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12 Julio, 2021 São Valentim - Parte I

Não sei mais para onde me virar ou onde me agarrar...

Não temos nada que nos una a não ser apenas a nossa obsessão por sexo. As noites que passei com o Lourenço eram todas inesperadas, combinadas em cima do joelho, mas eram bem-vindas.

São Valentim - Parte I

O dia dos namorados aproximava-se e como não tinha qualquer tipo de relacionamento com o Lourenço não estava esperançosa por receber aquele ramo enorme de rosas, a caixa de chocolates ou até uma prenda brilhante. A minha mente contudo estava em altas. O diabo tinha-se instalado no meu corpo e mente. Queria algo quente para aquela noite.

Dois dias antes envio uma mensagem ao Lourenço a dizer-lhe que tinha algo pensado para o dia de São Valentim.

“Espera por uma nova mensagem. Mais perto te indicarei o local.” 

Esperava por uma resposta pronta, mas tive que esperar que anoitecesse para obter uma resposta. Fiquei um pouco sem esperanças, mas o Lourenço era mesmo assim. Desligado.

Perto das dez da noite recebo, finalmente, uma resposta vinda daquela criatura:

“Gostei da ideia.”

Uau!… “Não quero que te canses muito a escrever”, penso enquanto leio aquela mensagem tão sem sabor. Mas, novamente, não poderia esperar outra coisa vindo dele visto que a única coisa que nos ligava era o sexo selvagem que tínhamos.

Chegou a sexta-feira, dia 14 de Fevereiro e eu em pulgas. A minha vagina acordou húmida e estremeceu ao longo do dia. Eu bem que cruzava as pernas, mas ela tremia de entusiasmo só de pensar.

Eram perto das seis da tarde quando lhe envio a primeira mensagem do dia, onde lhe indicava a localização para onde se deveria dirigir, mas para tornar aquela experiência mais engraçada quis que ele puxasse um pouco pelo cérebro, enviei-lhe apenas as coordenadas geográficas.

Marquei duas noites no Four Seasons em Lisboa, sem esperanças de que ele ficasse comigo no segundo dia.

Saio do trabalho e sigo para o hotel. Só pensava em tomar um banho bem relaxante antes de começar a brincadeira.

Sem receber qualquer sinal de vida do Lourenço, coloco-me dentro da banheira e deixo-me ficar a desfrutar daquele momento bem merecido depois da semana de merda que tive no meu trabalho.

Passei uma hora e meia na banheira acompanhada com a garrafa de champanhe e uma música ambiente bem suave. Um sonho. Como o Lourenço não dava sinais de vida, eu também não me preocupei muito com o telefone, pois já estava à espera que ele só aparecesse depois de jantar.

E, novamente, não errei por muito. Eram perto das nove e meia da noite quando o meu telemóvel toca.

- Onde estás? – pergunta-me assim que atendo a chamada.

- Estou no quarto 245.

- Quê?

- Não procuraste no Google Maps, já estou a ver. 

- Não tive tempo.

Com aquela resposta a minha vontade foi-se diminuindo. Ainda eu me dei ao trabalho… tudo porque a foda até é merecedora de tal, mas a pessoa que possui aquele pénis não merece nem um pouco toda aquela experiência. Respiro fundo e digo-lhe num tom bastante seco:

- Four Seasons. 245. Aparece quando te apetecer. Eu saio daqui no domingo depois de almoço.

- A ir então!

Não lhe respondo e limito-me a desligar-lhe o telefone na cara.

Bebo o resto de champanhe que tinha no copo, quando penso em reabastecer vejo que a garrafa já tinha terminado. Telefono então para a recepção a pedir para que me tragam uma garrafa de vinho tinto, sem olhar a despesas digo ao rececionista que me traga um vinho dos bons. Aquele telefonema deixou-me em brasa.

Enquanto o Lourenço e o vinho não apareciam, fui vestir-me com a lingerie vermelha que comprei a pensar neste dia. Reservei-a de propósito para a estrear nesta ocasião, mas ao olhar-me ao espelho penso que ele não merecia tal coisa. Oiço bater à porta.

Vou abrir a porta, corro para ela. Antes de abrir a porta ajeito um pouco os meus cabelos desgrenhados e respiro fundo. Abro a porta, mas para minha surpresa o vinho tinha chegado mais cedo que o Lourenço. O empregado ficou boquiaberto a olhar para mim. Como estava a pensar que seria o Lourenço a bater-me à porta não vesti o roupão. O empregado não sabia o que fazer até que lhe peço a garrafa que tinha na mão.

Sinto que fiz figura de parva naquele momento, mas não quis saber e nem me importei muito, pois o empregado era bem jeitoso! Alto, esguio, com uns lábios bem carnudos. Salivei!

A garrafa já vinha aberta foi só escorrer aquele néctar para dentro do meu copo e deixei-me repousar durante uns breves momentos sobre a cama enquanto esperava pelo Lourenço...

(Continua...)

Alexa

Alexa

Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...

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