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23 outubro, 2015 Psicanalista receitava orgias e sado-masoquismo aos pacientes

A uma mulher prescreveu a toma diária de sexo com 10 homens!

Um homem de 70 anos de idade fez-se passar por psicanalista, durante mais de uma década, para ganhar dinheiro e sexo de borla. Os seus remédios para os doentes que o consultavam eram orgias, em que também participava, e sado-masoquismo.

Psicanalista receitava orgias e sado-masoquismo aos pacientes

Este idoso francês está a ser julgado no Tribunal de Albertville, em França, por ter abusado da fraqueza dos seus pacientes.

Ao longo de vários anos, Jacques Masset, um antigo varredor de rua que nem sequer o Ensino Secundário concluiu, tratou dezenas de pessoas com uma singular "terapia" que lhe garantia ganhos de 10 mil euros por mês (e ainda bacanais de sexo gratuitos!).

A teoria de tratamento deste "terapeuta" sem diploma nem formação assentava num processo psicanalítico muito peculiar.

Ele partia do princípio de que os seus pacientes homens tinham problemas de ordem sexual com a sua mãe, enquanto as doentes mulheres tinham um problema sexual com os seus pais.

Pegando nessa ideia, convencia os pacientes a acreditarem que tinham sido vítimas de abuso sexual na infância e que, para ultrapassarem este trauma, tinham que enfrentar os seus fantasmas através de orgias e de práticas sado-masoquistas.

E ainda lhes exigia que fizessem sexo não protegido e sempre com parceiros fora do casal.

Se a história lhe apimentou a curiosidade, ora espreite estas dicas de sexo bondage para iniciantes do BDSM.

Quanto a este pseudo-terapeuta, o caso foi denunciado pela União Nacional das Associações de Defesa das Famílias e do Indivíduo Vítimas de Seitas (UNADFI) que anunciou que o pretenso psicanalista "reconheceu ter incitado os seus pacientes a terem relações sexuais não protegidas e a entregarem-se a práticas sado-masoquistas".

"Ele pretendia que as suas sessões, nas quais participava por vezes, impediriam [os seus pacientes] de caírem na prostituição. Também induziu falsas memórias de incesto nas suas vítimas, provocando danos colaterais nas famílias afectadas por estas falsas alegações."

Foram identificadas 72 vítimas durante a investigação, muitas das quais professores, mas apenas 19 delas apresentaram queixa. As outras tiveram vergonha de o fazer.

Não é à toa que isso acontece, pela singularidade da situação, conforme se pode depreender das palavras da advogada de muitas das vítimas do caso, Roselyne Duvouldy.

"Para alguns pacientes, isto derivou em tortura. Uma das vítimas deveria deitar-se com 10 homens diariamente."

Os factos remontam ao período entre 2007 e 2010, embora o homem tenha começado a trabalhar como psicanalista em 1990.

Ele actuava tanto numa localidade na área dos Alpes, como noutra no Sul de França, onde tinha gabinetes de trabalho.

O advogado do psicanalista, Max Joly, nota que o arguido "reconhece os factos, mas não as infracções". É o mesmo que dizer que ele assume tudo, mas se diz completamente inocente por não ver mal nenhum nas orgias!

De resto, Max Joly constata que havia quem não tivesse razões de queixa do trabalho deste "terapeuta".

"Alguns pacientes estavam satisfeitos com a terapia."

Imagina-se que sim! A prescrição médica até era uma boa "desculpa" para poder ir pelo caminho kinky sem culpas!

Gina Maria

Gina Maria

Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.

"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]

+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas) 

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