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14 Marzo, 2019 Geni e o fim da inocência - I

Nessa noite senti-me uma princesa. Dormi na melhor cama que alguma vez tinha experimentado...

Quando entrei na casa, fiquei surpreendida. Primeiro, pelo luxo e opulência. Eram com certeza muito ricos e não tentavam disfarçar. E, segundo, sabiam tudo a meu respeito...

Geni e o fim da inocência - I

– Bom dia, dá licença?

– Com certeza. Entre, esteja à vontade.

– Obrigada.

– Sente-se enquanto eu dou aqui uma vista de olhos à sua candidatura. Vem então à procura de uma vaga como interna doméstica, não é assim, menina… deixe cá ver… Genoveva? É um bonito nome. Antigo…

– Prefiro Geni. Sim, é essa a vaga que pretendo.

– Sim, agora que penso nisso, também prefiro. Assenta-lhe melhor. Então, Geni… segundo estou a ler aqui, só teve um emprego… Bem, não admira, ainda é muito nova, tem… 18 anos?

– Faço 19 no mês que vem.

– Pois olhe que não parece. Se a visse na rua, em vez de estar aqui a olhar para os seus documentos, não lhe daria mais de 14 ou 15.

– É verdade, o senhor Marinhais achava o mesmo. Dizia que o meu corpo tinha parado de crescer antes de chegar a mulher. Disse que era uma coisa boa, pois seria para sempre “a sua menina”.

– Estou a ver… Deixe-me só limpar a testa. Está calor, não está? E nem sequer estamos no Verão… Mas diga-me, gostou de trabalhar lá? Na casa do senhor Marinhais? Sabe que eu conheço bem a família Marinhais.

– Não sabia. Gostei muito.

– E pela carta de recomendação que tenho aqui anexada ao seu dossier, eles também gostaram muito de a ter lá. Dizem que foi muito boa para a família toda. O que torna ainda mais difícil de perceber a razão por que a despediram…

– Pois, também não sei.

– Não faz ideia?

– Nenhuma. Desde o primeiro momento que entrei na Villa Marinhais, trataram-me sempre muito bem. Fizeram questão de fazer-me sentir parte da família… Uma “filha mais nova”, foram as palavras deles. E assim foi, até ao último dia, quando me disseram que tinham de me deixar ir...

– Sem lhe apresentarem um motivo concreto?

– Nenhum motivo.

– Talvez se me contar um pouco da sua experiência possamos chegar a uma conclusão. Não sei, o que acha?

– Sim, se acha bem… Por onde deseja que comece?

– Bem, por onde começam as boas histórias… Pelo princípio.

– Claro, tem razão.

– Vejo que a fiz sorrir. Tem um sorriso muito bonito, se me permite dizê-lo. Devia usá-lo mais.

– Obrigada. Sim, talvez… O senhor também.

– Mas comece então…

Bem, cheguei à Villa Marinhais há cerca de um ano. Sei a data aproximada porque tinha acabado de fazer os 18 anos. Concorri ao lugar por indicação de uma vizinha que ocasionalmente fazia serviços para os senhores.

– Sabe que serviços?

– Nunca chegou a confidenciar-nos isso. Apenas disse que eu era exactamente o que eles procuravam.

– Muito bem, continue.

– Quando entrei na casa, fiquei surpreendida. Primeiro, pelo luxo e opulência. Eram com certeza muito ricos e não tentavam disfarçar. E, segundo, sabiam tudo a meu respeito. O meu nome, quem eram os meus pais, de onde vinha, os meus gostos, o que tinha jeito para fazer… Foi uma recepção muito agradável, com a família toda presente: os senhores, o avô e os três meninos, o mais velho com 20 anos, o seguinte com 18 e o mais novo com 11. Estavam também presentes os serviçais. Foram todos extremamente gentis e senti-me imediatamente em casa. A senhora disse que eu era mais bonita do que ela pensava e que saíra “melhor que a encomenda”. Confesso que no início estava apreensiva, mas depois de conhecer a família e ouvir estas palavras, senti-me sinceramente feliz e agradecida à minha sorte.

– Percebe-se porquê.

– Logo então perguntaram-me também se eu ia à escola, ao que eu respondi afirmativamente, pois tinha começado a frequentar aulas nocturnas de forma a poder manter um emprego durante o dia. Foi-me dito que era necessária a tempo inteiro e que teria de imediato de abandonar esse projecto. Eles próprios providenciariam a minha educação, se eu não me importasse. O avô tinha sido professor toda a vida, até se reformar, e faria gosto em receber-me como pupila. Até lhe faria bem, disseram.

– Muito atencioso da parte deles.

– Sim. Disseram ainda (a senhora) que eu tinha “bom porte” e teria todo o prazer em dar-me lições de ballet. Ela não poderia sempre, mas o seu filho Artur (o mais velho) que estava a estudar artes, ajudaria. Fiquei muito entusiasmada, pois sempre adorei dançar.

– Parece uma história de encantar.

– E era. Nessa noite senti-me uma princesa. Dormi na melhor cama que alguma vez tinha experimentado, com lençóis de cetim, e agradeci a Deus a fortuna que me oferecia e da qual duvidava ser merecedora.

– Ora essa… Porquê?

– Bem, quando não se nasce num berço de ouro duvida-se naturalmente das coisas brilhantes. Achamos sempre que no fim da história o ouro se transforma em pirite, porque se Deus nos fez pobres é porque conhece os nossos pecados.

–  Não parece um pensamento muito lógico.

– Para si, talvez não. Mas é assim que nos sentimos. É preciso nascer pobre para entender o que significa… Importa-se que beba um copo de água?

– Com certeza. Espere que eu mesmo lha vou buscar… Aqui tem… Por favor, continue a sua história.

– Obrigada. Na manhã seguinte, feliz mas ainda a duvidar de que tudo aquilo não passava de um sonho, apresentei-me cedo ao trabalho. Queria mostrar-me solícita e eficiente. No entanto, para minha grande surpresa, disseram-me que não precisavam dos meus serviços. Em vez disso, deveria apresentar-me na sala de estudos, onde o Avô Marinhais me esperava para iniciarmos as lições. Apenas teria que trocar a roupa de trabalho por uma espécie de uniforme escolar que já tinham preparado para mim.

– Faz sentido.

– Bem, na verdade achei estranho, mas não disse nada, pois obviamente aquele não era o meu “meio”. As pessoas de uma certa estirpe têm maneiras diferentes de fazer as coisas, foi o que disse a mim própria. Por isso, vesti o que me foi instruído. O uniforme era composto por uma camisa branca, um vestido curto sem mangas e umas meias até ao joelho. Fiquei surpreendida ao reparar que tinham as minhas exactas medidas. E assim me dirigi à sala de estudos. Era uma perfeita sala de aulas, com tudo o que uma sala de aulas deve ter. A única diferença era que, em vez das filas de mesas e cadeiras que se esperaria ver, apenas estava equipada com três carteiras – sem dúvida as acomodações para os três meninos da casa, que ali deviam ter recebido (ou continuavam a receber) a sua educação.

– Tenho como facto que é isso mesmo que se passa. Como disse, conheço bem os Marinhais…

– Então as minhas impressões eram correctas. O meu tutor já lá estava, à minha espera. «Bom dia, cara menina. Entre, entre…». Gostei logo dele, pois era a figura típica do velhinho simpático e bonacheirão, o “avô mocho”, carinhoso e sábio, que todas as crianças adoram. «Mas onde é que vai?», perguntou, quando me sentei numa das secretárias, por sinal a que ficava mais perto da sua mesa. «Nada disso! Hoje é o primeiro dia, portanto devemos conhecer-nos melhor.» E dito isto, deu três palmadas na perna indicando-me que me sentasse ao colo dele.

– Ao “colo dele”?

– Sim. Fiquei um pouco constrangida, mas não tive receio, pois inspirava-me muita simpatia. Portanto, fiz o que ele pediu. «Ora vamos lá ver: quantos são sete mais sete?». E durante os minutos seguintes, interrogou-me assim sobre as mais diversas matérias. As perguntas eram muito fáceis e acertei praticamente todas. Cada vez que eu respondia acertadamente, fazia-me um carinho... Uma festinha na cara, um beliscão nas bochechas, uma carícia na perna, um apertãozinho nos peitos. Foi quando me tocou nas maminhas que comecei a rir, pois sempre tive muitas cócegas naquela zona. Isso pareceu deixá-lo contente e com um espírito brincalhão. Ao descobrir o meu “ponto fraco”, digamos assim, atacou-me com toda a força com toques e carícias, que me fizeram contorcer de riso até ao ponto de fazer xixi nas cuecas!

– Que divertido…

– Pois, só que… Não sei como ele descobriu, talvez pelo cheiro, mas a sua conduta mudou radicalmente. Fez um ar severo e ordenou-me que tirasse imediatamente as cuecas, pois não admitia aquele tipo de deslize. Disse-me que não trabalhava com “meninas porcas”.

– Ele disse “meninas porcas”?

– Exactamente com essas palavras. Muito envergonhada, desculpei-me e pedi permissão para ir ao quarto de banho lavar-me por baixo e trocar de cuecas, prometendo voltar o mais depressa possível. Recusou liminarmente, alegando que, depois do que tinha visto, não poderia deixar-me sozinha. Disse-me que, quando não eram vigiadas, as “meninas porcas” tinham o costume conhecido de destratar indignamente a sua intimidade, com práticas sórdidas que iam contra as leis de Deus. Sublinhou que não permitiria esse comportamento debaixo da sua tutela. Desse modo, ordenou que as tirasse ali mesmo: «Aqui à minha frente!».

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– Deve ter-se sentido muito atemorizada!

– Toda eu tremia e senti as lágrimas a descerem-me pela face. O seu ar austero dizia-me que não tinha outro remédio senão fazer o que me ordenava. Quando tirei as cuecas molhadas, agarrou-as e disse que ia apreendê-las como prova do meu pecado. Levou-as ao nariz e confirmou: «É mesmo xixi! Sua desavergonhada!». Tinha de novo uma voz severa e comecei a chorar compulsivamente, o que, julgo, o fez apiedar-se de mim. «Pronto, pronto, não chore!». E, puxando-me para si, fez-me sentar de novo no seu colo. Confortou-me em tom conciliador, mas com uma voz infantil que achei um pouco deslocada. Afinal, apesar de parecer mais nova, eu já era maior de idade… «Pronto, já passou. Fez dói-dói? O avô cura. Onde é que dói? Aqui?» E começou a tocar diferentes partes do meu corpo com a ponta do dedo. Experimentava e perguntava, e eu respondia negativamente: «É aqui» Não? E aqui? É aqui que fez dói-dói?». Eu não sentia nenhuma dor, pelo menos dor exterior, de modo que ia dizendo que não a todas as hipóteses. Até que ele “decidiu”: «Ah, já sei! É aqui, não é? Aqui de onde saiu o xixizinho…». Voltei a negar, mas ele não quis saber. Tinha a mão sobre a saia do vestido, entre as minhas pernas. «O avô faz uma festinha e já passa». E levantando-me a saia, abriu-me as pernas e começou a tocar-me “em baixo”.

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Passeava os dedos nas minhas virilhas, depois nos meus pelinhos… Sentia-me exposta, assim nua, nas suas mãos. Mas quando começou a tocar na minha rachinha senti uma sensação agradável…

– Quer mais um pouco de água? Não? Então deixe-me ir buscar mais um pouco para mim… É este maldito calor. Mas prossiga, estou a ouvi-la.

– Acho que ele percebeu, e isso motivou-o fixar-se mais nessa área. «É bom, não é? Sabes como se chama esta zona aqui?» Eu estava tão envergonhada que não era capaz de dizer nada. «Para as meninas é o pipi. E a Geni tem um pipi muito bonito e macio… Quando a Geni crescer, esperemos que demore ainda muitos anos (aqui ele benzeu-se), o pipi vai cair e no seu lugar vai nascer uma coninha. A coninha, não é que não seja uma coisa boa também, mas é mais suja. Vai ter pêlos muito escuros e densos, que vão absorver muita porcaria, e se não for muito bem lavada vai cheirar mal… O pipi, pelo contrário, só tem esta penugem rala e cheira sempre a cabecinha de recém-nascido.» A julgar pelo que dizia, sabia tudo sobre os pipis.

– Como é que isso a fazia sentir?

– Como já expliquei… Estava muito envergonhada, mas ao mesmo tempo as sensações que ele me provocava não me eram desagradáveis. Quando, uns minutos depois, ele enfiou um dedo lá dentro, ao princípio doeu um bocadinho, mas depois gostei ainda mais. «Estou a ver que este pipi já foi usado. Diz-me, linda Geni, costumas deixar que os rapazes brinquem com o teu pipi? Não? Ah, a tua mãe não deixa… Sim, claro que é pecado. Só não é pecado quando a pessoa que lhe toca tem boas intenções. Mas, então, porque é que o teu buraquinho já está aberto? Este pipi já não é virgem!» Não sabia exactamente do que ele estava a falar, mas contei-lhe o que achava que ele queria saber. Que uma vez uma amiga me mostrou como meter no buraquinho um pepino, porque supostamente sabia bem. Na realidade, na única vez que experimentara, em parceria com ela, não soubera nada bem. Deitara mesmo um pouco de sangue. Desde então, não pensara em repetir.

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– Estou a ver… E este calor que não passa... Deixe-me só ligar o ar condicionado… Ah, assim está melhor! Vou tirar o casaco… E o que é que ele disse a esse respeito?

Pareceu satisfeito com a explicação e enfiou dois dedos em vez de um. Senti um formigueiro imediato e sabia tão bem que comecei a suspirar. Ao ver o meu prazer, pois era um prazer novo o que eu sentia, começou a meter e a tirar os dedos com muita velocidade e os meus suspiros transformaram-se em gemidos. Era maravilhoso! Sentia o pipi muito molhado e era como se uma electricidade viva me percorresse o corpo todo. Nem era capaz de manter os olhos abertos!

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Então, de repente, ele puxou-me para si e fez-me sentar de frente para ele, com uma perna para cada lado, como se o montasse. Tirou as mãos do meu pipi, pô-las no meu rabo e ensinou-me pelo exemplo como eu me devia movimentar. Queria que eu fizesse um vai e vem em cima dele, de forma que o centro nas minhas pernas roçasse continuamente num volume grande e duro que tinha dentro das calças. Estivemos assim durante alguns minutos, os seus dedos as apertar-me as nádegas com muita força e até um dedinho do Avô e entrar no meu buraquinho de trás. Por incrível que pareça, não senti vergonha nesse momento, pois todos os seus toques me davam muito prazer. Até que, a dada altura, senti as suas duas mãos a apalpar-me as maminhas e percebi que já era eu, sozinha, que me encarregava dos movimentos. Isso deixou o Avô muito feliz: «A Geni aprende depressa… Assim é que eu gosto. Vai ter com certeza boas notas aqui na nossa escola.»

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Fiquei grata pelo elogio e, principalmente, por estar a corresponder de forma positiva às expectativas que tinham em relação a mim. E foi por essa altura que senti uma coisa que nunca tinha sentido antes: um calor imenso em toda a região do meu ventre e uma vontade aguda de expulsar um demónio de dentro de mim!

– Um demónio?!

– Não sei explicar melhor. Ela algo que sentia dentro e que “tinha” que sair fosse como fosse. E antevia um grande prazer no momento dessa libertação, o que veio a acontecer. Sem conseguir controlar-me, dei um grito muito agudo e um líquido abundante saiu de esguicho do meio das minhas pernas… Do meu pipi!

– Deve ter sabido muito bem!

– Sim, mas por pouco tempo. Mal notei o líquido que encharcava as minhas pernas e tudo o que estava próximo delas, senti-me aterrorizada: pensei que tinha acabado de fazer xixi pelas pernas abaixo, outra vez, e desta feita sobre as calças do Avô! Fiquei com tanto medo dele e com tanta vergonha, que fugi dali sem nem olhar para trás!

– Fugiu para onde?

– Corri a trancar-me no quarto… Aterrei na cama e chorei como há muito não chorava. Revia, horrorizada, o meu novo deslize – o segundo na mesma manhã! – e temia pelas consequências. Iriam mandar-me embora, não havia outra hipótese, pois não restavam dúvidas de que era uma “menina porca”… O meu sonho encantado tinha terminado! E, por irónico que pareça, o fim desse sonho fez com que adormecesse…

– Uma situação chata, sem dúvida.

– A quem o diz… Acordei muitas horas depois, já a luz do dia desaparecera lá fora. Ouvia-se o som dos animais nocturnos, típicos da zona campestre, e senti-me contagiada pela atmosfera bucólica que me rodeava. Os acontecimentos da manhã, por prazerosos que tivessem sido, persistiam no meu espírito como uma mancha negra no lençol cândido das minhas ilusões. O meu destino estava traçado, isso era certo. Aguardava a qualquer instante o desfecho das minhas aventuras na casa dos Marinhais. No entanto, durante todo o dia e até àquele momento, ninguém se dera ao obséquio de me procurar, nem para saber se eu estava bem, nem para me dar a inevitável guia de marcha. Pela minha parte, também não sentia disposição ou coragem para iniciar essa comunicação, pelo que, apesar da fome que sentia, decidi vestir o pijama e voltar para a cama. Aproveitaria a oportunidade de dormir uma última vez naquele luxuoso dossel e amanhã fosse o que Deus quisesse.

– Compreendo o desespero…

– Estava no primeiro sono quando algo me despertou: uma presença a meu lado! Acendi nervosamente a luz e vi a senhora Marinhais sentada na minha cama. «Estava a dormir tão bem que até tive pena de a acordar», disse. «Mas ainda bem que já está acordada, porque precisamos de conversar. Beba este chá que eu lhe trouxe e venha sentar-se comigo».

– A senhora Marinhais é muito boa pessoa…

– Sim, boa pessoa... Bebi o chá, que foi suficiente para me restituir uma parte das energias perdidas durante o dia de cativeiro, e fui sentar-me com a senhora. Calmamente, ela disse o que tinha a dizer: «Fui informada de que se portou muito mal esta manhã. Primeiro, que se descuidou de uma forma que viola todas as regras da boa etiqueta. E segundo, que abandonou a sala de aulas sem a devida autorização do seu tutor. Como deve calcular, são faltas que não podemos deixar passar. Quando a recebemos, responsabilizámo-nos pela sua educação. Isso quer dizer que a apoiaremos em tudo o que estiver ao nosso alcance, mas também quer dizer que, em caso de transgressão, seremos obrigados a agir em conformidade. Compreende o que lhe estou a dizer? A responsabilidade vem sempre com dois lados…». Assenti, pois fazia obviamente sentido. Tinha abusado da bondade e até da indulgência dos meus tutores, era portanto natural que me esperasse uma punição. Assim, levantei-me e comecei diligentemente a arrumar os meus pertences, pois era evidente que o inevitável fim da experiência tinha chegado. Assim o pensava, mas estava enganada. «O que está a fazer?», perguntou a senhora. Comecei a responder mas nem me deixou acabar... «Nem pense nisso. Que tipo de pessoas seríamos se, à primeira falta, anulássemos os nossos contratos? Não, minha filha, queremos que fique sempre connosco. E o castigo que pensámos para si é bem mais prosaico. Venha aqui para o pé de mim…». Levantei-me e aproximei-me dela. Como ela estava sentada e eu de pé, fiquei com a minha cintura à altura da sua cara. «Vire-se». Fiz o que ela mandou e senti as calças do pijama descer ao longo das minhas pernas. Mais uma vez senti aquela vergonha própria da exposição do corpo nu. Mas não estava em condições de protestar. Com as calças em baixo, senti as suas mãos abrirem muito as minhas nádegas.

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Tive a impressão de a ouvir inspirar profundamente, como se estivesse à procura de algo pelo cheiro, mas não posso afirmar, pois estava de costas. Depois, percebi que se tinha levantado e, desta vez sim, tinha a certeza absoluta, me cheirava o corpo todo. Senti o som arrastado da sua respiração perto do meu ouvido, quando me farejou o pescoço.

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Por fim, pareceu satisfeita com o exame. «Muito bem. Está lavadinha como se quer. Vá, deite-se aqui». Voltou a sentar-se e conduziu-me de forma a ficar deitada sobre as suas pernas, com o rabo ao léu. «Vamos dividir o castigo em partes, para não ser muito violento. Um castigo por cada falta. Durante as próximas duas semanas, vai ficar confinada ao seu quarto. Na primeira, a criada trar-lhe-á duas refeições diárias, suficientes para manter as energias. E à noite eu virei, à hora que me convier, dar-lhe o justo correctivo». E dito isto, aplicou-me uma potente bofetada numa nádega que me fez gritar. A seguir deu-me outras 19, que me deixaram devastada de dor e em lágrimas. Enquanto me sovava, continuou a explicar os trâmites da punição: «Até ao fim do primeiro castigo, levará 20 palmadas por dia. Depois, na segunda semana, já terá direito a quatros refeições diárias, mas ao fim da noite quem virá dar-lhe o correctivo será o meu marido ou um dos meus dois mais velhos. Mas disso falaremos quando chegar a hora.»

–  Um castigo um tanto ou quanto severo…

– Talvez sim, talvez não… Em todo o caso, cumprido a preceito. Durante toda essa semana fui violentamente espancada todos os dias. No final tinha o rabo tão dorido que já não conseguia sentar-me e tinha que dormir de bruços. Até o lençol sobre as nádegas me provocava dores atrozes durante a noite… Mas mal sabia eu o que ainda estava para vir.

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–  Como assim?

–  A primeira semana de castigo terminara. Agora ia começar a segunda…

 

(continua...)

 

Armando Sarilhos 

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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