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10 março, 2024 Confissões X: A vigarista

O motivo que a levava a alimentar (gota-a-gota) o meu interesse era sacar-me o que pudesse.

Tive dúvidas em escrever esta confissão, porque não tem praticamente conteúdo erótico. Mas pode ser útil para alguém que ande a navegar nas águas que eu naveguei durante vários anos...

Confissões X: A vigarista

Vou contar um caso que tentei ter com a Maria (atribuo um nome aleatório porque já nem me lembro como se chamava, nem se era um nome verdadeiro).

A Maria era, ou dizia ser, moçambicana, era magra, com uma cor de canela clara bonita e com um sorriso cativante. Conheci-a no Seixal, ela foi simpática e mostrava-se interessada, mas muito hesitante.

Veio com uma desculpa de que tinha pouco dinheiro, que se sentia fraca por não ter comido, etc. Eu, tentando ser empático, fui compreensivo, e não fiz muitos avanços, mas mantive o contacto a pensar em a 'apanhar' num dia melhor para, então, 'tentar a minha sorte'.

Neste contexto, e tendo eu na altura outras amigas que ia visitando alternadamente, pensei que tinha tempo de lhe 'dar a volta' pela bondade.

Assim, praticamente todas as semanas, ao longo de cerca de 2 ou 3 meses, ligava-lhe e tentava marcar um encontro. Perguntava-lhe, normalmente, se já tinha comido e comprava-lhe um snack para lhe levar quando a ia ver.

Os encontros alternavam entre dias em que estava 'mal disposta' e nem sequer me queria beijar, e outros em que dávamos uns beijos e uns amassos, mas sem passar desse nível.

O ponto mais alto foi uma vez em que nos estávamos a beijar no carro e eu fui apalpando terreno... Coloquei a mão dentro das calças e apalpei-lhe o cu e notei que não usava cuecas. Ela admitiu que nunca usava por alegar que lhe fazia mal ter a rata tapada e, então, andava com ela mais arejada.

Claro que com esta informação, me deixou um pouco mais excitado, com a ideia de a vir a foder, e foi-me dando paciência para a continuar a ver de forma 'altruísta'.

Mas, lembro-me que, várias vezes, em que a ia visitar a casa dela e lhe levava um mimo (um menu do McD, por exemplo), ia imaginando que, com alguns beijos e amassos, lhe iria meter um dedo na cona e a excitar o suficiente para lhe 'saltar para cima'.

Contudo, uma das minhas características é que nunca tentei (nem sequer o iria tentar!) forçar uma mulher a ter sexo comigo, e, por isso, como ela se mostrava sempre 'desanimada' ou mesmo 'adoentada' quando a ia visitar, nunca cheguei a cumprir as minhas fantasias com ela.

Com o tempo, ela ia fazendo pedidos para a ajudar, mas fui dando a volta e evitei dar-lhe dinheiro enquanto não conseguisse chegar a 'vias de facto'. Mas ia-lhe comprando pequenas coisas que ela me pedia.

De tal forma eu fui convincente de que gostava dela e que me preocupava com ela, que ela foi-me confidenciando que nem a própria família se dava com ela porque a viam como uma oportunista que lhes queria sacar dinheiro - e todos se tinham afastado.

Nessas ocasiões, eu mostrava-me solidário e dizia que era injusto para ela, mas foram essas gotas de água que contribuíram para me fazer chegar à conclusão de que era ela quem me estava a dar a volta, para que eu fosse 'pingando' com alguns presentinhos sem receber nada em troca.

Ou seja, somando todos os indícios, concluí que era este o seu modus operandi e que estava nos sites não a procurar 'companhia', mas sim a procurar 'totós com bom coração' (como eu estava a ser) que fossem na conversa dela, para a irem 'bancando'.

Daí eu ter chamado a esta confissão "A vigarista", pois era essa a sua atividade principal. Admito que talvez até gostasse da atenção masculina que eu lhe dedicava, mas, sem dúvida, que o motivo que a levava a alimentar (gota-a-gota) o meu interesse era sacar-me o que pudesse.

Foi então que decidi 'cortar', pois percebi que 'daquele mato nunca iria sair coelho'. Quando lhe disse que ia deixar de a ver porque a relação 'era desproporcional', que era só eu a dar e não recebia nada em troca, tive esperança de que ela me desse alguma 'coisa', mais para me dissuadir de a deixar. Mas acho que ela percebeu que não valia a pena, pois eu também não era 'mãos-largas' nos presentes.

Ainda me ligou uma vez, passadas umas semanas, para me pedir que editasse e imprimisse um currículo para se candidatar a um trabalho - e lá fiz a minha 'boa ação', mas decidi e disse que não o voltaria a fazer.

E ficou por aqui um caso que quase chegou a ser 'tóxico'.

Deixo aqui este relato para alertar os nossos leitores de que, às vezes, por trás de um sorriso bonito pode estar um(a) oportunista que pode criar uma 'dependência tóxica' e até transformar predadores em vítimas.

Fica aqui este alerta e um abraço do vosso JM, um marialva retirado.

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