse buscar aquilo, um copo de leite porque estava com calor, ou um xaile para tapar as pernas porque estava com frio.

Mal endereçava estes pedidos, a minha mulher olhava para mim a controlar a minha reacção. Sabia que, se reagisse mal, corria o risco de ver agravadas as restrições que me tinham sido impostas devido ao “mau comportamento”. Portanto, não tinha outro remédio senão fazer-lhe as vontadinhas todas!

Claro que, neste cenário, a velha não se privava de gozar com a minha cara sempre que podia...

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Chegou ao limite de andar pelos corredores meio despida, de roupão aberto, ou mesmo sem roupão, a mostrar as cuecas e o soutien, a ver se eu olhava para ela para se poder ir queixar à filha de que “lá estava eu a espiá-la”, que “não era senhora de ter a sua privacidade”, “logo ela tão recatada”! Velha do caralho! Escusado será dizer que a minha vida se tornou um inferno...

Não fazia ideia porque razão me odiava tanto, apesar de eu sentir por ela algo absolutamente proporcional. Sempre fora uma beata de nariz empinado, mas nunca tivera tanto empenho em foder-me o zen e em estragar-me o feng-shui.

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Criou-me tantos problemas que decidi vingar-me... Tinha que o fazer, ou não poderia viver comigo próprio. Pelo menos, não poderia viver ali, teria que sair de casa, deixar a minha mulher e a minha filha, entregar-lhe a vitória de mão beijada e desistir...

Não! Não sabia como nem quando, mas ela ia pagar!

Aliás, talvez no fim de tudo, conseguisse arranjar uma solução para vários problemas ao mesmo tempo. Ou, como se dizia dantes, talvez pudesse matar dois bedelhos com uma só cajadada...

A minha sogra e eu - Parte 2

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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