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08 setembro, 2022 Diálogos 3

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1. Rodrigo e Gina

— Boa tarde, é a dona Gina?

— A própria.

— Sou o Rogério. O seu marido mandou-me cá.

— O meu marido só chega às sete.

— Pois, ele disse-me. Deixe-me ver... Olhe, faltam dez minutos...

— Sim.

— A não ser que prefira que o espere lá em baixo no café. Ele disse-me que sempre que pode vai ao café.

— Não, não... Entre, se faz favor.

— Não gosta que ele vá ao café?

— Não gosto do café que ele bebe.

— Não se preocupe, ele já vem. Ele disse-me que vinha. Só é capaz, talvez, de demorar um bocado mais do que é costume...

— Desculpe?

— É a senhora aqui no retrato?

— Não, essa é a minha filha Margarida.

— A sério? Não posso... Mas são iguaizinhas! Quantos anos tem ela?

— Fez 28 agora em Setembro. Essa foto é do último aniversário.

— Parecem irmãs. Tá a ver, olhe aqui... O mesmo tipo de mamas, o mesmo tipo de cu. Olha aqui a racha que se vê nas calças dela. Igualzinha à tua. Mas agora que te vejo mais de perto, percebo a diferença, tens toda a razão. Comparando as duas, é óbvio que tu tens um papo de cona muito maior do que o dela. Gosto mais do teu...

— O senhor está a ser muito inconvenien… Onde é que vem?! Por favor, afaste-se de mim, respeite o meu espaço! Sou uma mulher casada...!

— Calma, querida, não te amofines...

— Fique aí onde está. O senhor disse que o meu marido o mandou cá... Posso saber para quê?

— Ora, ainda não percebeste? Para ti!

— Não percebo. Quem é o senhor? Mas... O que é que está a fazer?! Não tire a roupa à minha frente, sou uma mulher séria!

— O teu marido mandou-me cá para poderes pagar as tuas promessas.

— O meu marido? Mas quais promessas? Eu nunca lhe prometi nada! Mas o... O que é isso?!

— Isto, minha senhora? Isto é um caralho, como tu bem sabes. Neste caso, o caralho que tu vais mamar com gosto até ele estar bem inchado, antes de abrires essas pernas e me deixares enfiá-lo todo nessa pintelheira. O caralho que te há-de abrir os buracos da cona e do cu como nunca foram abertos.

— Mas… O que é que está a dizer?! Vá-se embora, saia daqui!!

— O teu marido diz que estás sempre a prometer. A ameaçar que fazes. Que vais foder com este e com aquele, com o pedreiro, com o padeiro, com o carteiro... Que eles é que te hão-de dar valor. Pois por isso o teu marido contratou-me. O teu marido quer que tenhas tudo o que desejas. Eu já fui pedreiro, sou padeiro e dou-me bem com o carteiro. Percebes?

— Mas… Não tire a camisa, homem, olhe o respeito...!

— E para além disso, tenho este pau que estás a ver...

— Oh, senhor Rogério, é tão grande!

— Pois é. Mas não é maior que o amor do teu marido, que quis que tu o tivesses só para ti. Pelo menos uma vez na vida.

— O meu marido sabe que eu nunca o trairia... Sou uma mulher de bem!

— Uma mulher de bem que fica com o pito aos saltos e se esfrega em todos os homens que lhe batem à porta...

— Mentira, é tudo mentira! Mesmo que fosse verdade, ele jamais saberia, ele não me vê, nunca olha para mim…

— Olha, olha. Olha-te de lado. Por isso sabe o que tu queres.

— Mas é demasiado grande. E escuro... E baboso...

— É de te ver. Portanto, resumindo e concluindo, ele diz que se não me “atenderes” como uma verdadeira senhora, mete imediatamente os papéis do divórcio e manda-te de volta para o buraco de onde vieste.

— Mas, senhor Rogério, é tão grosso… Tão grosseiro...

— Todo para o teu benefício. Vá, tu sabes que queres... Queres pau e não tens, eu simpatizo com isso. Mas tu é que decides. Já sabes as condições do trato...

— O que é que eu tenho de fazer?

— Tudo o que eu disser. Para começar, levantar a saia e baixar a cuequinha.

— Assim, senhor Rogério?

— Isso mesmo. Mostra-me a pintelheira. Abre esses lábios gordos. Foda-se, que bela cona tu tens enfiada nesse papo. E o teu marido não fode isso tudo? Mete os dedos lá dentro... Não, lá dentro. Mais fundo. Hum, cheiras bem. Cheiras a fêmea. Faz mais depressa. Espeta essa cona! Mais depressa! Olha para ti, a espirrar toda... Agora chupa este caralho até te vires. Depois, quando te vieres, dou-te uma enrabadela que até andas de lado...

Dialogos tres 1

 

2. Gina e João

— O que é que estás a insinuar?

— Não estou a insinuar nada, estou a dizer... Exijo saber quem era o homem que saiu desta casa agora mesmo!

— Não sei do que estás a falar.

— Sabes muito bem! Era um dos teus amigos, não era? Qual deles, o pedreiro, o padeiro ou o carteiro?

— Se queres saber, eram os três.

— Os três?!

— Foi o que ele disse. Tu deves saber, já que foste tu que cá o mandaste.

— Fui eu que o mandei?! Tu não estás boa da cabeça. Enlouqueceste de vez!

— Ele disse que o tinhas mandado cá para me dar um trato. Ou um mimo, já não me lembro o que ele disse...

— Ah! Então admites que esteve um homem nesta casa! Admites que foste para a cama com ele!

— Não admito nada, não fizemos nada. Só conversámos.

— Mentirosa! Eu vi tudo! Vi-vos pela janela antes de entrar. Vi-o de calças baixadas e vi-te ajoelhada a dar-lhe beijos lá em baixo. Só queria ver o que dizias, se tinhas coragem de admitir que és uma adúltera!

— Não é verdade, eu estava apenas a... Estava só a... A arranjar-lhe as bainhas. Sou uma mulher de bem!

— Uma mulher de bem que fica com o pito aos saltos e se esfrega em todos os homens que lhe batem à porta...

— Engraçado, ele disse a mesma coisa... Mas... Mas o que é que estás a fazer, João?! Larga-me! Deixa-me da mão!

— Não largo nada. Quero o mesmo que ele teve!

— Pára, sou uma mulher casada!

— Pois és, e eu sou o marido!

— Não, tira a mão daí!

— É disto que tu gostas, é? Olha para ti, toda encharcada... Toda aberta, toda lambuzada. Isto é teu ou ainda é dele? Aposto que é o leite dele... Fodeu-te bem, o malandro. Encheu-te a cona de nanha. Ainda tens esporra na pintelheira. Olha para isto, estás a escorrer...

— Não, amor, larga-me as cuecas... Assim não, são muitos dedos!

— Não largo coisa nenhuma. Já vi que não posso virar costas, que dás a cona ao primeiro que aparece...

— Mas foste tu que mandaste cá o homem... O que é que querias que eu fizesse?!

— Que te portasses como uma mulher honrada!

— Mas ele disse que tu ias meter os papéis do divórcio se eu não fizesse o que ele queria...

— E tu acreditaste? Mas que merda de marido pensas tu que eu sou, que mandava outro homem foder a minha mulher?!

— Ai, amor, na boca não, que me dá vómitos... É muito gran... Mmmmhmmmh...

— Cala-te, aldrabona. Devias lavar a boca antes de falares comigo. Mama nesse caralho como mamaste no dele. Essa boca suja é só para o que serve!

— Mmmmhmmmh, desculpa, meu amor, mmmmhmmmh...

— Diz que não voltas a trair-me!

— Nunca mais, querido, nunca mais!

— Está bem, eu acredito em ti. Agora levanta a peida. Anda aqui para o sofá. Vá, monta-te em cima de mim. Mete-o lá dentro. É bom?

— É maravilhoso, amor. Adoro quando brincamos ao jogo do senhor desconhecido, faz-me tão feliiiiiiiz...

— Pshiu, calada. Não saias agora do personagem. Vá, mexe o cu. Faz como fizeste com o Rogé...

— Mãe! Pai!

— Margarida!

— Filha!

— Mas o que é que estão a fazer?!

— Nada, filha, o papá e a mamã estão só a conversar. Vai para o teu quarto com o teu amiguinho que logo falamos...

— Ufa, quase nos apanhava.

— Quase não, apanhou-nos mesmo. Felizmente, temos uma filha tão linda como inocente... Tadinha, nem sabe aquilo que viu. Mas esquece isso. Faz aquela coisa que eu gosto com o teu pauzinho lindo, fazes?

— Isto?

— Oh, siiiiiimmmmmmmm…!!!

Dialogos tres 02

 

3. Margarida e Ernesto

— Não percebi, apanhaste o teu pai e a tua mãe a fazer o quê?

— "Aquilo".

— Aquilo o quê?

— Bolas, é preciso fazer um desenho? A "fazerem-se"!

— A… ?

— A foderem, imbecil!

— Outra vez? Porque é que não disseste logo? E que tal? Picante?

— Não vi nada. Vi-os no sofá e a minha mãe em cima do meu pai, mas não cheguei a ver nada indecente.

— É pena. Podia inspirar-te.

— Inspirar-me a quê?

— Então, a seguir-lhes o exemplo.

— Não venhas com isso, sabes o que eu quero.

— Sei. Queres ir virgem para o casamento. Só te falta arranjar noivo...

— Parvo! Eh, tira daí a mão…!

— Uma mulher de 30 anos que nunca levou com um caralho. Se não visse não acreditava.

— Não digas essa palavra.

— Qual?

— “Caralho”. Não gosto.

— Não gostas de caralho? Posso fazer com o dedo...

— Já disse que não!

— E eu já te disse que isso das virgens já não se usa. São águas passadas. Não sei onde foste desenterrar essas manias, logo tu que tens uns pais tão liberais em relação ao sexo. Pelo que me contas, fodem que nem coelhos. Às vezes até mais que um coelho em cima da coelha... Se eles são assim tão abertos, porque não podes ser tu também?

— Ser o quê?

— Aberta. Abrires-te. Abrires estes lábios desta racha para mim...

— Hey, essa mãozinha quieta...

— Tira só uma maminha para fora...

— Agora não. Depois...

— Depois, é sempre depois... Não devias mentir a ti própria. Tu sabes que queres. Olha para ti, tens as leggings todas húmidas no meio das pernas.

— Isso foi porque vim do pilates.

— Vês, estás quase lá. Pilates e pila são palavras primas e humedecem as mesmas zonas... Confessa, estás tão excitada como eu. Consigo cheirar-te.

— Ai sim? E cheira-te a quê?

— A cona.

— Ordinário. Lá por ser filha dos meus pais não quer dizer que seja como eles. Não tenho nada contra o que eles fazem ou deixam de fazer, mas eu não sou assim.

— Pois não, és uma puritana...

— Eu sou puritana? Então e o menino que tem medo de sujar a “ferramenta”?

— Não me venhas outra vez com isso. Já te disse, não é natural. Além do que é imoral.

— E sujo, já sei, já me disseste...

— Sim, não achas? É por ali que sai o cocó, isso não chega para te convencer que não é propriamente asseado?

— O que tu és é um menino de coro! Era uma maneira de teres o que tu queres e eu também. Sim, estou excitada. Sou uma mulher virgem, ando sempre excitada! Mas tu és um homem, só devias querer um buraco qualquer onde despejar os tomates. Mas vens-me com a mania das limpezas... Era fácil, era só pô-lo lá dentro e ficávamos os dois felizes! O que é que te interessa se é à frente ou atrás?

— Interessa muito. Quero ver-te. Quero cheirar-te. Quero lamber-te. Quero meter-te os dedos antes de te enfiar o pau. E com certeza não vou fazer isso tudo no buraco de onde ainda nem há uma hora saíram as excrescências mais fétidas que o ser humano é capaz de produzir. Sabes que te adoro, mas cagas pelo cu como as outras. Não te vou cheirar nem lamber o rabo, se é isso que estás a pensar...

— E porque não? Tens medo de gostar? Tens medo que isso ponha em causa a tua masculinidade? E desde quando tens medo de te sujar, tu que trabalhas numa oficina?!

— Sempre é melhor que passar códigos de barras na caixa do supermercado...

— Sabes perfeitamente que só o faço para pagar os estudos.

— Os estudos? Mas tu há 10 anos que não pões um pé na faculdade e ainda vives na casa dos teus pais...

— Não desconverses. Nunca te peço nada. Só te peço isso e tu não és capaz de me dar. O que posso pensar do meu namorado, que não está disposto a fazer por mim a única coisa que eu lhe peço? Vá lá, homem. Podias fechar os olhos e eu levava-o lá e tu nem davas pela diferença…

— Achas que de olhos fechados não ia ver a diferença?

— Não acho, tenho a certeza. Sei como são os homens. Vá lá, só um bocadinho. Eu mostro-te uma maminha...

— Não me convences.

— Eu lavo bem o buraquinho.

— Não sei...

— É pena que não saibas. Se soubesses, talvez eu até te fizesse aquele mimo que me andas sempre a pedir...

— De verdade, metia-lo na boca?

— Sim.

— Metias uma narça de homem nessa boquinha, tu que até tens medo de a usar para dizer “caralho”?

— Talvez.

— Chupavas-me a piça?

— Se calhar. Sim. Talvez. Então... Queres?

— Lavas bem o rabinho a seguir?

— Sim.

— Então está bem, mas só hoj... Humm... Humm... Foda-se, chupas bem...

— Mmmmhmmmh…

— Porra, chupas tão bem como a tua mãe... Ai, foda-se... Epa, descul… Ahhhhhhhhhh!!!!

— Mas que mer...! Cof cof cof!

— Desculpa amor! Ahhhhhhhhhh!!!!

— Que...  Cof cof cof!

— É que estava muito cheio. Para veres a tesão que me dás...

— Cof cof... Foda-se, eu chupo...

— Sim, chupas bem. Mas limpa as beiças, que tens esporra a escorrer dos cantos da boca...

—  Eu chupo... Cof cof!

— Enchi-te a boca, não foi?

— Cof cof... Filho da… Cof! Eu chupo “como a minha mãe”, meu cabrão?! Cof cof! Mas como é que tu sabes como a minha mãe chupa?!

— Margarida!

— Mãe!

— Filha!

— Pai!

— Ernesto!

— Gina!

— Ernesto?!

— Papá! Mamã! Isto não é o que parece... Estávamos só a... E eu... Tropecei. Sabes que quero ir virgem para o casamento e... Mas... Espera lá... Mamã, tu conheces o Ernesto?!!

— Eu pergunto o mesmo: mulher, quem é este Ernesto e de onde é que ele conhece a minha mulher?!

— Querido! Minha filha! Eu posso explicar tud… Ai credo, uma tontura… Ohhh...

— Mamã. Mamã! Acorda! Sabemos que estás a fingir... Sempre que se vê aflita finge que desmaia. Pensa que engana alguém… Mãe, acorda!

— Acho que apagou mesmo.

— Naa, é treta. Que se foda. Papá, leva daqui a mamã. Ernesto, tu não vais a lado nenhum, ficas aqui até eu voltar.

— Onde vais?

— Já venho, vou lavar o cu.

Dialogos tres 03

Fim

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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