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31 juillet, 2025 A janela em frente - Parte 9

Não sei durante quanto tempo ele me enrabou, mas perdi a conta aos orgasmos!

O meu coração dava saltos no meu peito delirante. Era como se o meu corpo não soubesse o que estava a acontecer, mas, ainda assim, fosse inconscientemente conduzido ao paroxismo, a uma explosão catártica de gozo!

A janela em frente - Parte 9

Eu sabia que era a sua verga a entrar e a sair do meu cu, mas mais me parecia um ferro em brasa! Dava urros lancinantes, de dor mesclada com um prazer absoluto. Nunca tinha experimentado uma sensação assim.

Pensava que, a qualquer momento, ia começar a fazer cocó, mas depois percebi que era apenas um equívoco fisiológico. Mal o sentia sair, só queria senti-lo entrar de novo. Não sei explicar, mas só queria que ele continuasse e nunca mais desenfiasse aquele cacete inflamado de fogo de dentro do meu rabo!

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Lentamente, consegui virar a cabeça e olhar para ele. Ele olhou-me de volta e começou a rir às gargalhadas.

Mais tarde, explicou-me que a minha expressão era impagável, de boca aberta e olhos revirados. Disse-me que nunca tinha visto uma cara de prazer tão grande numa mulher. Cara de putéfia, como lhe chamou.

Bastaram poucos minutos para começar a vir-me. Não sei durante quanto tempo ele me enrabou, mas perdi a conta aos orgasmos. Acho que estive a vir-me o tempo todo.

Tanto ou mais que as sensações da penetração, enchia-me de prazer o seu peso sobre as minhas costas. Mal me conseguia mexer debaixo dele. Ele segurava-me pelas mamas e bombava sem parar.

Eu queria abrir mais as pernas, alargar um pouco a ranhura dorida, mas o abraço das suas próprias pernas não me deixava.

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A sua cara estava agora colada à minha, tão perto que eu podia observar as suas linhas finas, o rubor nas maçãs do rosto, a sombra da barba por fazer...

Via os seus olhos fixos a olhar directamente os meus, brilhando com uma intensidade que me prendia o fôlego. Nem piscava.

Finalmente, ouvi a sua respiração acelerar, intensificou os movimentos e, sem que ele fizesse um único som de aviso, senti o cu encher-se de um líquido quente, disparado em jorros cadentes! Era uma sensação tão intensa, tão dramática, que me relaxou o corpo todo... E vim-me mais uma vez!

Ele ficou durante muito tempo em cima de mim, sem se mexer, o corpo adormecido, ainda mais pesado, sobre o meu.

Finalmente, ergueu-se. Sacou a pila murcha facilmente do buraco, ainda coberta de nhanha, e deixou-me a escorrer toda do cu.

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Deitou-se ao meu lado, virando-me para si. Vi que sorria. Um sorriso enviesado, quase predatório, mas com um toque de ternura que me desarmou.

- Bom dia... - disse, com uma voz máscula, rouca, ainda carregada de luxúria.

E antes que eu pudesse responder, agarrou-me com força e beijou-me.

Já nos tínhamos beijado na noite anterior, no furor da foda, esfomeados, quase com raiva. Mas não assim. Aquele não era um beijo puramente sexual. Era mais que isso: era íntimo!

Não sei porquê, começaram a correr-me lágrimas dos olhos. Eram muitas emoções.

Em resposta, ele abraçou-me. De início, pensei ser um gesto gentil, pensei que ele queria consolar-me. Mas inclinou-se mais, os seus lábios roçaram o lóbulo da minha orelha, a sua respiração quente fazendo-me de novo estremecer, e perguntou-me:

- Então, minha grande puta, dormiste bem depois da foda que te preguei ontem à noite?

Aquelas palavras cruas, cortando o silêncio da minha vulnerabilidade como uma lâmina, tiveram o condão de me devolver à realidade.

Mas quais emoções? Não havia nada de emocional para partilharmos! Era sexo! E o sexo era duro e real.

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As emoções? Essas eram a verdadeira fantasia. Essa é que precisávamos de evitar!

Agradeci-lhe a brutalidade. A nossa vida não era um conto de fadas. A nossa história não era uma canção de embalar. Era, simplesmente, a história de dois adúlteros, tarados um pelo outro, ligados puramente por uma incontrolável química sexual. Era tudo.

O choque das suas palavras, junto com a minha descida à terra, incendiou-me de tesão. Senti os  lábios da cona endurecer, o clitóris entesar e os mamilos espetar, à medida que um arrepio de depravação me despertava o corpo inteiro.

Fazer o quê? Tínhamos o dia todo pela frente...

- Fode-me outra vez.

Sem dizer uma palavra, ele puxou-me para si e enfiou a língua dentro da minha boca. Agarrou-me as mamas com firmeza, apertando os bicos duros. Apalpou-me toda e enfiou-me os dedos por todo o lado, com uma urgência que me fez tremer e gemer sem controle.

Então, já sentia de novo o corpo em chamas, respondendo a cada toque como se o desejasse desde sempre, desde que me fiz mulher.

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De novo me virou de bruços, mas, desta feita, elevando-me os quartos traseiros. De cu para o ar, senti os seus dedos traçando um caminho invisível até à abertura do meu rabo.

Sem o esperar, senti um sopro cálido e logo a sua língua, ágil e esponjosa, a lamber-me o ânus. Mordi o lábio, antecipando o prazer que sabia seguir-se.

Ele introduziu um dedo, depois dois, abrindo-me toda, lentamente, enquanto eu gemia como uma puta, com a cabeça enterrada na almofada, com medo que os vizinhos me ouvissem.

Depois, ele posicionou-se. Mais uma vez, a cabeça redonda do seu caralho pressionava o anel do meu cu. Fechei-me instintivamente, resistindo por instantes, mas isso apenas o incitou a pressionar com mais força.

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Até que, finalmente, o buraquinho receoso cedeu às suas investidas!

Senti, então, centímetro a centímetro, aquela enorme piça, comprida e dura como marfim, entrando devagar, rasgando-me as entranhas!

Ele começou a mexer-se, primeiro com cuidado, depois mais rápido, mais fundo. Agarrou-me pelos quadris, puxando-me contra si, e aí deixou escapar um gemido rouco.

- Minha grande puta... - sussurrava, com a voz grave, gutural, e essas palavras, cruas, sujas, desrespeituosas, apenas me empurraram para mais perto do limite.

Já não sentia dor, apenas prazer. E queria mais, queria toda a sua luxúria, para alimentar a minha depravação!

Ele acelerou de novo, senti os seus movimentos fortes e ritmados, até que o meu corpo se rendeu mais uma vez, explodindo num orgasmo que me tirou a força dos braços e me fez cair de mamas no colchão!

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Então, ele agarrou-me pelos pulsos, fazendo-me erguer num quatro estranho, meio vertical, e desatou a bombar dentro do meu cu a um ritmo alucinante, como um touro enraivecido! Senti-me a desmaiar.

Desta feita, não terminou dentro de mim. Tirou-se no último momento e começou a disparar os seus raios de leite branco como se me desse um duche de caralho. Fiquei a escorrer esporra da cabeça aos pés.

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Depois disto, ele caiu para um lado, eu caí para o outro.

Acordei estremunhada e ao abrir os olhos, vi-o a olhar para mim.

- Que horas são? - perguntei.

- Duas e pouco.

-  Queres comer?

-  Já te comi o cu duas vezes. - e riu-se.

Nessa altura, eu fiquei sem saber o que sentir...

- Tenho que ir. A minha mulher está à minha espera. Temos de levar os miúdos a uma festa de anos às 3, e depois ela precisa que eu arranje umas coisas em casa.

Não sei porquê, senti uma vaga de raiva tomar conta de mim. Ele percebeu.

- Escuta. Não sei o que pensas fazer com isto, mas... Temos os dois que perceber uma coisa. Está fora de questão pensarmos em brincar às casinhas. Os dois somos conscientes das nossas situações. Não estamos sozinhos na vida... Temos responsabilidades. Eu sei que sabes isso tudo tão bem quanto eu.

- Sim, eu sei.

- Então, não fiques triste. E principalmente, não fiques zangada. Se tivermos cuidado, ainda podemos desfrutar muito um do outro. Não queres isso?

Em resposta, agarrei-lhe no caralho. Ele riu-se e enfiou-me os dedos na cona.

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- Quero.

- Então estamos entendidos.

- Estamos. Se tens que ir, vai. Vai-te foder.

Ele sorriu.

- E tu vai para o caralho...

Foi a minha vez de sorrir.

- Fica descansado, com a tua ajuda, eu vou...

Não nos beijámos na despedida. Ele acabou de se vestir e limitou-se a olhar para mim, à espera que eu dissesse qualquer coisa.

- Da próxima vez, quero foder na tua casa. - disse-lhe, com voz de comando.

Não sei porquê, mas depois daquela pequena conversa, fiquei a sentir-me melhor, mais descontraída. Menos culpada.

- Trata disso.

- Não vai ser fácil, mas... Ok. Prometido.

Saiu do quarto e ouvi os seus passos afastarem-se. Não, não estava triste, nem zangada...

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Foi apenas um momento de fraqueza, de fantasia, de irrealidade.

Na verdade, há muito tempo, nem recordava quanto, que não me sentia assim. Tão desejada, tão completa, tão viva... Tão capaz de continuar aquela traição!

(continua...)

A janela em frente - Parte 8

A janela em frente - Parte 1

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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