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25 agosto, 2021 Guia do cavalheiro de pau em baixo

Manter a classe quando não o mantemos de pé.

É fodido um gajo não conseguir levantar o tarolo na altura certa. Saudades daquela minha picha de 16 anos (isto não soou bem) que batia continência a tudo o que era praça, sargento ou oficial do Exército Vaginal que atravessasse o campo visual num raio de 10 kilómetros. Não vale a pena divagar em nostalgias pichais do passado, porque cada um tem de jogar com o baralho de caralho de cartas que tem entre as pernas. E esta vossa picha de 16 anos passou pelos 20, pelos 30 e agora está quase nos 40. Ainda faz o que tem a fazer, mas não com a mesma prontidão de outrora, levando a algumas situações que - concedo serem embaraçosas - mas tudo dentro da normalidade. Vamos aprender a lidar com esse monstro papão que é perder a tusa (ou nem a ter) na altura mais crítica. 

Guia do cavalheiro de pau em baixo

Três coisas distintas: não conseguir levantar o menino de todo, conseguir meia-casa mas não passar daí ou ficar com o narso mais rijo que uma barra de aço que se transforma depois num fio de esparguete cozido por 40 minutos. Todas estas situações partilham do sentimento comum de impotência perante a impotência, mas cada uma possui uma personalidade própria que proporciona um estado de alma distinto, mas sim, é fodido seja qual delas aconteça. Não levantar o narso de todo logo na casa de partida pode ter mil e uma explicações e nenhuma delas é bonita ou boa de se ouvir, pode ser fruto da cabeça ou simplesmente a picha meteu os papéis para a reforma e não há nada a fazer. Seja qual for o motivo, quando "ele" não levanta de todo, mais vale não insistir e reagir de forma natural. Não é o fim do mundo - embora pareça - e a última coisa que se deve fazer é ter uma atitude negativa para com a pessoa com quem estamos na cama. Acontece aos melhores, vejam mas é uma série da Netflix e troquem abraços e beijinhos como se estivessem na cama com a vossa mãe. A VOSSA mãe, não a minha, caralho.

Ficar com meia-tusa, aquela bandeira caralhal a meia haste é um pau mole de dois bicos: por um lado, sim há ali tesão, por outro, essa mesma tesão serve tanto para foder como o talo de uma couve-lombarda. Estas erecções da loja do chinês estão por norma associadas a algum tipo de bloqueio psicológico que um homem ganhou seja lá porque razão for OU simplesmente precisamos que a outra pessoa dê 110% de si própria para que seja possível erguer a persiana mais uns centímetros. Isto significa que se a mera visualização de uma cona babona, uns dedos numa rata ou um minete lambuzado não chegarem para a nossa picha perceber que está na hora de entrar em jogo, temos de insistir - ou pedir - à pessoa que nos agracie com um broche como deve ser ou pelo menos que cuspa na mão e nos afague o caralho como se lhe estivesse a puxar o lustro. Se mesmo assim isto continuar a não surtir efeito, peçam delicadamente que ela/ele diga umas ordinarices bem javardas à mistura para ver se o carro pega. Esta meia tusa é uma merda, pois a outra pessoa fica com a sensação que está a fazer as coisas bem, mas não o suficiente e cabe a nós - de forma descontraída - fazer ver que somos pessoas muito complexas e que às vezes demoramos mais a atingir o ponto certo. Ou então não conseguem passar dessa lula a que chamam de picha e vão ver uma série da Netflix.

Ficar com aquele barrote majestoso que bem conhecemos e amamos e perdê-lo quando o juíz da partida apita para o início do jogo é o terceiro cenário possível do cavalheiro de pau mole. É aquele corredor de fundo que teve na frente da prova durante o tempo todo e lesiona-se nos últimos 100 metros. Esta condição pichal está fortemente ligada ao estado mental que uma pessoa mantêm no pinanço dado que qualquer merdinha serve para o django perder o foco. É quase como se a nossa picha sofresse de Síndrome de Défice de Atenção, foda-se. Porque é que isto acontece? Não sei, por isso estou a perguntar. Uma pessoa está ali de martelo nas unhas, pronto a malhar que nem um ferreiro medieval e de repente o bicho esmorece do nada durante uma troca de posição, quando ela diz "mete o preservativo antes" ou até mesmo quando já estamos a malhar e pensamos "será que vai acontecer aquela cena novamente"? e ela acontece. É fodido, mas está tudo na cabeça, porque a de cima acaba invariavelmente por afectar a de baixo e nestas situações é preferível insistir nos preliminares o máximo possível até nos entregarmos completamente ao momento sexual em si. Foda-se que poeta do caralho me tornei.

Boas fodas com tusa e até domingo.

Noé 

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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