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14 setembro, 2016 Sabores de meita

Diz o trocadilho “meita é o que a minha piça deita e a tua boca aproveita”.

Caro leitor, hora de cuspir umas verdades e deixares os complexos de macho latino de lado. Quem é que daqui já provou meita? 

Sabores de meita

Calma, manifestem-se um de cada vez. Custa a engolir, esta pergunta? É o sabor dela, o cheiro, diz-me: a que sabe a meita? Esta simples pergunta tem resposta rápida e fácil de qualquer mulher e homem gay que se ache digno da espécie, mas nunca ouvi a opinião de um homem heterossexual. Talvez seja porque nunca perguntei! Ninguém está a ver um Benfica-Arouca FC e diz “epá, este lance com o Cardozo era golo certo. Já agora, já alguma vez provaste meita?”. Pois, não fica bem. Mas aqui posso bem ejacular na vossa cara estes temas fracturantes sem sentir algum tipo de receio em levar nos cornos a seguir. Espero eu!

Não estou a querer saber se algum gajo já se veio na vossa boca, porque isso é problema vosso e do gajo. Mas uma coisa, DE CERTEZA, já te aconteceu:

Meita por tabela. Second-hand meita. Meita reciclada.

Aquele resquício que perdura por período incerto nuns doces lábios pós-broche ou numa língua que procura carinho amoroso no pós-clímax. Neste ponto, penso que todos já devemos ter provado um pouco do nosso próprio veneno, ou melhor, da nossa própria meita. Mas nunca dizemos à gaja, certo? Nunca damos um beijo numa senhora e dizemos “oh pá, sabes a meita!”.

Se o fizeste, és a classe em pessoa!

Vamos lá pôr a boca no trombone e confessar: meita sabe a bechamel insosso com ligeiros apontamentos de garoupa. Pensei nesta descrição após ter feito alguma introspecção sobre as minhas próprias memórias das situações supra-citadas e ter resistido à tentação de perguntar durante um Benfica-Sporting “epá, isto com o Cardozo era golo. Olha, podes esporrar-te todo na minha boca? É para eu escrever um artigo!”.

Não é de todo agradável o sabor. Nem o cheiro. Nem a consistência. Quem já bateu uma no duche, sabe como a meita se torna borracha em contacto com a água e fica presa nos dedinhos dos pés. Diz-se que a alimentação tem influência sobre o sabor e odor da meita, e se isto for verdade, quase dá vontade em pedir a um amigo vegetariano que se venha na nossa boca só para saborear a diferença. Também se diz que faz bem à pele. Não sei. O que eu sei, é que quando esgalho uma e aquilo fica ali a escorrer para alguma parte do corpo, quase preciso de usar um esfregão de arame para aquilo sair.

E é por isso que valorizo toda a linda e gentil donzela que recebe a minha seiva de Homem na sua gulosa boca sem piscar os olhos (até porque às vezes nem conseguem, dado estarem glaceados de sumo de Noé). O supremo acto esporratório em boca alheia, carrega em si um simbolismo especial para caralho emissor e boca receptora. É o acto final de aceitação da condição humana. Receber a divina dádiva caralhal sem nenhum tipo de problema, é a prova viva que as papilas gustativas de uma mulher são, de facto, especiais.

E é por isso que elas aguentam comer aquelas merdas de comidas saudáveis.

E engolir meita!

Boas esporradelas e até domingo.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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