16 juin, 2025 Os Sonhos da Xana: Xana e a amiga de infância
Quando demos por nós, estávamos enroladas aos beijos e amassos!
Já é um ritual... Uma vez por ano, durante a sua semana de férias, recebo a visita da Madga, uma antiga amiga de infância.
Apesar de ser mais velha que eu, sempre fomos muito ligadas. Aliás, foi ela que me iniciou em muitos assuntos do foro feminino.
Sei o que estão a pensar, mas não foi nada disso. Com ela aprendi muito sobre rapazes e sobre sexo, mas quanto a nós, nunca nos envolvemos de nenhuma forma íntima.
Este ano, ela já me tinha avisado que não me viria visitar, pois ia usar a sua semana de férias para fazer uma viagem a Barcelona. Portanto, foi uma enorme surpresa quando me apareceu à porta de casa!
Não apenas isso como, ainda por cima, não vinha sozinha! Não vou entrar em detalhes, mas por razões da sua vida privada, trazia com ela o seu enteado, isto apesar de já não estar casada com o pai dele.
Era um rapagão de 21 anos, que às vezes ainda vivia com ela, e que, segundo Magda, tinha por únicas características distintivas ser preguiçoso e tarado sexual. Passava os dias a ver televisão com a mão dentro das calças.
Desolada, a minha amiga contou-me como, graças ao “empecilho” (era assim que chamava ao rapaz!), os seus planos tinham saído todos furados, pois não poderia ir para Barcelona sem encontrar alguém que cuidasse dele.
Claro que percebi o que ela me estava a pedir e, em nome da nossa velha amizade, não pude recusar. Óbvio que cuidaria do rapaz, podia fazer a sua viagem em paz.
Ela ficou tão agradecida que me beijou de felicidade! Na verdade, um beijo um pouco estranho, que atribuí ao seu entusiasmo, mas que achei demasiado íntimo. Senti-me nua quando a sua língua tocou os meus lábios desprevenidos.
Enfim, resolvida a questão que a atormentava, pudemos finalmente relaxar. Magda quis refrescar-se um pouco antes de ir apanhar o avião. Tínhamos mandado o rapaz explorar o quintal, por isso teria tempo para tomar um bom banho.
Pela minha parte, fiquei a pensar naquele beijo, tão impróprio no contexto da nossa relação. Conhecíamo-nos há muitos anos, passámos por tanto juntas, mas nunca nos tinha passado pela cabeça ir mais além da amizade.
Desde que nos separámos, nunca lhe tinha falado sobre as minhas novas liberdades e preferências sexuais. E, da mesma forma, ela não me tinha falado sobre as dela.
E, no entanto, agora dava comigo a rememorar o seu corpo volumoso, fértil de formas e recantos. Sempre fora sexy e opulenta.
Agora já madura, é certo, mas ainda e sempre um tesão de mulher!
Estava tão distraída - e excitada - com estes pensamentos, que nem reparei quando ela entrou no meu quarto.
Fiquei um pouco embaraçada, pois acho que nunca nos tínhamos visto nuas.
Isso sim, ela sempre teve uma maneira muito própria de me acalmar.
Não sei o que aconteceu, se foi o calor, a alegria do reencontro, os meus próprios devaneios conjurados por aquele beijo proibido... Quando demos por nós, estávamos enroladas aos beijos e amassos!
Era bastante óbvio que ela sabia o que fazia.
E rapidamente ficou a saber que, como ela, também eu era uma adoradora do corpo da mulher!
Entregámo-nos uma à outra como duas escravas ao capricho dos deuses, fechando as portas do mundo atrás de nós. Já não queríamos saber de mais nada! Nem sequer pensámos que poderíamos estar a ser observadas...
Foi tudo tão repentino, tão inesperado, tão intenso, tão em perfeita sintonia...
... que nenhuma de nós se lembrou que o enteado dela andava por ali.
Apesar de ser primeira vez que nos envolvíamos assim, parecia que éramos amantes desde sempre.
Não foi preciso muito para sentir a racha em chamas!
E quando a minha racha queima desta maneira, o meu cu parece um formigueiro!
Os sintomas não deixam lugar a dúvidas.
É o primeiro orgasmo a chegar!
O primeiro, sei-o imediatamente, dos muitos que estão para vir. Porque os nossos corpos movem-se como se partilhassem um mesmo motor. As nossas fendas falam a mesma língua.
O ar do quarto incendeia-se, as labaredas entram pelos nossos corpos como correntes de ar.
Não nos lambemos simplesmente.
Comemos a cona uma da outra!
Mordêmo-la!
Mastigámo-la!
Extraímos as entranhas nacaradas de sumo e mosto, directamente das profundezas do sexo!
Gemidos morrem, a cona escorre, a água espirra... O universo expandido paralisou em festa para nos ver e aplaudir!
Até que o enteado da minha amiga irrompe pelo quarto...
Ao princípio, nem entendemos a irrealidade da sua presença.
Até eu desatar aos gritos, histérica com a transgressão do “empecilho”!
Habituada às suas intrusões, Magda manda-o prontamente embora.
Mas fácil de dizer do que fazer! O lapa agarra-se-lhe à perna, implorando para ficar, para ver, para participat... Louco, lunático, completamente tarado!
Tenho que ser eu, já refeita do susto, a pô-lo na ordem!
Por fim, conseguimos expulsá-lo do quarto, mas Magda avisa-me que é tarde demais. O pervertido já me viu nua, agora vai ser um problema para lhe tirar essa imagem da cabeça.
Segundo a madrasta, quando vivem juntos ele não lhe dá descanso. Várias vezes o apanhou a mexer-lhe na roupa interior e a masturbar-se.
E não lhe pode virar costas, porque ele está sempre à espera duma oportunidade para a apanhar em situações vulneráveis.
Sorte a dela, que ia ter uma semana para descansar de tal suplício!
Levei-a ao aeroporto e despedimo-nos com emoção e languidez. Vi-a embarcar para a sua viagem, com uma expressão de felicidade, mas, sobretudo, de alívio. Não demorei a perceber porquê.
Pois, a partir do momento em que pus o pé em casa, nunca mais tive um minuto de sossego...
Xana Pascual
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Xana Pascual
Sou uma mulher divorciada, discreta e sempre tive uma moralidade muito acentuada. Pelo menos, quando estou acordada... Porque, quando adormeço, tudo se altera.
Os sonhos libertam-se – libertam-me! – e as fantasias multiplicam-se num território onde não há reservas, não há pudor e não há limites para a depravação…
Os meus dias são tão normais como os de qualquer outra pessoa. É à noite, no planeta húmido dos meus lençóis, que a verdadeira Xana se revela. E essa, ninguém a pode segurar!
Se quiserem comentar os meus sonhos ou partilhar os vossos, podem fazê-lo neste email: os.sonhos.da.xana@gmail.com
Mas baixinho, para não me acordarem…