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28 abril, 2019 Falhas de comunicação na cama

Nem com sinais de fumo eu lá ia.

Penso que quando nos iniciamos nas artes sexuais em tenra (e legal!!!) idade, a nossa postura em relação ao sexo e a forma como encaramos o “love making” é bastante ingénua, pura e singular. Basta… meter. Sabemos o que temos de meter e aonde.

Falhas de comunicação na cama

Assim de repente, lembro-me de um sítio em que queria meter, outro que aspirava a meter e outro que já tinha ouvido por entre portas e travessas que se podia meter, mas que nunca me ocorreria nem nos meus mais loucos pensamentos que algum dia iria querer tanto lá meter.

Envelhecemos e vamos metendo no mesmo sítio em pessoas diferentes, em sítios diferentes na mesma pessoa e começamos a desenvolver uma psique sexual. É o amadurecimento sexual do homem e da mulher, do desenvolvimento do nosso gosto pessoal, em suma, o que gostamos ou não de fazer na cama. Gosto de meter a minha pila na tua boca, gosto de te foder por trás e, se possível, gostava de te comer o cu com força. Basicamente, aos 20 e tal era isto que eu sabia que gostava… até uma santa demoníaca rapariga me pediu para lhe chamar nomes marotos. Tudo o que fosse de “cabra” para cima e por aí adiante. Que tesão do caralho aquilo me deu.

A partir daí pensei “bom, acho que a partir de agora vou querer fazer isto com todas as mulheres na cama!”. Por sorte, apanhei novamente uma fã de “dirty talk” e decidi dar-lhe um palmadão de mão cheia naquele cu farto, volumoso e tesudo.

“Com mais força e diz que me queres foder o cu!” – retorquiu ela cheia de gosto.

A partir daí pensei “bom, acho que a partir de agora vou querer fazer isto com todas as mulheres na cama!” e foi aí que decidi que todas as mulheres vão levar com esta mão gorda nas nalgas e esta boca suja nos ouvidos.

Mas como propor? Como é que eu sei que ela vai querer levar com isto tudo? Temos duas hipóteses:

  1. Sentimos a vibe do momento, percebemos que ela gosta e vamos com toda a confiança do mundo.
  2. Não temos certeza e perguntamos.

Opção a) deve ser a preferida em 99% dos casos. Contudo, se querem arriscar-se a um momento embaraçosamente cómico, perguntem à vossa menina se ela gosta que lhe chamem nomes. Porque – garantidamente – quer ela goste ou não, irá dar azo a um pensamento e/ou conversa da parte dela género “mas porque caralho é que esta merdas está a perguntar se eu gosto que me chamem nomes?”

Comigo só aconteceu uma vez. Senti vibrações estranhas por parte dela, mas não queria perder a oportunidade de lhe dizer “queres levar no cu, cabra?”. Queria tanto, mas tanto por duas razões:

  1. Eu queria ir-lhe ao cu.
  2. Ela tinha ar de cabra.

Perguntei educadamente…

“Posso te chamar… coisas?”

“Sim… sem medos… gosto que me chamem de…

“Cabra?”

“Não… Jorge!”

E foi assim que fodi um “gajo” chamado Jorge no cu.

Boas fodas e até quarta-feira.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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