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21 juillet, 2022 Dona Flor e os seus seis maridos

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A exigente Dona Flor tem seis maridos

Os seis enamorados fieis amigos

Dotados de seis caralhos bem nutridos

Invulgarmente grossos e compridos

Dona Flor e os seus seis maridos 1

Não tem, ainda assim, um preferido

Pois não obstante dóceis e queridos

Um e todos são amantes aguerridos

Que a abastecem de leites e gemidos

Dona Flor e os seus seis maridos 2

Num calendário bastante concorrido

Um por dia, como os comprimidos

Rasgam-lhe a roupa quais doidos varridos

E trabalham-lhe as bordas do cu ao umbigo

Dona Flor e os seus seis maridos 3

Segunda-feira é dia do Augusto

Começa por cheirar-lhe o belo buxo

Depois belisca-lhe as mamas feito bruto

E finaliza vomitando de repuxo

Dona Flor e os seus seis maridos 4

Terça-feira comparece o Sebastião

É um dia de intensa comichão

Lambe tudo, morde e chupa à descrição

E Dona Flor morre farta de tesão

Dona Flor e os seus seis maridos 5

Quarta-feira vem o seu Quichote

Bailarino de salões e foxtrot

Dona Flor e os seus seis maridos 6

Enfia-lhe o punho como um fantoche

E assim bem enrabada ela faz broche

Dona Flor e os seus seis maridos 7

Quinta-feira é a vez do Anacleto

“Cliente” de serviço completo

Com o seu pau vigoroso de meio metro

O dia inteiro lhe parte cona e recto

Dona Flor e os seus seis maridos 8

Sexta-feira há sempre sururu

Pois o Vasco, que a trata por tu,

Persegue-a pela casa todo nu

E só descansa quando lhe vai ao cu

Dona Flor e os seus seis maridos 9

Sábado é dia de finados

Dona Flor tem o cagueiro inflamado

Mas ainda falta o seu pujante Bernardo

Desenfiar-lhe do cu o pau cagado

Dona Flor e os seus seis maridos 10

Podem pensar que ao domingo

Para repousar o grelinho das canseiras

Dona Flor aquieta o doce pingo

Que lhe escorre da boca à pintelheira

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Pelo contrário, domingo é toda oferta

A porta abre escancarada à hora certa

E Dona Flor, de propalada perna aberta,

Dá o cu e três tostões a quem a trepa

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Dona Flor é feliz com seis maridos

Pois ao domingo é só fazer malabarismos

Para todos os dias serem bons e proibidos

E andar sempre com os buracos bem fodidos.

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Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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